08 de dezembro de 2022

Comitês Temáticos Aberje se reúnem para último encontro do ano

Desafios nas áreas de Inovação, ESG e de Crises foram compartilhados ao longo do ano por dezenas de profissionais envolvidos nos comitês da associação

A décima e última reunião do ano dos três Comitês Temáticos Aberje de 2022, realizada no dia 7 de dezembro, trouxe a participação dos coordenadores e vice-coordenadores de cada grupo para falarem um pouco sobre o que foi abordado ao longo de 2022, durante as reuniões mensais. Foram 28 reuniões de trabalho, 44 palestrantes e um total de 45 horas de conteúdo e interação com 180 profissionais envolvidos nos comitês. Na ocasião, o diretor-executivo da Aberje, Hamilton dos Santos, trouxe alguns números da associação e falou sobre expectativas futuras.

“O que temos de maior valor é a nossa rede de empresas que vocês representam. Hoje, nós somos 834 organizações associadas, o que equivale a 48% do PIB brasileiro. Essas empresas representam 42 setores da economia”, destacou Hamilton. “Estamos conversando com quase dois milhões de funcionários destas organizações”, comentou.

Hamilton ressaltou que, nos últimos anos, a Comunicação vem ganhando um protagonismo para os negócios. “Consequentemente, nós comunicadores, ganhamos muito mais relevância, mas como podemos dimensionar isso? Qual o impacto do setor de comunicação na economia brasileira?”, indagou o executivo para salientar que a Aberje realiza anualmente uma pesquisa de tendências, que permite dimensionar o tamanho do mercado de comunicação corporativa no Brasil. “Em 2021, a comunicação empresarial movimentou R$ 28 bilhões na economia e, em 2022, a projeção aponta um montante de R$ 30 bilhões”, revelou.

Legado em rede

Para Mariana Spignardi, professora da Escola Aberje, que liderou o Comitê de Comunicação e Engajamento em ESG, a jornada de Sustentabilidade dentro das empresas pode ser muito solitária porque é um assunto relativamente novo e que gera muitas dúvidas sobre como comunicar. “Esses espaços de diálogos e trocas de conhecimento são extremamente importantes e a ideia é mantê-los ao longo do tempo. O que a gente viu ao longo do ano, é que os temas propostos permeiam todos os setores”. 

“Os desafios são muito comuns, como os de mudanças climáticas, de comunicação, de diversidade, por isso a troca foi muito rica, pois as pessoas se sentiam confortáveis para abrir os bastidores e trazer lições aprendidas, assim como dúvidas e questionamentos de como passar por certos desafios”, avaliou Mariana. “Para mim, o mais forte foi a conexão que a Aberje proporcionou de fortalecer o papel da comunicação e empoderar os participantes sobre o que e como comunicar, além da questão dessa rede de empresas como ponto de apoio”, completou.

As reuniões do comitê contaram com a participação de Tatiana Maia Lins, CEO da Makemake e co-autora do livro “Reputação e Valor Compartilhado: Conversas com CEOs das Empresas Líderes em ESG”, como vice-coordenadora do grupo. “Essa troca genuína, termos um espaço seguro para falarmos de nossas vulnerabilidades faz com que a gente consiga ter aprendizados mais profundos. Esse espaço seguro de troca é muito bacana, poder falar sobre o que deu errado e não só contar os bons resultados”, ponderou Tatiana.

Diálogo aberto

Já o Comitê de Comunicação em Gestão de Riscos e Crises teve como coordenador Maurício Pontes, professor da Escola Aberje. “Houve essa busca de transformar o comitê, esse espaço aberto de diálogo, numa plataforma de discussão, com engajamento, gerando frutos e sementes. Eu acredito que esse objetivo foi alcançado”, avaliou Pontes. “Ao longo dos nossos encontros, eu percebi uma cadência que foi levando tudo, a democracia foi exercida desde o princípio”, analisou o executivo dizendo ter sido um desafio coordenar o primeiro comitê sobre riscos e crises da associação. 

“Algumas palavras extraídas dos encontros definem o que representou esse comitê: integração, como algo absolutamente essencial, complexidade, que eu sempre procurei trazer para as reuniões; mas isso tudo se resume à humanização, percebi nas falas, percebi no grupo, realmente a questão de trazer essa lente da humanização para os processos, especificamente no campo de crises e riscos”, disse Pontes. “Acredito que produzimos material suficiente para dizer que estamos construindo um legado”, arrematou.

O vice-coordenador do comitê, Philipe Deschamps, gerente de Cultura e Comunicação Corporativa da State Grid Brazil, destacou que, durante a jornada de trabalho do grupo, foi importante ter reunido tantas pessoas interessantes para falar. “É legal também trazer pessoas de fora para o nosso ambiente por terem muita coisa para agregar. Outro ponto é conseguirmos trazer não só profissionais de comunicação, mas também pessoas de outras áreas que tornem cada vez mais a nossa atividade de comunicador, uma atividade multidisciplinar”, sugeriu.

Desafios de inovação

O coordenador do Comitê de Inovação em Comunicação Corporativa, Rodolfo Araújo, vice-presidente de estratégia da Weber Shandwick e líder para América Latina da United Minds, iniciou sua fala recomendando que os colegas participem dos comitês da Aberje. “São fóruns bem organizados, todos os participantes trouxeram pontos relevantes a partir de suas experiências, foram respeitosos nas discussões e todo mundo conseguiu trazer o que interessava para as reuniões”, contou Araújo. “Um aspecto que muitas vezes faz um processo de inovação não prosperar numa empresa é o fator humano”. 

“Esse ano, a gente começou falando da relevância dos dados para a tomada de decisões baseadas em evidências para descrevermos cenários, prescrevermos recomendações e situações e todo desafio que lidamos diariamente. É importante nos desafiarmos como comunicadores e ter uma abordagem mais transdisciplinar com outros campos de conhecimento para a gente potencializar nossa capacidade de inovação”, salientou o executivo.

Na ocasião, Eduardo Serafim, diretor de Marca e Comunicação da 3M do Brasil e vice-coordenador do grupo, acrescentou que o que mais lhe chamou atenção foi a questão da coerência. “Ao longo da nossa jornada, a gente conseguiu praticar e implementar pilares importantes da cultura de inovação aplicada com comunicação, criando um ambiente seguro, de confiança, pessoas compartilhando casos vulneráveis, desafios e dificuldades de suas organizações e colaborando com o grupo”, complementou.

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