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22 de julho de 2024

Comunicação é estratégica na economia contemporânea

Transparência e clareza ajudaram a dissipar dúvidas, facilitando a aceitação das mudanças propostas pelo Plano Real
Hamilton dos Santos
Leonardo Müller

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Jose Luis Waxemberg
 
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Publicado originalmente no jornal O Globo, em 04 de julho de 2024

Quem ainda acredita que a comunicação não deva ser encarada como estratégica na economia contemporânea deveria se voltar com calma para a história do Plano Real. Sua implementação envolveu etapas complexas, como a criação de uma nova moeda, o real, e a estabilização da economia por meio do controle da inflação. Para garantir que as medidas fossem bem-sucedidas, era essencial que a população compreendesse e confiasse no plano. A transparência e a clareza na comunicação ajudaram a dissipar dúvidas e a evitar surpresas, facilitando a aceitação das mudanças propostas.

Esse é um ponto comum no relato de diversos atores da trama: a comunicação transparente dos objetivos, mecanismos e etapas foi elemento indispensável para o sucesso. Em artigo recente no GLOBO, Maria Clara do Prado defende que a comunicação foi uma das duas grandes inovações do plano, além da URV. O plano foi “feito às claras”, e isso desde o princípio. Antes e durante a implementação, a equipe econômica usou comunicação eficaz para explicar as razões e os mecanismos das reformas. Campanhas publicitárias, entrevistas feitas com regularidade e discursos planejados para informar e engajar a população. Num vídeo exibido no evento 30 anos do Plano Real, na Fundação FHC, vemos Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda, explicando a URV no programa do Silvio Santos — não sem antes ter sido orientado sobre como tornar sua mensagem mais popular pelo grande comunicador da televisão brasileira.

Após a implementação do Real, a comunicação continuou a ser componente vital na gestão da política monetária. Em 1999, com a adoção do regime de metas de inflação, o Banco Central (BC) instituiu um arcabouço de política monetária que tem na comunicação um de seus pilares fundamentais. Além do anúncio oficial da meta, o BC se compromete com a divulgação de comunicados e atas a cada reunião do Copom, além de boletins, relatórios e pesquisas de sua equipe. O presidente do BC pode ser convocado pelo Congresso e, em caso de descumprimento da meta, é obrigado a escrever uma carta aberta ao ministro da Fazenda. Em paralelo aos instrumentos oficiais, entrevistas dos integrantes do Copom para a imprensa também são comuns. A transparência foi e é crucial para ancorar as expectativas dos agentes econômicos, reduzindo incertezas e aumentando a confiança na moeda.

A comunicação eficaz do Banco Central também ajuda a estabilizar os mercados financeiros. Ao fornecer orientação clara sobre a direção futura da política monetária, o BC é capaz de influenciar as expectativas de inflação e as taxas de juros de longo prazo, o que proporciona um ambiente mais previsível para investimentos privados.

Mas, no campo da comunicação, todo cuidado é pouco, e qualquer passo em falso da autoridade monetária pode gerar efeitos indesejados. O ponto mais importante é aquele levantado por Pérsio Arida em diversas ocasiões: a estabilidade monetária é uma exigência da democracia. Nela, a comunicação transparente é pilar indispensável para garantir a legitimidade das decisões de um corpo técnico não eleito — e um dos principais remédios tanto contra eventuais deslizes desse corpo como contra incursões demagógicas na gestão monetária.

O sucesso do combate brasileiro à inflação nestas três últimas décadas é também a história do papel estratégico da comunicação na gestão do bem público. Com lições para comunicadores e lideranças em todos os setores da economia.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Hamilton dos Santos

Jornalista, mestre e doutor em Filosofia, ambos pela Universidade de São Paulo (USP). Também é formado em Administração de Empresas pela Stanford Global Business School. Tem experiência em diversas redações dos principais veículos de comunicação do Brasil e como diretor de Recursos Humanos da Editora Abril, onde trabalhou por 20 anos. Atualmente é diretor executivo da Aberje – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, representa a instituição na Global Alliance For Public Relations and Communication Management e é membro da Page Society, do Conselho da Poiésis e um dos líderes do movimento “Tem Mais Gente Lendo”.

Leonardo Müller

Economista-chefe da Aberje. Leonardo André Paes Müller é economista formado pela Universidade de São Paulo (USP), com doutorado em filosofia pela USP e pela Universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne, e atualmente é doutorando em Teoria Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Autor do livro “Imaginação e moral em Adam Smith”, publicado pela Alameda Editorial em 2022. Como economista, atuou na área de Pesquisa Produção e Vendas do Mercado Editorial Brasileiro da FIPE. Na academia, é professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Economia da UFABC (PPGEco UFABC), também foi professor visitante no bacharelado em Ciência Econômicas da UFABC e ministrou diversos cursos de extensão na FFLCH-USP.

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