Especialistas debatem tendências em relações Institucionais e Governamentais em painel Aberje Trends
No cenário atual, a importância das empresas como parte integrante da sociedade tem gerado mudanças significativas na relação da companhia com as decisões em políticas públicas. Em um painel voltado para as relações Institucionais e Governamentais, especialistas debateram sobre as tendências emergentes na relação entre empresas e poder público, além do papel fundamental da comunicação nesse contexto.
A 7ª edição do Aberje Trends foi realizada no Museu de Arte de São Paulo – MASP, em São Paulo, no dia 19 de junho, o evento contou com a participação, Maria Elisa Curcio, diretora de Assuntos Corporativos, Regulatórios e Sustentabilidade na LATAM Airlines Brasil, que também atuou como mediadora do painel, Flávio Ofugi Rodrigues, vice-presidente de Relações Corporativas e Sustentabilidade na Shell Brasil, Ricardo Sennes, diretor de Public Affairs e Acesso a Mercados na Prospectiva, e Simone Tcherniakovsky, diretora sênior de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade na Novo Nordisk.
Durante o debate, foram exploradas pautas como o processo decisório de temas de interesse público, mudanças qualitativas na atuação da sociedade civil e da evolução da burocracia dos órgãos públicos.
“Se você não acompanha a nova estrutura do país, essa nova dinâmica de comunicação do país, você deixa de ser relevante. Nós podemos nomear diversas empresas e associações setoriais envelhecidas, comparando com as novas que são hoje as que influenciam o processo decisório de maneira mais ampla.” afirma Sennes, Diretor de Public Affairs e Acesso a Mercados na Prospectiva.
Simone Tcherniakovsky, abordou a conexão entre sociedade, governo e iniciativa privada, a partir do novo modelo que se propõe a atingir a população e o público, falando sobre a participação no debate público e também sobre repercussão e de posicionamentos relativos a direitos da população.
“Com o case Caneta da Saúde, temos as canetas de insulina disponíveis no SUS para pacientes com diabetes. Trabalhamos uma série de canais, um mix de comunicação, pela primeira vez atuando com um público onde não estávamos habituados a lidar pelo perfil de medicamentos, agora a medicação está disponível para toda a população. Usamos uma comunicação completamente diferente da que estávamos acostumados.” aponta a executiva.
Também foram abordados assuntos como a interferência da sociedade em casos de uma decisão de política pública, como o caso da proposta de mudança na regulamentação para o Rol Taxativo da ANS, cujo debate teve influência intervenção direta do apresentador e comunicador Marcos Mion, que se posicionou de forma ativa contra a aprovação da mudança.
“Ele teve um papel preponderante, protagonista nessa discussão, que culminou com uma decisão a favor do interesse público. Ele assumiu o papel, que, teoricamente, não estava habituado, mas facilitou que a informação fosse entregue a quem pudesse se interessar ou se solidarizar com a situação”, finaliza Tcherniakovsky.
No mesmo debate, Flávio Ofugi Rodrigues, Vice-Presidente de Relações Corporativas e Sustentabilidade da Shell Brasil, levantou pontos como o cenário de coletividade, mudança e complexidade do mercado corporativo.
O evento foi realizado com o patrocínio da Bayer, Gerdau, Latam Airlines, Lexisnexis, Novo Nordisk, Stellanis, Toyota e Ypê, juntamente com o apoio da RM Consulting, Sabesp e Zozi, e media partner do Estadão.
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