12 de abril de 2021

“Falta diálogo entre UE e Brasil, pois somos um país sustentável e com tecnologia de ponta”, declara o CEO da Bayer Brasil

Executivo espanhol fez declaração no último dia da primeira etapa do Aberje Trends - Tendências de Comunicação; segunda etapa desta edição será realizada de 26 a 29 de abril
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Executivo espanhol fez declaração no último dia da primeira etapa do Aberje Trends – Tendências de Comunicação; segunda etapa desta edição será realizada de 26 a 29 de abril

A falta de diálogo, comunicação e conhecimento do que realmente acontece por aqui são os  principais entraves entre países da União Européia e o Brasil. É assim que avalia Marc Reichardt, presidente do Grupo Bayer Brasil durante a sua participação na primeira etapa do Aberje Trends – Tendências de Comunicação. “O país tem uma agricultura de alta tecnologia, muito avançada e sustentável”, disse um dos CEOs mais influentes do país. A segunda etapa do evento digital, promovido pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial – Aberje, será realizada de 26 a 29 de abril.

Na ocasião, o CEO destacou como a Bayer tem se portado diante dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, do Acordo de Paris e da própria aspiração “Saúde para todos, fome para ninguém”. “Estabelecemos metas muito claras a serem alcançadas até 2030, focadas especialmente nos principais desafios ambientais da cadeia agrícola, como, por exemplo, a redução em 30% das emissões de gases poluentes e a comercialização de produtos agroquímicos que tenham 30% menos impacto ambiental. Contribuímos, atualmente, com 5% de CO2 e trabalhamos continuamente para avançar ainda mais”, revelou.

A enriquecedora experiência internacional de Marc Reichardt chama a atenção para um ponto interessante em sua fala. Ao atuar em países como Alemanha, Argentina, Polônia e Brasil – segunda operação da Bayer em nível global –, o executivo notou que não é o modo de trabalhar dos empresários que difere, visto que seguem indicadores, mas sim o componente cultural. 

“Na Polônia foi muito diferente, o idioma não tinha nada a ver com os que eu falava na época, como alemão, espanhol e inglês; o polonês é uma língua eslava. Sempre acreditei na importância de se aprender o idioma do país onde estou. Não foi fácil, mas aprendi a falar polonês. Quando você se adequa à cultura de um país, é impressionante como as pessoas acolhem você”, relata. “Penso que o componente cultural é que difere, no modo de motivar as pessoas e na história da empresa, que traz essa cultura para o momento atual, que de alguma maneira define também o futuro do país”, completa.

Saúde para todos, fome para ninguém

O Grupo Bayer, que atua nas áreas da Saúde e da Agricultura e tem como aspiração atingir a “Saúde para todos, fome para ninguém”, comemora 125 anos de atividades em 2021. Nos últimos anos, a companhia está ativa também em soluções digitais para ajudar o produtor a tomar as melhores decisões, conforme explica Reichardt: “especialmente nesses momentos de pandemia, vimos o quanto as pessoas são importantes e procuramos estar perto do consumidor, do agricultor, do paciente… Precisamos procurar esse diálogo para sabermos em que podemos contribuir com a sociedade para que a Bayer continue sendo boa para todos”.

“A pandemia foi o maior desafio da minha carreira, ainda mais nas primeiras semanas, quando estava difícil de entender toda a situação, saber como agir. Nossa prioridade eram as pessoas e de imediato decidimos pelo home office. Hoje temos 70% dos funcionários trabalhando de casa e não tivemos impacto em nossos números”, revela.

Para dar continuidade à operação, a Bayer criou seu protocolo de segurança para garantir a saúde dos colaboradores e ao mesmo tempo fornecer produtos aos clientes. Apoiar a sociedade também era importante para a companhia, que criou guias com orientações e fez doações à comunidade local. “Esta é a nossa tarefa. Foi um desafio. Um ponto positivo foi que a pandemia trouxe muito mais diálogo. Agora eu converso virtualmente com pessoas de todo o país, o que eu não fazia antes”, relata.

Liderança e comunicação

Para Marc Reichardt, uma das características de um bom líder é ouvir o liderado. “O líder tem que entender que depende de muitas pessoas. Eu não seria o que sou hoje sem a ajuda de tantos companheiros ao longo da minha trajetória profissional, pessoas que me apoiaram, compartilharam dúvidas. Ser líder é inspirar, é desenvolver pessoas e a comunicação tem um papel fundamental nisso. Ser líder é deixar um legado num patamar maior do que o que você encontrou”. 

Ao longo dos últimos meses, a Bayer criou diferentes formas de comunicação e atividades com os públicos interno e externo, inclusive com apoio psicológico ao colaborador. “Mas sempre falo que só isso não é o suficiente, são momentos em que, mais do que nunca, temos que perguntar ao liderado: como você está?, assim como aos clientes. Este ponto é muito importante: ficarmos perto das pessoas, mesmo que seja de forma virtual. O desafio será manter essa preocupação genuína pelas pessoas, clientes e sociedade a partir do momento que a pandemia for controlada”, reconhece. “Temos que resgatar a essência que às vezes perdemos com o tempo, de escutar as pessoas, ter empatia por elas. Uma coisa é definir objetivos, outra coisa é dar sentido ao que as pessoas estão fazendo”, define.

Reichardt comenta sobre a complexidade de comunicar em uma empresa que tem diferentes realidades. Ele conta ter aprendido com sua diretora de Comunicação, Malu Weber, que é como falar o mesmo idioma, mas com diferentes sotaques. Ou seja, é preciso transmitir a mesma mensagem para todos, mas com uma linguagem diferente para o público interno que trabalha na parte agrícola da companhia e para os que atuam na parte da saúde humana. “É complexo, mas funciona muito bem”, comenta.

Na ocasião, o executivo também falou sobre a comunicação no universo agro, ao se referir aos produtos de proteção às lavouras, comumente chamados de ‘agrotóxicos’. “Sem dúvida, esta é uma área que gera muita polêmica e deve ser falada de uma maneira aberta. Somos muito transparentes no que fazemos, nossos produtos são de alta tecnologia e levam, no mínimo, dez anos para serem lançados no mercado”, afirma o executivo, referindo-se aos processos de avaliação e segurança desse tipo de produto.

Para além do fato de que diversidade e inclusão criam inovação, a Bayer também avança nos programas de D&I. “Este ano estamos implementando o Programa Trainee de Liderança Negra, simplesmente porque a representatividade da comunidade parda e negra é baixa (30%), especialmente na liderança. Mais de 25 mil pessoas se candidataram a 19 vagas. Tive a oportunidade de estar com essas pessoas e percebi um nível altíssimo de capacidade. Existem pessoas nessa comunidade super preparadas, é só dar oportunidade e fazer acontecer”, ensina. “O mesmo com pessoas com deficiência ou grupos de orientação sexual. A diversidade é boa para toda a sociedade”, complementa.

Sobre o Aberje Trends 

Em sua 5ª edição, o Aberje Trends é um dos maiores eventos sobre as principais tendências em comunicação corporativa do Brasil, promovido pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial – Aberje. Este ano, a programação foi reformulada para se adaptar ao novo contexto da pandemia e acontecerá de forma totalmente online, em horários pensados para se adequar à rotina de trabalho dos participantes. A segunda etapa da 5ª edição da Aberje Trends – Tendências de Comunicação será realizada entre de 27 a 29 de abril. 

Esta edição conta com o patrocínio da Basf, CCR, Coca-Cola Brasil, CPFL Energia, General Motors, Itaú, LATAM Airlines, LexisNexis, McDonald’s, SAP; tem apoio da CNH Industrial e media partner do Estadão.

Aberje Trends 2021
Data:
de 26 a 29 de abril (das 17h às 19h)
Valores: de R$600 (não associados) a R$300 (associados)
Programação: no site da associação
Inscrições: aqui

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