Investimento em comunicação, inovação, gestão de redes sociais do CEO ao comunicador marcam o Aberje Trends 2023

O Aberje Trends 2023, considerado como principal evento de  comunicação corporativa, iniciou sua 7ª edição com a revelação de uma projeção exclusiva: o orçamento previsto para a área em 2023 é de R$35,3 bilhões. O evento, realizado no Museu de Arte de São Paulo – MASP no dia 19 de junho, reuniu profissionais e especialistas para discutir “A Nova Economia da Comunicação Corporativa: Tecnologias e Competências que Vão Moldar um Time Vencedor“.

Durante a cerimônia de abertura, o diretor-executivo da Aberje, Hamilton dos Santos, compartilhou os resultados de uma pesquisa sobre o Orçamento da Comunicação Empresarial. A pesquisa revelou que o investimento nesta área atingiu R$34,4 bilhões em 2022, e a estimativa é de um aumento de 3% para o próximo ano, chegando a R$35,3 bilhões.

O Aberje Trends ressaltou a importância de se estar atualizado e alinhado com as mudanças que estão moldando a nova economia da comunicação corporativa. A administração desse orçamento crescente demandará um novo tipo de comunicador, mais proficiente em análises preditivas de tendências de mídia, planejamento estratégico, mensuração de resultados financeiros e adaptação às novas tecnologias.

Mesa com os CEOs Comunicadores

O evento trouxe uma mesa de CEOs Comunicadores, na qual os líderes discutiram a importância da comunicação corporativa na atualidade e destacaram o papel do CEO como comunicadores e influenciadores. A proximidade entre líderes e colaboradores, pautas além do crescimento econômico e a gestão de redes e influenciadores foram alguns dos pontos abordados.

A mesa de CEOs Comunicadores do Aberje Trends contou com a participação de João Paulo Ferreira, da Natura &Co;  Isabella Wanderley, da Novo Nordisk; Paulo Nigro, do Hospital Sirio-Libanês; Luiz Mello, do Vasco da Gama e Patrícia Audi, do RenovaBR. O painel, mediado pelo especialista em tecnologia Ronaldo Lemos, proporcionou uma troca de experiências enriquecedoras sobre o papel dos líderes na comunicação na prática.  

Confira algumas declarações:

“Somos muito mais gestores de comunidades, tentando potencializar as pessoas, do que o guru que sabe de tudo” – João Paulo Ferreira, CEO da Natura &Co. 

“O CEO tem que ser, antes de tudo, o mais apaixonado. A única certeza que tenho é que sou a que menos entende das coisas na empresa”  –  Isabella Wanderley,  CEO da Novo Nordisk.

“Vivemos em uma era em que nossas marcas têm um papel fundamental no futuro da sociedade” – Paulo Nigro, CEO do Hospital Sírio-Libanês.

“Entendemos que é importante trazer isso à tona, discutir temas, buscar pautas novas e se posicionar enquanto instituição” – Luiz Mello, CEO do Vasco da Gama.

“As pessoas têm interesse em exercer a boa política e, muitas vezes, precisam da comunicação para entender que podem chegar lá” – Patrícia Audi, CEO do RenovaBR.

A cobertura deste painel pode ser conferida aqui.

Comunicação Interna como estratégia de gestão

O painel “Comunicação Interna como estratégia de gestão: as tendências e tecnologias para a criação de equipes engajadas”, explorou como tem se dado a importância dos influenciadores como fonte de informações e a relação de confiança entre empresas e colaboradores. Em um cenário de trabalho híbrido e preocupações crescentes com a saúde mental dos funcionários, a comunicação interna tornou-se uma prioridade para as empresas, contando como aliados estratégicos a inteligência artificial e os influenciadores digitais.

Mediada por Maria Tereza Gomes, CEO da Jabuticaba Conteúdo, a mesa contou com a presença de Bianca Minguci, especialista em Inteligência de Mídia e Business Development Manager da LexisNexis|Nexis Solutions; Elisa Prado, consultora em Gestão da Reputação e Vítor Dicastro, ator, apresentador e influenciador.

Confira aqui a matéria na íntegra.

Diversidade e inclusão: compromisso institucional

Uma palestra de destaque abordou um tema crescente e fundamental para as organizações: “Diversidade como Compromisso Institucional: O que as empresas estão fazendo para incluir de verdade?” O painel ajudou a refletir sobre a importância da diversidade e inclusão nas organizações.

A mesa foi moderada por Guilherme Magalhães, gerente de Comunicação da Meta, e contou com a participação de palestrantes influentes nesse campo como Ana Carla Lopes, head de Comunicação e Reputação do Grupo Boticário; Kleber Carvalho, gerente de Diversidade, Equidade e Inclusão da Bayer para a América Latina e Rachel Maia, CEO da RM Consulting e presidente do conselho de administração do Pacto Global da ONU.

Durante o debate, Rachel Maia enfatizou as dificuldades enfrentadas pelas mulheres para alcançar cargos de liderança, especialmente as mulheres negras. “É muito importante ressaltar que, há poucos anos, as mulheres não tinham muitos direitos. Quando falamos de liderança, as mulheres ainda representam apenas 38% e, se considerarmos a presidência, esse número cai para 14%. Excluindo as herdeiras, as mulheres ocupam menos de dois dígitos nas posições de presidente. Se olharmos para a questão racial, as mulheres negras representam menos de 1%, e se considerarmos as empresas globais, atualmente não temos mulheres negras na presidência. Eu fui a última mulher presidente”, concluiu a representante do Pacto Global da ONU.

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Papel da narrativa nas marcas

Com a finalidade de abordar a importância da narrativa das marcas na preservação de suas histórias, o evento contou com a participação de Marcelo Duarte,  professor, comunicador e autor do Guia dos Curiosos.

Em seu painel, o jornalista destacou como as redes sociais podem ser uma grande aliada para as empresas. “Agora em 2023 comecei a fazer vídeos para o TikTok, contando curiosidades sobre o corpo humano, planeta terra, sobre as florestas amazônicas, só que as pessoas não estavam gostando desses vídeos. Mas um dia, resolvi contar as histórias das marcas e como eu já tinha escrito o Guia dos Curiosos, quando eu contei a história da Elma Chips os vídeos começaram a estourar “, relembrou.

Confira aqui a matéria na íntegra.

Marketing de Influência e gestão de crises

Com o intuito de explorar as possibilidades do diálogo bidirecional com seus públicos e abordar a gestão de crises de imagem, foi realizado o painel “Influência, mídia e prevenção de crise: os desafios e riscos das marcas que querem inovar no relacionamento com o público”.

A mesa de discussão teve mediação de Eduardo Vieira, sócio-líder de Marca, Comunicação e Assuntos Corporativos do SoftBank para a América Latina, e participaram Cristiana Xavier de Brito, diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Basf para América do Sul e presidente do Conselho Curador da Fundação Espaço Eco; Isabel Masagão, gerente de Marketing e Comunicação na Suzano e Luciane Reis, diretora de Comunicação da Nutrien na América Latina.

O debate trouxe dicas valiosas de como trabalhar com influenciadores de forma estratégica e eficaz, e como esta construção de relacionamento pode ajudar inclusive nos momentos de crise. Para Isabel, da Suzano, os aprendizados têm sido constantes, como a coerência de valores entre o influenciador e a marca; a importância de se investir em um briefing bem feito e a adequação na linguagem, para ser simples e compreensível. 

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Public Affairs, relações institucionais e governamentais

O painel que contou com a mediação de Maria Elisa Curcio, diretora de Assuntos Corporativos, Regulatórios e Sustentabilidade da LATAM Airlines Brasil, e teve a participação de Flávio Ofugi Rodrigues, vice-presidente de Relações Corporativas e Sustentabilidade da Shell Brasil; Ricardo Sennes, diretor de Public Affairs e Acesso a Mercados na Prospectiva e Simone Tcherniakovsky, diretora sênior de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade da Novo Nordisk.

Durante o debate, foram exploradas pautas como o processo decisório de políticas públicas e mudanças qualitativas no cenário brasileiro – desde a participação da sociedade civil, até perfil dos parlamentares e a evolução da burocracia pública. 

Também foram abordados assuntos como a interferência da sociedade em casos de uma decisão de política pública, como o caso da proposta de mudança na regulamentação para o Rol Taxativo da ANS, cujo debate teve influência intervenção direta do apresentador e comunicador Marcos Mion, que se posicionou de forma ativa contra a aprovação da mudança. 

Confira aqui a matéria na íntegra.

ESG para empresas

No último painel do dia, o assunto foi sobre o conceito ESG (Environmental, Social and Governance), que surge como uma abordagem fundamental para o sucesso organizacional. O intuito foi explorar como os comunicadores têm se apropriado dos princípios de ESG para traçar estratégias inovadoras.

O debate foi mediado por Rodrigo Cunha, fundador e CEO da ProfilePR, e contou com a participação de Fabrício Biondo, vice-presidente de Comunicação Corporativa da Stellantis para a América do Sul, Roberta Kuruzu, gerente executiva de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Ypê e Viviane Mansi, diretora de ESG e Comunicação da Toyota para a América Latina e Caribe.

Um dos principais temas abordados foi no quesito clareza e transparência. Para os participantes, as empresas têm o desafio de manter uma boa reputação para atrair os consumidores. “Tenho acompanhado algumas pesquisas de reputação que, de ano em ano, mostram que as marcas antigamente conseguiam estar em uma campo neutro e hoje em dia elas já não conseguem mais”, contou Viviane, da Toyota.

Confira aqui a matéria na íntegra.

O evento foi realizado com o patrocínio da Bayer, Gerdau, Latam Airlines, Lexisnexis, Novo Nordisk, Stellanis, Toyota e Ypê, juntamente com o apoio da RM Consulting, Sabesp e Zozi, e media partner do Estadão.

 

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