20 de abril de 2023

Festival de inovação e negócios da ESPM discute as tendências de mercado, soluções de inovação e empreendedorismo

Evento promoveu painéis com temas relevantes, como "A inteligência artificial e o papel da música", "Os desafios do e-commerce" e "O investimento em startups", com foco em inovação e marketing
Divulgação ESPM

A ESPM, escola de negócios, por meio do curso de Administração e do Núcleo de Transformação Digital da ESPM (DIGI) , promoveu, nos dias 17 e 18 de abril, o festival Rock in Hub de inovação e negócios. O evento contou com convidados do mundo da música, cultura, inovação e finanças, que abordaram temas sobre o mercado financeiro, marketing digital, moda, startups e tecnologia.

O Rock in Hub abriu com o debate sobre a Inteligência Artificial e o futuro da Música, com os convidados Cláudio Vargas (Universal Music), Conrado Lancerotti (baixista do NXZero), Thiago Endrino (Elemess Music), Fernando Gabriel (STRM), e a divulgação da pesquisa “Inteligência artificial pode influenciar no futuro da música”.

“Os desafios do e-commerce são muitos e trazem problemas para empreendedores”, com essa frase Eduardo Freme, diretor Grupo Raia Drogasil (RD), abriu o painel Desafios do E-commerce. O executivo comenta que o sucesso da companhia está na multicanalidade associada a tecnologia com a experiência da compra e entrega rápida. “É preciso entender o negócio, construir parcerias e superar diversos obstáculos, como desenvolver uma logística para o envio de produtos de forma rápida e eficiente”.

Guilherme Almeida, diretor de eCommerce da BDF Nivea Brasil, também destaca que a logística como sendo um dos principais pilares que sustentam toda a operação. “Quando desenvolvemos produtos com personalização em escala dentro da cadeia de Supply Chain, estamos agregando venda, maximizamos e tornamos realidade potenciais sinergias entre as partes da cadeia produtiva e a forma de atender o consumidor final”.

O empreendedor no segmento de moda masculina, Thales Branco Gonçalves (The Craft), ressalta que o ambiente on-line e e-commerce para pequena e média empresa é um desafio e com barreiras para serem transpassadas. O produto é metade dos negócios e sua compra, muitas vezes, são no impulso que leva a venda. “A dinâmica do universo da moda é diferente e depende do fator “gosto” da pessoa. Há a imagem versus o produto real, pois num ambiente e-commerce não se consegue transferir características, qualidade e se sente bem calçando ou vestido produto”.

Lucas Florin, ex-aluno da ESPM e supervisor comercial da XP Investimentos, conta como foi o seu processo de entrada em uma das maiores empresas do mercado financeiro no painel Carreira no Mercado Financeiro. “Fui negado 4 vezes no processo seletivo da XP, mas os meus professores me ensinaram a não desistir e sempre ser um bom comunicador, como um bom aluno da ESPM. Dois anos depois das quatro negativas, me tornei o líder mais novo da história do grupo”, diz.

No painel Marketing Digital e Growth, Robson Harada, chefe do departamento de marketing da MB – Mercado de Bitcoin, maior plataforma cripto da América Latina, possui a convicção que as comunidades digitais serão as próximas grandes fronteiras do marketing. “Nos últimos anos, o marketing de comunidade voltou com muita força, e com isso, é necessário que essas grandes empresas estejam conectadas com as suas respectivas comunidades. Estar presente na internet é participar de uma comunidade digital e muitas empresas precisam entender isso, principalmente se desejam se conectar com as gerações mais novas”, diz.

Em cada negócio encontramos ingredientes para o sucesso seja pela cultura da empresa, emprego de inovação, foco nos resultados, na experiência do consumidor e nos colaboradores.

Temos organizações que buscam investir em uma cultura de igualdade de gênero e diversidade e obtêm resultados melhores, principalmente os que envolvem a rentabilidade. Essa foi a tônica do painel “Carreira Feminina e Marketing” que mostrou as muitas inquietações e garras das mulheres no mundo do trabalho.

Para a Alessandra Miyazuki, head marketing estratégico da Marjan Farma, a falta de mulheres na liderança das empresas está relacionada à cultura organizacional machista que predomina nas organizações. “A diversidade faz a diferença e as mulheres conseguem inovar e trazem a adaptabilidade, sensibilidade, a harmonia e a produtividade no ambiente de trabalho”. Já Giovanna Garib, e-Merchandising e analista Digital da Lindt, aponta que o empoderamento das mulheres facilita o trabalho e a convivência com equipes mistas. “A mulher em diferentes contextos e carreiras tem seu espaço. A cada uma deve experimentar e descobrir seu diferencial para que seja plural na sua carreira”. Nessa linha, Camila Faro, Customer Marketing na Unilever, afirma que a mulher deve sempre ser a melhor no que faz.

O investimento em startups foi um dos painéis do Rock Hub. Nos últimos anos tem atraído investimentos de grandes fundos de capital de risco e que geram um cenário promissor para empreendedores e investidores. Ricardo Gora, vice-presidente da Locaweb e Mago Capital, avalia que o mercado de startups é cíclico e a bonança de dinheiro para muitas companhias está escassa. “Investir em startups é ter olhar macro e visão de negócios. Ter retorno e ganhar o mercado precisa ir a fundo nas possibilidades com a startup de interesse”.

Leonardo Savoy, da Venture Capital, comenta que investir em startups requer atenção e ser conservador. “Avaliar de forma básica, entender todos os passos da empresa e a sua sustentabilidade. Também, entender se há inteligência artificial agregada na startup e se traz benefícios e eficácia ao negócio”.

No painel Empreendedorismo e Autoconhecimento, com o ator e empreendedor, Ricardo Tozzi. Ex-aluno da ESPM em Administração, conta que as transições em sua carreira marcaram a sua vida por se passarem em uma época em que não se falava de autoconhecimento e saúde mental. “Em um mundo globalizado e com excesso de informações, é necessário se conhecer para se projetar para o mundo”.

No ápice de sua carreira executiva, aos 25 anos, Tozzi afirma que não se imaginava nessa profissão pelo resto de sua vida. Isso mudou após cursar teatro durante 4 anos e se tornar um ator reconhecido na rede Globo. Atualmente, Ricardo se dedica ao empreendedorismo e ao seu novo projeto, a Casa Cascais. “O projeto surgiu após sentir falta de autonomia em minha vida e querer investir em algo que fizesse sentido”, diz.

O encerramento e último painel, Grandes Eventos e Ativação de Marca, trouxe o diretor executivo da Fórmula 1, Francisco Mattos, explanando sobre como e porque as marcas têm interesse em se associar com grandes eventos como a F1. “As marcas buscam uma conexão que vai muito mais do que uma associação de valores de velocidade, tecnologia e precisão. Há três motivos que conectam uma marca, primeiro, uma história que inspira as pessoas, como a do grande Ayrton Senna. Segundo, entretenimento e conteúdo, como é o caso das ativações. E por fim, lançamento de produtos e alta perfomace”,  diz o executivo.

O Rock In Hub foi um evento de inovações e negócios que ofereceu palestras e workshops. Ao todo foram quatro palcos simultâneos, 17 atrações, 35 painelistas entre celebridades do mundo da música, executivos de multinacionais de tecnologia, inovação e entretenimento, fundadores de startup e ex-alunos da ESPM, que falaram sobre as tendências de mercado, soluções de inovação, empreendedorismo e marketing.

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