Exposição de fotos de Evandro Teixeira traz imagem que venceu Prêmio Aberje em 2008
![](https://www.aberje.com.br/wp-content/uploads/fly-images/125422/Exposicao-Chile-1973-470x300.jpg)
A exposição Chile 1973 de Evandro Teixeira, um dos mais renomados fotojornalistas brasileiros, acaba de ser inaugurada no Instituto Moreira Salles. A exposição reúne imagens produzidas durante a cobertura do golpe militar no Chile pelo Jornal do Brasil e fotos produzidas durante a ditadura militar brasileira, como a emblemática Passeata dos 100 mil, que ganhou o Prêmio Aberje em 2008, na categoria Publicação Especial, editado pela Textual, com o livro 1968 Destinos. Passeata dos 100 mil.
A mostra Chile 1973 é o primeiro recorte do acervo e reúne fotografias em preto e branco, fac-símiles, máquinas fotográficas e crachás de imprensa. As imagens feitas pelo fotógrafo durante a ditadura militar brasileira estão em consonância com o contexto histórico chileno. A curadoria da exposição é de Sérgio Burgi, coordenador de fotografia do Instituto Moreira Salles.
![](https://www.aberje.com.br/wp-content/uploads/2023/03/Passeata-dos-100-mil-300x225.jpg)
No Chile, o fotojornalista registrou acontecimentos como o bombardeio do Palácio de La Moneda no Chile, a presença de prisioneiros políticos no Estádio Nacional em Santiago e o enterro do poeta Pablo Neruda. No Brasil, tiveram registro os principais eventos ocorridos na segunda metade do século XX, como o golpe militar em 1964, as manifestações estudantis de 1968, as visitas da Rainha Elizabeth e do Papa João Paulo II.
Em uma trajetória de quase 60 anos, Teixeira também documentou a fome e a pobreza, o esporte, o carnaval e as festas populares. São mais de 100 mil imagens em seu acervo, que está sob a guarda do Instituto Moreira Salles desde 2019.
A edição 97 da Revista CE – Comunicação Empresarial, de 2016, traz um artigo sobre a trajetória de Evandro Teixeira, escrito por sua filha Carina Almeida, sócia-diretora da agência Textual, associada à Aberje: “…Desde pequena, observava o grau de exigência que ele impunha ao seu trabalho. Era muito atento, sempre ligado, insatisfeito até sentir que tinha feito o melhor – e naquele tempo, só se descobria depois do filme revelado… A quantidade de livros de fotografia e revistas especializadas que inundavam as estantes lá de casa me mostravam um profissional sedento por aprender e conhecer o que havia de melhor no mundo…”
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