13 de abril de 2023

Comunicação como um vetor de inovação na empresa é tema de reunião do Comitê de Inovação da Aberje

Segundo encontro do ano contou com a participação dos comunicadores Cláudio Cardoso e Rodolfo Araújo

Os membros do Comitê Aberje de Inovação em Comunicação Corporativa se reuniram no dia 11 de abril para discutir o tema Comunicação como um vetor de inovação na empresa – postura crítica, provocativa, propositiva, à frente de tendências. Os convidados Claudio Cardoso, Strategic Communication da Altavive e Rodolfo Araújo, vice-presidente para a América Latina da United Minds, trouxeram suas ponderações e provocações sobre o assunto.

Ao abrir a reunião, o coordenador do comitê Lucas Reis frisou que discutir o papel da Comunicação como vetor de inovação foi o tema mais cogitado na votação feita com os membros do comitê. “A comunicação deve ser entendida como uma área estratégica para o negócio, especialmente num momento em que muito se fala sobre ESG e questões ligadas à imagem, que têm um valor muito grande para empresas de diferentes setores”, disse.

Na ocasião, Claudio Cardoso compartilhou algumas crenças e visões a respeito de inovação e o papel do comunicador nisso. “Com a aceleração absurda no surgimento de tecnologias o mundo mudou, não só na forma como a gente consome e se relaciona, mas especialmente nos negócios. E como enxergar para onde se está indo num mundo de incertezas? Esse contexto desafiador trouxe elementos essenciais para que as empresas consigam acompanhar essas mudanças: primeiro as competências e habilidades, a adoção correta de tecnologias e a capacidade de trabalhar de forma colaborativa”, iniciou

“Tudo isso leva a destacar o espírito de experimentação, e nesse cenário específico de experimentação, importa mais os pequenos movimentos feitos na direção certa do que muito dinheiro ou grandes projetos. O que conta mesmo é a capacidade de perceber o contexto e para onde se deve ‘navegar’”, analisou Cardoso. “Pequenos movimentos feitos de forma estratégica geram grandes impactos”, complementou.

Claudio Cardoso

Em sua visão, as organizações não devem apenas dialogar com seus ecossistemas e sim fazer parte dele, entregar conteúdo relevante e atuar em colaboração. “A comunicação desempenha um papel fundamental na transformação das organizações tradicionais em direção aos arranjos na nova economia. Neste contexto, é preciso conquistar trânsito e fluência nos ecossistemas de inovação, de tecnologia e de outros segmentos. Mais que isso, é preciso ser um membro ativo nos sistemas de colaboração, e atuar na orquestração de atores em torno de desafios com alto potencial de criação de valor”, disse.

Para Rodolfo Araújo, é muito difícil pensar em uma organização inovadora sem ter a Comunicação como uma competência-chave dela. “Esse é o primeiro ponto que coloca a Comunicação dentro de uma posição extremamente estratégica para qualquer empresa, justamente porque é um vetor, um canal sem a qual a inovação não teria o mesmo potencial, entendendo inovação como uma capacidade da organização, algo que faz parte de uma empresa que não apenas sobrevive, mas daquela que cria valor e se entende como parte de um ecossistema complexo”, destacou.

De acordo com Araújo, essa visão está muito vinculada à cultura de inovação dentro de uma organização. “Isso mexe com as crenças e a visão de futuro de uma organização, com a liderança, com o passado, com os aprendizados, com os sistemas, processos e investimentos, com o ambiente e com formas de se trabalhar”, ressaltou. “Então quando pensamos no fomento a uma cultura de inovação transversal e uniforme que permeia uma série de elementos de funcionamento do dia a dia, o desenvolvimento dessa inovação passa pela presença estratégica da comunicação. É essencial que a comunicação seja entendida como um eixo de lapidação e desenvolvimento dessa cultura de inovação”, explicou.

Rodolfo Araújo

O executivo acentuou ainda que a comunicação tem a capacidade de mostrar o significado da jornada de inovação nas organizações, que vivem muito mais de processos do que projetos. “Os processos são jornadas contínuas, então inovar também acaba se tornando uma jornada contínua, sem fim. E não só mostrar porque uma organização toma determinados caminhos, mas mostrar onde cada indivíduo se localiza e o que se espera dele, ou seja, uma combinação de significado com concretude. Esse é um dos pontos de partida essenciais dentro de uma jornada de intersecção entre comunicação e inovação”, analisou.

 

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