Spam: alguns esclarecimentos
Desde dicas simples até configurações técnicas, é possível evitar o spam
Falar em spam é ligar um alerta na cabeça do comunicador/assessor/PR; afinal, ninguém quer ser spammer. Alguns fatos realmente fazem com que a comunicação de massa se torne mais ou menos suscetível aos filtros de spam. Listo os clássicos:
- Assunto do e-mail em caixa alta;
- Uso de cifrão no assunto e muitos no corpo do texto;
- Uso de uma imagem somente, sem nenhum texto (exemplo, um invite/save the date);
- Links encurtados ou expostos no visual do e-mail (deveriam ser sempre hyperlinkados);
- Disparo para listas com 10, 15, 20, 30 mil nomes – cujo resultado será muitas denúncias espontâneas de destinatários, que clicam em “marcar como spam”.
São detalhes simples, facilmente evitáveis e que fazem passar da “fase 1” de um filtro automático de spam. Só que não para por aí.
Fase 2: Chaves de validação – nome complicado, ação simples
Existem outros elementos que igualmente atraem os filtros. Estes são técnicos e muito importantes, pois fazem parte de uma averiguação que os filtros de spam fazem nos servidores de e-mail. E que eles levam em conta a reputação online do domínio. Por exemplo, se o domínio da agência não tem certificado de página segura (o cadeado antes do endereço, chamado SSL), já é uma chance a mais de spam.
Ainda no “papo de TI”, existem ainda as configurações SPF e DKIM. Em resumo, elas validam a relação de quem está fazendo o disparo em massa pela empresa. Comparação simples: um disparador em massa é como se fosse os Correios. Ter SPF e DKIM é ter “códigos de rastreio” em cada mensagem. Os filtros sabem quem mandou a mensagem sem chance de que ela tenha sido forjada ou adulterada e certifica quem está autorizado a entregá-la. Parece complicado, mas a configuração em si não demora 5 minutos para fazer.
Mailings menores = mais resultado
Por fim, e o mais polêmico, é o tamanho de um mailing versus o assunto a ser divulgado. É prática comum em assessorias o disparo de press releases para muitos contatos. Após uma série de estudos feitos em nossa plataforma de disparos, chegamos a conclusão que mailings com mais de 5 mil nomes têm 50% mais chances de denúncias de espontâneas por spam quando comparados com release para menos de 5 mil. Exemplo: se um mailing de 4 mil nomes tiver 100 denúncias por spam, um disparo do mesmo assunto para mais de 5 mil pode ter 150 denúncias. Por isso, a necessidade em entender que não vale mais a prática de espalhar releases e esperar resultado.
Faça envios personalizados, pautas diferentes para veículos diferentes, entender o que o leitor do veículo quer (e não o cliente quer), são dicas que fazem um conteúdo ser lido – e não denunciado. Mesmo para ações de e-mail marketing: cultivar a sua audiência é uma prática mandatória. Você deve crescer a quantidade de assinantes gradativamente, mediante consentimentos dos donos dos e-mails, e ter ações de marketing para tratar imediatamente uma queda ou estagnação de sua percentagem de leitura. Neste caso, faça as fórmulas como o teste AB e mudança de layout. O problema de ser denunciado como spam é que os filtros automáticos levam isso em alta consideração e começam a replicar a escolha espontânea de uma pessoa como escolha automática de centenas. Evitar uma denúncia por spam e evita que centenas de e-mails sigam para o spam. A queda de resultado não será imediata, mas gradativa.
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