27 de fevereiro de 2023

Infosys vê na internet de propriedade popular o futuro da Web 3.0

Empresa defende a ideia de que modelo possa ser mais acessível, democrático e livre de regulações de corporações e governos

A ascensão da internet revolucionou a forma como trabalhamos, nos divertimos e nos comunicamos. De acordo com a Infosys (NYSE: INFY), uma das líderes globais em consultoria e serviços digitais de última geração, a Web 3.0 vem como um modelo capaz de trazer o poder de volta para os usuários, permitindo maior controle popular sobre a presença on-line.

Conforme Glauco Volpehead de infraestrutura e cloud da empresa, a terceira geração da WWW pretende permitir que cada usuário possa controlar os próprios dados e experiências no ambiente virtual.

“Essa será uma plataforma descentralizada que permite transações mais seguras e eficientes, além de suportar aplicações que podem rodar sem a necessidade de servidores centrais. Essa nova web será alimentada por tecnologias como blockchain, IA e big data”, explica o executivo.

Volpe salienta que a implementação de um modelo de internet de propriedade popular traria muitos benefícios para os usuários e para a sociedade como um todo, permitindo mais acessibilidade, ambiente democrátio e livre do controle de corporações e governos. Isso porque, esse modelo tornaria mais fácil para novos players entrarem no mercado, e a concorrência levaria serviços para os consumidores a preços mais baixos e melhores. Outro fator é que uma internet de propriedade do povo permitiria mais voz aos usuários sobre como o sistema é executado e qual conteúdo está disponível, sem censura ou manipulação de informações por interesses poderosos. Por fim, o modelo estaria livre do controle de corporações e governos, oferecendo uma plataforma aberta para que qualquer pessoa pudesse usar para qualquer finalidade.

A implementação desse modelo permitiria, de acordo com a Infosys, significativos avanços na ciência, no jornalismo, na educação e em muitos outros campos. Porém, é preciso considerar os desafios com essa dinâmica de poder, já que o mundo virtual está em constante mudança.

“Não há como não pensar sobre como as pessoas usarão esse poder. Eles vão censurar o conteúdo de que não gostam? Vão policiar a internet por fraude ou pirataria? Será que vão conseguir acompanhar as demandas das pessoas que usam a internet?”, questiona.

Com uma rede descentralizada, afirma o diretor, a segurança dos dados também poderia ser ampliada, porque não haveria dependência de um servidor central. Isso significaria que se um computador fosse hackeado ou ficasse off-line, o restante da rede ainda poderia seguir funcionando. Ainda assim, o setor está apenas começando a entender o que esse novo mundo novo pode oferecer e há um vasto caminho pela frente.

 

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