Equidade de gênero em RP e Comunicação é tema do estudo vencedor do International Aberje Award

Neste sábado, 5 de março, foi anunciado o vencedor de mais uma edição do International Aberje Award, reconhecimento que premia estudos acadêmicos de pesquisadores estrangeiros que estejam relacionados à comunicação e relações públicas no Brasil e na América Latina. O estudo vencedor foi escolhido entre outros 67 apresentados, e leva o título de “Equidade de Gênero em Relações Públicas e Comunicação: um estudo abrangente ligando o conhecimento entre América do Norte e América Latina”, de autoria de Karen Robayo-Sanchez & Juan Meng, da Universidade da Geórgia (EUA), e Ana Maria Suarez, da Universidade de Medellín (Colômbia).A premiação foi anunciada durante o 25º International Public Relations Research Conference (IPRRC), que, de volta ao formato presencial, aconteceu em Orlando, Flórida (EUA). A Aberje é uma apoiadora de longa data da conferência e, desde 2009, premia os autores vencedores com o troféu do International Aberje Award, além de um prêmio no valor de US$1.000,00.
O estudo analisou os dados do North American Communication Monitor (NACM 2020-2021) e do Latin American Communication Monitor (LCM 2020-2021), após reagrupar as regiões para uma análise comparativa. “Nós confirmamos que o tratamento desigual, a não transparência de políticas de promoção, a falta de redes e programas de desenvolvimento, e o número limitado de mulheres como modelos a seguir são fatores chave que dificultam o desenvolvimento profissional das mulheres”, escrevem as autoras no estudo.
As discussões que seguiram também abordaram as diferenças de mercado entre os países estudados, onde mesmo as áreas de comunicação são pequenas, diminuindo ainda mais a participação feminina em cargos de liderança. O Brasil foi apontado como um dos países em que, mesmo tendo um grande mercado, também apresenta dificuldades quando o assunto é mulheres nas posições do topo. “As porcentagens de mulheres que estão em posições de gestão e liderança variam, tendo a América do Sul na liderança (22,9%), seguida pela América do Norte (18,9%), América Central e Caribe (5,9%) e Sul da América do Norte (4,2%)”, apontam os dados do estudo.
Entre as descobertas também está a concordância entre os profissionais de que a equidade de gênero melhorou nos últimos cinco anos, porém de forma tímida. No entanto, o fato mais importante destacado pelas autoras foi a existência de um “teto de vidro” ligado diretamente a não transparência das organizações e informalidade em relação a políticas de promoção, apontado pelos profissionais do campo.
Como conclusão, o papel das organizações e das associações profissionais foi destacado como o principal fator de mudança deste cenário. Para elas, a profissão deveria agregar esforços que fossem capas de ir além das fronteiras culturais e geográficas, apoiando as mulheres em suas profissões no futuro próximo. As organizações carregam a maior responsabilidade de impulsionar a mudança, alterando políticas e cultura destrutivas e construindo mais desenvolvimento em programas de apoio. As organizações e associações profissionais devem estar na vanguarda das forças motrizes para promover a diversidade e a igualdade de gênero nas relações públicas e na comunicação.
Coincidentemente, o estudo foi premiado próximo ao Dia Internacional da Mulher, o que pode ajudar a levantar a atenção para o problema. Do ponto de vista associativo, a Aberje promove o estudo “A Mulher na Comunicação – sua força, seus desafios”, em uma live no dia 8. Além disso, apoia o desenvolvimento de mulheres na liderança, garantindo equidade em seu Conselho Deliberativo, que também é presidido por uma mulher, além de inúmeras iniciativas ao longo de sua história, que devem ser perpetuadas e aperfeiçoadas.
O paper completo será publicado nos anais da Conferência. A lista dos vencedores das edições anteriores estão disponíveis aqui.
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