11 de outubro de 2022

Reunião do Comitê de Gestão de Riscos e Crises debate integração entre gestão, comunicação e liderança

Encontro contou com a participação de profissionais das empresas Auren Energia e FleishmanHillard

A oitava reunião Comitê Aberje de Comunicação e Gestão de Riscos e Crises, realizada no dia 6 de outubro, trouxe o tema Integração entre Gestão x Comunicação x Liderança com a participação de Jorge Meneghelli, gerente de Riscos de Negócio da Auren Energia, de Lia Mara Sacon, diretora geral de Atendimento da FleishmanHillard. O coordenador Maurício Pontes também esteve presente.

Ao iniciar, Jorge Meneghelli, da Auren, frisou que não existe fórmula mágica para lidar com as crises. “Cada setor é um setor, temos que identificar as particularidades de cada um, mas sempre existem boas práticas que todos gostam e adaptam para o seu tipo de negócio”, disse. “Risco é um desvio em relação ao nosso objetivo”, frisou.

“Hoje nós definimos papéis e responsabilidades para cada um dos stakeholders que estão envolvidos na operação, sejam eles parte da companhia, sejam externos. Esse é o primeiro passo para fazermos uma gestão de riscos e de crises bem feita: entender o papel de cada um desse processo”, acentuou Meneghelli, acrescentando que se utilizam do modelo Três Linhas, prática de mercado para auxiliar as organizações em seus processos de governança e gestão de riscos.

“Os riscos estão sempre mudando. Uma crise nada mais é do que um risco de alto impacto materializado. É um evento de risco com alto impacto na companhia, seja ele financeiro, ambiental ou em diferentes frentes ao mesmo tempo”, avalia o executivo. “O processo de gestão de riscos vai dar muito suporte para definir o que é uma crise. E como os papéis devem estar muito bem definidos nesse momento, também devem estar muito bem definidos no momento de avaliação e responsabilização desse risco”, complementou.

Um ponto muito importante trazido por Meneghelli, é que, dentro da matriz de risco da companhia, é preciso definir quais são os risco prioritários – os que oferecem maior impacto à companhia –, os gerenciados – que podem se tornar uma crise, mas que estão controlados – e os riscos monitorados – que são os riscos de baixo impacto. “Uma emergência mal gerida se torna uma crise”, frisou. “O processo de revisitar os riscos do negócio e como eles estão se movimentando dessa matriz é muito importante para a gente endereçar quais os principais riscos e como a empresas se prepara caso algum deles venha a acontecer”, explicou. 

“Outra coisa é que a gente não pode ficar no automático, mas estar sempre preparado caso algo aconteça e poder tomar as decisões de uma forma mais ágil dentro da companhia. Lembrando que agilidade não é rapidez, agilidade é tomar a ação certa no tempo certo, mas não quer dizer que se tenha que tomar a ação certa ou qualquer ação em tempo rápido. É diferente”, salientou

Na visão de Lia Mara Sacon, esse é um tema árido. “Existem algumas barreiras de comportamentos, de mindset, que é geral, do brasileiro, que não é acostumado a gerir riscos. É preciso trazer o assunto de uma forma que essa barreira cultural seja eliminada para que as pessoas tratem o assunto de maneira mais natural”, disse. “Gestão de risco não é pra ter medo, faz parte”.

Lia comentou que, para melhor fixação sobre gestão de crise e de riscos, os treinamentos dentro da companhia devem contar com todo um vocabulário, exemplos e histórias curiosas. “São exemplos reais, curiosos e isso faz com que as pessoas participem mais. Como a teoria é muito densa, fazemos essas analogias para engajar as pessoas, que são de diferentes áreas da empresa, por isso trazemos uma linguagem que possa engajar a todos, para que cada um possa compreender o seu papel nesse processo”, ressaltou.

“Não existe estratégia sem risco. Toda tomada de decisão envolve risco”, salientou Meneghelli. “E tão importante quanto um processo estruturado é saber comunicar como tudo isso funciona. Você pode ter o melhor processo do mundo, mas se ninguém sabe como ele funciona não adianta de nada. A comunicação é muito relevante”, complementou. 

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