Virando a bandeira

Ana Paula Dondon

A fusão entre a operação chilena do Itaú com o CorpBanca concretizada no ano passado, depois de um extenso caminho para obter as autorizações legais, é mais um desafio na longa história de aquisições e fusões feitas pelo Itaú Unibanco ao longo de seus 92 anos. O processo está num momento importante: a chamada “virada de bandeira”, em que as agências do Chile e da Colômbia mudam o nome para Itaú. Encerrados os trâmites legais e financeiros, entra em cena a comunicação. “A Colômbia, um dos países que mais cresce na América Latina, é vital para nós”, conta Paulo Marinho, superintendente de Comunicação Corporativa do Itaú Unibanco.
Marinho liderou a comunicação corporativa em duas grandes fusões, a do Itaú com o BankBoston e depois com o Unibanco. “Temos públicos diversos e interconectados. É importante alinhar logo de início quem somos e o que queremos, nossos valores. Contar essa narrativa corporativa. Nosso papel na área de comunicação é ser gestor da reputação – fazer a gestão de riscos e oportunidades reputacionais. Temos de pensar na perenidade do negócio”, diz.
Estar atento a tudo é o que constrói a história de sucesso. Quando o Itaú chegou ao Chile, por exemplo, descobriu que a cor laranja, marca registrada do banco, tinha outras associações naquele país. O resultado foi que cerca de dois anos se passaram até que o laranja dominasse as fachadas das agências, após introdução gradual da cor no dia a dia dos clientes. “Começamos com a cor prata e uma linha laranja, que foi crescendo com o tempo. É colocar em prática a máxima de pensar globalmente e agir localmente. Tudo precisa ser feito com muito cuidado”, conta Marinho.
Um dos desafios mais relevantes no processo é o fortalecimento da reputação da empresa junto aos formadores de opinião. “Organizamos viagens de jornalistas latino-americanos anualmente ao Brasil. Precisamos mostrar nossas credenciais como instituição”, exemplifica Marinho.
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