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17 de fevereiro de 2017

Hidden Figures e a diversidade nas empresas

Ricardo Sales
 
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Assistir a Hidden Figures – me recuso a utilizar a tradução despolitizada e água-com-açúcar que o filme ganhou no Brasil – é quase uma obrigação para quem se interessa ou trabalha com as questões de diversidade e inclusão nas organizações.

O longa recupera a trajetória de três mulheres negras que exerceram papel fundamental nos projetos que a Nasa, a agência espacial norte-americana, desenvolveu no começo dos anos 1960. Se o homem chegou à lua ao fim daquela década, muito se deve à atuação das bravas Katherine Johnson, Mary Jackson e Dorothy Vaughan. São mulheres reais, escondidas pela História, e que só foram reconhecidas muito recentemente.

Além de trazer uma mensagem potente, o filme é ótimo como entretenimento. Diálogos afiados, trilha sonora correta e excelentes atuações estão no pacote.

Mas gostaria de chamar a atenção para o período em que a história se passa. Nem todos sabem, mas as discussões sobre diversidade no trabalho começaram justamente nos anos 1960, após pressão de representantes de grupos minorizados nos EUA – sobretudo, embora não exclusivamente.

Em 1961, o presidente John F. Kennedy assinou a Ordem Executiva 10925, que determinava que fornecedores e órgãos do governo deveriam “tomar medidas afirmativas para garantir que os candidatos sejam empregados e que os empregados sejam tratados durante o emprego independentemente da sua raça, credo, cor ou origem nacional”.

O gesto não foi suficiente e os protestos no país continuaram crescendo. Em 1963, Martin Luther King liderou 250 mil pessoas na Marcha sobre Washington. Nos meses seguintes, além do direito ao trabalho, também entraram na pauta de reivindicações o fim da discriminação e o direito ao voto dos negros.

No mesmo período, a segunda onda do movimento feminista tomava as ruas de grandes cidades do mundo. Se as sufragistas do fim do século XIX reivindicavam sobretudo direito ao voto, a pauta agora era mais extensa. Com o slogan “o pessoal é político”, mulheres contestavam a divisão do trabalho e as questões que envolviam família e sexualidade.

Em 1964, enfim, foi aprovada a Lei do Direitos Civis, que pôs fim à segregação racial com a conivência do Estado norte-americano. No ano seguinte, em 1965, o Presidente Lyndon Johnson, assinou a Ordem Executiva 11246, que acrescentava as mulheres ao grupo de beneficiados pelas ações afirmativas e exigia das organizações medidas de inclusão mais efetivas.

Para os pesquisadores Dobbin e Kalev (2015), foram justamente essas regulações antidiscriminação as precursoras dos atuais programas de diversidade que vemos nas organizações.

Vale lembrar que o Brasil estava em plena ditadura militar (1964 – 1985), o que dificultava a organização social e atrasou essas discussões por aqui.

Assistir a Hidden Figures vai além do mero lazer. Serve para conhecer um pouco mais sobre as histórias que sonegaram de nós e refletir sobre o quanto ainda precisamos avançar. Especialmente em relação às mulheres negras do nosso país, que continuam fora da ciência, das grandes universidades e do board das organizações.

Referências:

DOBBIN, Frank; KALEV, Alessandra. The Origins and Effects of Corporate Diversity Programs. In: The Oxford Handbook of Diversity and Work. Nova York: Oxford Library, 2014.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Ricardo Sales

Ricardo Sales é consultor de diversidade, pesquisador e conselheiro consultivo. É formado pela USP, onde também realizou mestrado sobre diversidade mas organizações. Atua para algumas das maiores empresas do país. É conselheiro do Comitê de Diversidade do Itaú. Foi eleito pela Out&Equal um dos brasileiros mais influentes no assunto diversidade nas organizações e ganhou o Prêmio Aberje de Comunicação, em 2019. Foi bolsista do Departamento de Estado do Governo dos EUA e da Human Rights Campaign, sendo reconhecido como uma liderança mundial no tema diversidade. É também palestrante, professor da Fundação Dom Cabral e da Escola Aberje de Comunicação, colunista da revista Você SA e do Estadão, além de membro-fundador do grupo de estudos em diversidade e interculturalidade da ECA/USP.

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