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03 de novembro de 2025

A Aberje e o logos tropical: quando a palavra funda o destino

Paulo Nassar
 
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“Comunicar é existir — e existir, no Brasil, é narrar sob o sol.”

I. A palavra no silêncio

Em 1967, enquanto o país mergulhava no silêncio da ditadura, a Aberje nascia como um sussurro no meio do medo. Nas fábricas e escritórios, a palavra era vigiada; mas mesmo ali, nascia a vontade de falar, de organizar o sentido, de humanizar o trabalho. Fundada como Associação Brasileira de Editores de Revistas e Jornais de Empresa, a Aberje foi o primeiro gesto de resistência simbólica no interior das corporações. Era o logos tentando existir no país do silêncio — a comunicação como forma de respirar. A retórica grega chamaria isso de ethos em tensão: o caráter que se afirma mesmo sob o risco de ser calado.

IV. O retorno da palavra

A redemocratização dos anos 1980 libertou o verbo. As empresas, antes enclausuradas em seus boletins internos, começaram a escutar a sociedade — e a serem escutadas. Em 1989, a Aberje muda de nome e de alma: deixa de ser associação de editores e se torna Associação Brasileira de Comunicação Empresarial. É o nascimento da comunicação como campo de reflexão, ética e política. Agora, o comunicador não apenas transmite mensagens: ele delibera sobre o bem comum. O discurso corporativo passa a ter corpo cívico.

III. O caos global e a arte da narrativa

O século XXI começou antes: foi nos anos 1990, com a globalização, as fusões e a internet. O mundo tornou-se um ruído permanente. E no ruído, o discurso vira estratégia — e a narrativa, sobrevivência. A Aberje entendeu cedo: o caos exige coerência simbólica. As empresas, imersas na multiplicidade de vozes e telas, precisavam construir narrativas consistentes, capazes de gerar sentido e memória. É a passagem da retórica informativa para a retórica poética: não basta descrever, é preciso criar mundo — poiesis.

IV. O espelho de vidro

Vivemos hoje dentro do aquário. Tudo é visível, tudo é comentado, tudo é memória digital. É o tempo da hipertransparência, o equivalente moderno da aletheia grega — o desvelamento da verdade. A comunicação deixou de ser vitrine e virou espelho. O valor de uma empresa já não se mede apenas por ativos financeiros, mas por intangíveis: reputação, ética, coerência, confiança. A Aberje atua como bússola ética nessa nova era de exposição. Ensina que comunicar é também agir com prudência — a phronesis dos gregos.

V. A comunicação como forma de ser

Os gregos diziam: o logos é o princípio que ordena o mundo. Na Aberje, o logos ordena a vida organizacional. A empresa é um texto em movimento, uma narrativa viva. Sua reputação é seu ethos público — o caráter que habita o espaço coletivo. Nada existe fora da linguagem: o discurso é o oxigênio simbólico das instituições. A retórica, nesse ponto, deixa de ser persuasão e se torna ontologia: comunicar é existir.

VI. A escola tropical da palavra

Meio século depois, a Aberje é mais que uma instituição — é uma comunidade epistêmica, uma paideia brasileira da comunicação. É aqui que teoria e prática se cruzam; onde Aristóteles encontra Mário de Andrade, e o logos grego se banha de sol, samba e pluralidade. A Aberje ensina que comunicar é cultivar cultura, e que a reputação é o reflexo público de um caráter ético e narrativo.

Epílogo – da persuasão à poética

No início, comunicar era legitimar empresas. Hoje, é legitimar a própria experiência humana nas organizações. A trajetória da Aberje reflete a passagem da retórica da persuasão à retórica da existência. Do discurso que convence ao discurso que revela. É a comunicação como catarse — o momento em que uma sociedade se reconhece em suas palavras e memórias. A Aberje é o espelho dessa jornada — do silêncio industrial ao ruído digital, da censura à escuta, da técnica à poética. E no calor do logos tropical, ela nos ensina que falar, no Brasil, é sempre um ato de criação.

Os sete princípios do logos tropical

  • • Ética – A base da fala verdadeira.
  • Escuta – Toda palavra nasce da escuta.
  • Narrativa – O enredo como identidade.
  • Prudência – Saber o tempo e o tom.
  • Memória – O futuro é o passado narrado.
  • Vínculo – Relação antes de reputação.
  • Beleza – A estética da coerência.

“A Aberje não apenas fala sobre comunicação. Ela é a própria metáfora viva do ato de comunicar: criar sentido, construir vínculos, resistir ao silêncio.”

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Paulo Nassar

Diretor-presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje); professor titular da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP); doutor e mestre pela ECA-USP. É coordenador do Grupo de Estudos de Novas Narrativas (GENN), da ECA-USP e pesquisados no campo da interface entre Comunicação e Antropologia. Docente de mestrado e doutorado (PPGCOM ECA-USP) desde 2006, onde ministra, juntamento com o Prof. Dr. Luiz Alberto de Farias, a disciplina stricto sensu “Memórias Rituais, Narrativas da Experiência”. Pesquisador da British Academy (University of Liverpool) – 2016-2017. Entre outras premiações, recebeu o Atlas Award, concedido pela Public Relations Society of America (PRSA, Estados Unidos), por contribuições às práticas de relações públicas, e o prêmio Comunicador do Ano (Trajetória de Vida), concedido pela FundaCom (Espanha). É coautor dos livros: Communicating Causes: Strategic Public Relations for the Non-profit Sector (Routledge, Reino Unido, 2018); The Handbook of Financial Communication and Investor Relation (Wiley-Blackwell, Nova Jersey, 2018); O que É Comunicação Empresarial (Brasiliense, 1995); e Narrativas Mediáticas e Comunicação – Construção da Memória como Processo de Identidade Organizacional (Coimbra University Press, Portugal, 2018).

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