18 de abril de 2019

Como alimentar 10 bilhões de pessoas em 2050? A resposta está no Museu do Amanhã

Como alimentar os 10 bilhões de habitantes que a Terra terá em 2050? Garantir o valor nutricional enquanto reduz as desigualdades? O Museu do Amanhã, na Praça Mauá, centro do Rio de Janeiro, tenta responder essas questões.

Em 2050, serão necessários 50% mais energia e 40% mais água para alimentar o planeta, informa o museu em projeções em suas paredes, com vídeos sobre culturas de todos os continentes, que integram sua nova exposição. “A alimentação se tornou um assunto quente, que interessa todo mundo hoje em dia”, explicou à AFP Leonardo Menezes, curador da exposição Pratodomundo, patrocinada pelo Ministério da Cidadania e pela rede Carrefour.

O conteúdo da mostra – fotos e vídeos do mundo inteiro – foi fornecido pela AFP (associada da Aberje) e pela FAO, agência da ONU para a alimentação. As projeções interativas permitem acompanhar esse percurso e entender os desafios da alimentação em 2050. É esperado que as superfícies cultiváveis sejam muito escassas, mas diversas alternativas já estão sendo exploradas. Entre elas, as hortas urbanas (horizontais, em terraços de prédios e casas, ou verticais, sobre os muros) já foram experimentadas em 50 países, mas também falam-se de plantações em desertos, florestas e tundras.

 

Já existem outros modos de expandir os cultivos para alimentar a humanidade respeitando o meio ambiente: nos oceanos, com fazendas marinhas, ou em túneis subterrâneos, como ocorre em Londres. Eles começam a se espalhar inclusive para as plantações. No Pará, região Norte do país, árvores de cacau e de pimenta são cultivadas sob a vasta sombra dos coqueiros. Essas técnicas limitam a erosão do solo, ao mesmo tempo em que aumentam sua fertilidade. “Nós somos um museu que apresenta perguntas”, diz Menezes. “Queremos elevar o nível de consciência das pessoas. E todos os dias damos novas respostas”.

O futuro nutricional pode passar pelas tecnologias apresentadas no museu, como drones polinizadores, que vão assumir o lugar das dizimadas abelhas, ou “hambúrgueres de laboratório”. Parte da exposição é destinada aos cultivos transgênicos – afinal, são perigosos ou não? -, ao valor das mulheres nas plantações e aos problemas de saúde decorrente da má alimentação. Depois do Museu do Amanhã, a exposição deve viajar pelo Brasil.

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