20 de março de 2019

Exposição no MASP patrocinada pelo Grupo Unipar revisita a obra de Djanira

O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) realiza, até o dia 19 de maio de 2019, uma exposição especial com obras de uma das principais artistas do modernismo brasileiro, Djanira da Motta e Silva ou, simplesmente, Djanira. A exposição “Djanira: a memória do seu povo” conta com o patrocínio do grupo Unipar, associado da Aberje, e faz parte de um ciclo iniciado em 2016, denominado Histórias, que busca destacar representações, vozes e imagens de grupos historicamente reprimidos. Neste ano, todas as exposições do MASP serão de artistas mulheres. O ciclo, que entra agora em seu quarto ano, é resultado de uma parceria com a historiadora Lilia Schwarcz, curadora adjunta e professora da Universidade de Princeton.

A exposição das obras de Djanira é justamente a responsável por inaugurar as exposições deste ciclo em 2019. São 70 obras da artista, que faleceu em 1979, na primeira grande retrospectiva sobre sua obra em mais de 18 anos. Tais obras vêm de acervos particulares e de outros museus, que gentilmente as emprestaram. A curadoria é de Rodrigo Moura e Isabella Rjeille. A partir de junho, a exposição passa a ser itinerante e se muda para a Casa Roberto Marinho, no Rio de Janeiro.

O acervo conta com obras produzidas entre 1940 e 1970. Por meio delas, a mostra visa reposicionar Djanira no contexto histórico da arte moderna no Brasil. A pintora, muito identificada com a segunda etapa do modernismo, foi classificada como ‘primitiva’ na década de 40. Isso fez com que sua obra fosse marginalizada nas narrativas posteriores sobre o movimento artístico do qual fez parte. No entanto, a realidade permitiu que Djanira se posicionasse de forma independente no cenário artístico, afastando-se de tendências dogmáticas ou escolas pré-definidas para criar uma visão única do contexto social brasileiro na época. “Apoiar uma exposição sobre Djanira no mais importante museu do país é relevante não só porque estamos valorizando ainda mais o trabalho de uma grande artista brasileira, mas também porque estamos exaltando a obra de uma grande mulher, que retratou a realidade no país de uma maneira bastante particular e cujo trabalho ainda hoje causa grande impacto”, diz João Raful, Diretor Executivo de Recursos Humanos da Unipar.

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