14 de abril de 2023

Boas práticas de comunicação sobre estratégias ESG é tema de reunião do comitê de ESG da Aberje

Segundo encontro do ano contou com a participação dos comunicadores Marcelo Douek e Nêmora Reche

Em reunião online realizada no dia 12 de abril, os membros do Comitê de Comunicação e Engajamento em ESG discutiram as ‘Boas práticas de comunicação sobre estratégias ESG: reputação e sustentabilidade’ com a participação de Marcelo Douek, CEO da Social Docs e Nêmora Reche, head de Comunicação Corporativa da Syngenta Proteção de Cultivos.

Na ocasião, o coordenador Danilo Maeda salientou a correlação direta que existe entre reputação e sustentabilidade. “Se nós, profissionais de comunicação, temos como atribuição do nosso trabalho gerir a reputação das marcas que a gente representa, precisamos pensar na sustentabilidade também”.

Ao compartilhar a sua experiência, Marcelo Douek contou quais são os maiores desafios e aprendizados que vêm descobrindo ao olhar para cada um dos pilares do ESG. “A primeira coisa é entender esse ambiente complexo que a gente vive, quando se fala de sustentabilidade e impacto social em qualquer um dos pilares sempre será complexo e a gente precisa trazer essa complexidade para a comunicação; entender como vamos desenvolver projetos de conteúdo de comunicação a partir dessa complexidade”, argumentou.

“As coisas estão todas conectadas e precisamos abraçar a complexidade para comunicar, senão não daremos conta de cuidar de todos os aspectos a serem feitos enquanto comunicador. Outra coisa é ter consciência que a comunicação para ESG ainda está sendo desenvolvida, e pensar que se as coisas são complexas e não há outro jeito de fazer as coisas sem que haja colaboração, mais iremos evoluir e comunicar cada vez melhor”, ressaltou Douek.

Falando mais especificamente sobre os desafios de comunicar cada um dos pilares ESG, o executivo salientou que o ideal é humanizar o conteúdo para aproximá-lo de sua audiência. “É mostrar de uma maneira bem simples e didática as causas e as consequências das ações no meio ambiente para que as pessoas possam entender certos temas mais difíceis, como o funcionamento da cadeia produtiva”, exemplificou. “A comunicação anda junto com qualquer projeto e é corresponsável pelo sucesso ou fracasso dele. Temos que olhar nossos problemas de um jeito autêntico para transformá-los e aí a comunicação tem um poder enorme”, finalizou.

Nêmora Reche, trouxe o case do “Plano da Agricultura Sustentável” da Syngenta, como um exemplo de aplicação prática de comunicação para a sustentabilidade. Ela contou que, o ponto de partida para o projeto foi uma pesquisa de reputação que identificou alguns pontos importantes como “uma grande e profunda desconexão entre o meio urbano e o meio rural que, na prática, se traduz pelo fato de que temos uma empresa conhecida e bem quista no campo ao passo que na cidade as pessoas têm dúvidas sobre as nossas tecnologias”, disse.

“Percebemos então que existia esse espaço de comunicação que precisava ser preenchido e, portanto, a necessidade de contarmos a nossa história para os diversos públicos com os quais nos relacionamos para mostrar que de fato, temos uma contribuição importante para dar”, contou Nêmora.

Para intensificar o diálogo com a sociedade, foi preciso construir narrativas sobre as mudanças ambientais e sociais e o quanto elas impactam a agricultura. “Em 2013, nós lançamos uma iniciativa global que trouxe algumas inovações importantes ao que era a comunicação do agronegócio. Foi um esforço da Syngenta de colocar objetivos e métricas que seriam auditadas com transparência, com parceiros que nos ajudariam nessa jornada”, salientou. 

“Procuramos promover um diálogo bem amplo com governos, instituições de pesquisa, imprensa e ongs. Além disso, passamos a engajar os nossos próprios profissionais na produção dos conteúdos que a gente traz. Muito do que falamos hoje sobre o Plano de Agricultura Sustentável não só traz os nossos clientes, mas também nossos colaboradores dando voz a eles e mostrando o quanto isso o impacta não só como profissionais mas também como cidadãos”, complementou Nêmora.

 

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