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02 de julho de 2025

Comunicação na hora errada

Luis Alcubierre
Foto: Mohdiz Zuanbin - Envato Elements
 
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Há algo que distrai com insistência quando assistimos às transmissões esportivas e, curiosamente, essa sensação não nasce do desempenho dos times ou de jogadores, da atuação do árbitro ou dos tropeços da técnica ou da tática. Vem, sim, da comunicação. Ou, para ser mais exato, da comunicação feita na hora errada.

Nos jogos recentes da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, transmitidos pela principal emissora do país, a inserção de anúncios de uma casa de apostas no meio de análises, comentários e narrações parece, no mínimo, uma decisão questionável. E aqui não se trata de um purismo romântico sobre o esporte e muito menos de uma crítica moralista ao segmento de apostas, um mercado regulado em boa parte do mundo e que atrai milhões de consumidores. Trata-se de uma reflexão profissional, estratégica e, sobretudo, respeitosa à inteligência do público.

A pergunta que não quer calar é: quem toma essa decisão? Quem, dentro da engrenagem publicitária, operacional ou editorial, define que aquele é o momento certo para interromper o raciocínio do comentarista, quebrar a linha narrativa do jogo e inserir, quase como uma pedra no sapato, um anúncio que não dialoga nem com o contexto, nem com a emoção do momento?

Será que realmente há conversão nessa abordagem? Será que, no exato instante em que um analista está destrinchando uma jogada, alguém pensa: “Oba, é exatamente agora que vou parar tudo e fazer minha aposta”? Honestamente, duvido. E falo aqui como comunicador, não como consumidor.

É curioso observar como uma estratégia de exposição de marca, quando mal calibrada, pode rapidamente transitar do território da visibilidade para o do desconforto. Não são poucos os estudos que mostram que a eficácia de uma campanha não se mede apenas pelo número de inserções ou pelo share of voice, mas, principalmente, pela capacidade de gerar conexão, relevância e aderência contextual.

Essa prática não é isolada. Quem acompanha corridas de Fórmula 1 conhece bem aquele exato momento em que, na ultrapassagem decisiva, surge uma vinheta de patrocínio que cobre parte da tela. No tênis, às vezes, o ponto crucial é invadido por uma chamada promocional.

O que parece escapar é uma lição simples, quase elementar na comunicação: “o contexto é soberano”. E se há algo que o consumidor contemporâneo valoriza é a experiência. Quando a marca rompe essa experiência de maneira brusca, desconectada, ela perde efetividade e se torna ruído.

Claro que não se trata de demonizar a publicidade, nem o modelo de negócios das transmissões esportivas. Pelo contrário. A publicidade bem feita é motor da indústria, sustenta o conteúdo, gera empregos e movimenta a economia. A questão não é estar presente, é como estar presente.

Existem soluções muito mais elegantes, inteligentes e eficazes. Modelos de branded content bem aplicados, ativações criativas que dialogam com o espírito do evento, integrações contextuais, patrocínios de quadros, conteúdos nativos que não interrompem, mas somam. O próprio ambiente digital nos ensina isso há anos: o conteúdo que engaja é aquele que entretém, informa ou ajuda.

A boa comunicação é aquela que respeita o tempo, o espaço e a inteligência do público. E, convenhamos, interromper o jogo para empurrar uma mensagem que não conversa com a emoção do momento não é apenas uma escolha ruim. É uma escolha equivocada.

Que as marcas e, principalmente, os veículos, repensem. Porque, sim, existe hora certa para tudo. E a comunicação feita na hora errada, mais do que não vender, desgasta.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Luis Alcubierre

Luis Alcubierre é executivo de Comunicação Corporativa, Relações Institucionais e Governamentais há mais de 25 anos e hoje atua como conselheiro para a América Latina da Atrevia, agência espanhola de PR e Corporate Affairs, além de liderar o escritório Advisor Comm. É também palestrante, mediador e mentor. Formado em Comunicação Social pela FIAM, possui pós-graduação em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas e MBA pela FIA-USP, com diversos cursos de gestão de liderança e negociação realizados em instituições como IESE, Berlin School of Creative Leadership, Columbia Business School, Universidad Adolfo Ibañez, Escuela Europea de Coaching, Fundação Dom Cabral, IBMEC e FGV. Foi diretor de Comunicação e Assuntos Corporativos de empresas como Kellogg, Pernambucanas e Samsung, onde teve responsabilidades adicionais pela Comunicação na América Latina. No Grupo Telefônica, assumiu a Direção Global de Marca e Comunicação da Atento em Madrid, na Espanha, sendo responsável pela gestão da área em 17 países. Passou ainda por Dow Química, TNT (adquirida posteriormente pela Fedex) e Rede (antiga Redecard), tendo iniciado sua carreira no rádio, nos sistemas Jornal do Brasil e Grupo Estado. Também foi membro do Conselho de associações ligadas às indústrias de alimentos, varejo, vestuário e mercado financeiro, onde teve importante papel negociador em distintas esferas de governo.

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