24 de fevereiro de 2023

Tendências de comunicação para 2023 foi tema do Arena de Ideias, com participação de Paulo Nassar, Diretor Presidente da Aberje

Episódio aborda Inteligência Artificial no mercado de trabalho e nos negócios, e a importância da reputação e dos relacionamentos para as empresas

A forma de comunicação se transformou ao longo dos anos. Sempre que a humanidade passa por uma grande transformação – como foi o caso da pandemia – há impacto também na forma com que as pessoas produzem e transmitem informação, ou seja, na forma como se comunicam. Para falar sobre as tendências de relações públicas, comunicação e economia criativa, o diretor presidente da Aberje e professor-titular da ECA/USP, Paulo Nassar, foi o convidado de Patrícia Marins, sócia da Oficina Consultoria para participar do episódio #104 do Arena de Ideias, realizado no dia 23 de fevereiro.

Ao iniciar, Nassar ressalta que os comunicadores devem se aprofundar no que chama de ‘Interfaces da Comunicação’, conexões que a comunicação tem com áreas importantes como Ciências Sociais, Ciências Políticas, Antropologia, Administração e Psicologia Social, por exemplo. “É esse olhar, essa convergência entre o que chamamos de cientistas da narrativas, que somos nós, os comunicadores, com os cientistas de dados”, frisa. “Este ano, vamos falar muito sobre Governança”, complementa.

Patrícia entende que esse olhar é importante justamente em um momento em que emerge a necessidade de o comunicador ser um moderador de ambientes, de relações, de narrativas, de contextos. “A necessidade que temos hoje de olhar multicamadas de contextos sob diferentes ângulos, de diferentes públicos, traz ao comunicador o protagonismo no centro da estratégia de negócios”, acentua. 

“Estamos falando de algo absolutamente complexo e que exige do comunicador uma constante atualização. Esse poder da análise de contexto vem cada vez mais para o ‘colo’ do comunicador e sobre um tripé interessante que é a mudança de comportamento humano, o aspecto regulatório e a tecnologia”, salienta a executiva.

Para Nassar, a questão da responsabilidade política empresarial é super importante. “Como você vai atuar nessa área se você não tem comunicador e está num ambiente muito técnico, apenas? É preciso trabalhar com esmero técnico, mas também atuar numa convergência entre o técnico, o ético e o estético, onde há decisões políticas”, acentua.

“É entender de fato o impacto do que acontece hoje na geopolítica e não apenas no meu país para poder, de fato, ser capaz de analisar o contexto e de definir, apoiar as empresas a definirem estratégias de negócios”, complementa Patrícia. “Estamos falando de comunicação como alavanca de poder, comunicação como elemento realmente de conexões sólidas. É uma indústria em constante transformação; é preciso se atualizar o tempo inteiro sob diferentes ângulos”, completa.

Na ocasião, Patrícia elenca alguns temas os quais o comunicador deve ficar atento:  aos conflitos geopolíticos; aos conflitos de polarização; ao mundo pluridiverso, à equidade nas relações; à cybertopia (a conveniência, o hibridismo, o trabalho híbrido e como isso impacta na forma de se comunicar); o impacto da inteligência artificial abrindo novas fronteiras tecnológicas; a questão da transparência e da rastreabilidade “como vetores centrais nessa lógica da comunicação); a questão climática; o protagonismo das pautas sociais; a web 3.0 e o seu avanço na questão da descentralização e na maior autonomia; po crescimento do mercado digital; a questão da saúde mental (tema de constante preocupação) e as smart cities.

“Todos esses adventos que estamos observando nos trazem a responsabilidade ainda maior de sermos gestores de reputação, gestores de construção de caminhos sólidos para as empresas. E como construir conexões no meio de todo esse emaranhado?”, indaga Patrícia.

Paulo Nassar responde frisando que o trabalho do comunicador é dar excelência para as narrativas que promovem essas conexões. “A comunicação é o elemento mais importante para que haja conexões e/ou relacionamentos excelentes. É central isso nesse trabalho que a gente faz, entendendo que a narrativa é o ‘locus’ das representações sociais e materiais, ou seja, da forma como a organização enxerga o mundo e a sociedade”, explica. 

Assista à live na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=Li_VNgKWlkM

 

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