12 de julho de 2021

Abbott realiza coletiva de imprensa para divulgar pesquisa inédita sobre hábitos mais saudáveis durante a pandemia

Estudo revela que brasileiros apostaram em hábitos mais saudáveis durante a pandemia e pretendem continuar cuidando da saúde nos próximos anos

Estudo revela que brasileiros apostaram em hábitos mais saudáveis durante a pandemia e pretendem continuar cuidando da saúde nos próximos anosIntitulada “O Valor da Saúde – O que mudou com a pandemia e os desejos dos brasileiros para o futuro”, pesquisa da Abbott, empresa global de cuidados para a saúde, elencou quais os pilares mais importantes para se ter uma vida saudável, como as pessoas irão seguir cuidando de sua saúde e com quais soluções e tecnologias sonham. Os resultados do levantamento, realizado entre os dias 14 e 28 de maio, em conjunto com o Quantas Pesquisas e Estudos de Mercado, foram apresentados durante coletiva de imprensa online, no dia 7 de julho.

Na ocasião, especialistas da área da Saúde debateram o assunto a partir da interpretação do estudo, realizado em duas etapas uma qualitativa e outra quantitativa: a nutricionista e gerente Científico da Divisão Nutricional da Abbott no Brasil, Patrícia Ruffo; o cardiologista Andrei Carvalho Sposito, professor titular de Cardiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp; o endocrinologista João Eduardo Salles, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Álvaro Puccinelli Júnior, diretor da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina laboratorial e professor de patologia Clínica, da Escola Paulista de Medicina (Unifesp). A mediação ficou por conta da curadora da pesquisa Lúcia Helena de Oliveira, da Vitamina Conteúdo.

Ao contrário do que se possa imaginar, o brasileiro, de modo geral, está se alimentando melhor, apesar do aumento de peso conforme mostra a pesquisa: 31% estão acima do peso. Durante o evento, ficou claro que é hora de aproveitar a janela de oportunidades que se abre neste momento, já que há uma intenção por parte da população de manter os bons hábitos alimentares que conquistaram nesses últimos meses. “Variar o cardápio pode não parecer uma tarefa fácil, mas é fundamental para garantir uma alimentação equilibrada, com mais opções in natura e menos produtos industrializados, que geralmente contém alto teor de açúcar”, explicou a nutricionista Patrícia Ruffo.

Outro ponto do estudo que chamou bastante a atenção é o fato de as pessoas entrevistadas portadoras de diabetes, especialmente as pertencentes à classe C, desejam testes mais rápidos para acompanhamento do colesterol e imunidade em tempo real, por exemplo, mas ainda dependem da saúde pública. O endocrinologista João Eduardo Salles comentou que são vários os trabalhos que demonstram que as pessoas que monitoram a sua glicose, melhoram o controle do diabetes como se um novo medicamento tivesse sido introduzido. “Mas entre a pessoa colher o exame, levar ao médico, que só então toma uma atitude, esse tempo todo encurtaria com a tecnologia e o acesso a ela”, disse. 

O tempo, por sinal, aparece como um ponto-chave ao longo da pesquisa. As pessoas desejam ter mais tempo, seja para relaxar, dormir, para curtir a família ou fazer refeições em casa, por isso buscam facilitar as questões seja para aproveitar mais a vida, seja para obter um diagnóstico mais rapidamente. Para o professor Álvaro Puccinelli Júnior, o fato de todo mundo ter acesso mais fácil à internet fez com que as pessoas se acostumassem com respostas imediatas. “O exame laboratorial produz informação ao médico e ao paciente e quando a informação transita rápido ela chega de maneira mais precisa, ou seja, quando a gente consegue disseminar a capacidade de diminuir o tempo e isso vem mudando do ponto de vista laboratorial”, acentuou.

Na ocasião, Lúcia Helena comentou sobre outro ponto que chama atenção na pesquisa, a preocupação com a saúde mental. Oito em cada dez pessoas relataram algum tipo de mal-estar como alterações no apetite, depressão e crises de ansiedade. “Ao olharmos para pessoas com Diabetes, com obesidade, a questão da saúde mental, o impacto foi ainda maior. Não passou da hora de a saúde mental ser contemplada no tratamento de pessoas com doenças crônicas como obesidade ou doença cardiovascular e diabetes?”, indagou

Ao responder o questionamento, o cardiologista Andrei Carvalho Sposito ressaltou a importância de se tratar o paciente a partir de uma visão integrada e que a saúde mental do paciente é fundamental para a tomada de decisão. “Já se sabe que o indivíduo com depressão tem menos adesão terapêutica, indivíduo com baixa adesão tende a ser mais mas tabagista, a depressão e a ansiedade acabam influenciando através de hábitos”, salientou. 

“Durante a pandemia era esperado que essa terceira onda tivesse relacionada a distúrbios de saúde mental. Só pelas notícias da televisão e jornais, o aumento do número de óbitos todos os dias, traz uma sensação de risco persistente que não faz bem para a cabeça de ninguém. Não é à toa que vemos entre os mais jovens essa auto decretação do fim da Covid, com baladas e reuniões. Isso é uma maneira de escapar desse estresse psíquico que estamos vivendo há um ano e meio. Com certeza isso trará consequências. Precisamos que o SUS e os hospitais tenham cada vez mais profissionais com habilidade de intervir no cuidado desses pacientes para melhorar a vida deles como um todo”, finalizou o médico.

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