10 de dezembro de 2018

Unilever discute o futuro da alimentação

A população mundial passa por um grande desafio em relação ao sistema alimentar. A forma como o mundo produz, consome e desperdiça alimentos não é mais sustentável. Ao mesmo tempo em que são produzidos alimentos suficientes para alimentar toda a população, cerca de 1/3 das pessoas enfrenta alguma forma de má nutrição. Soma-se a este cenário alguns estudos que indicam que o futuro da alimentação está diretamente conectado às mudanças climáticas e seus impactos chegarão mais cedo do que é esperado. Consciente do importante papel da indústria no sistema alimentar, a Unilever – empresa associada da Aberje, participou do encontro realizado pela organização científica International Life Sciences Institute (ILSI), que teve como objetivo discutir o futuro da alimentação.

Na ocasião, a Dra. Sheila Wiseman, cientista global de nutrição e saúde da Unilever, compartilhou suas experiências, conhecimentos e alguns estudos sobre dietas sustentáveis. Destacou, ainda, a importância de repensar os padrões alimentares atuais, os desafios e caminhos para o futuro do alimento e ressaltou dados recém divulgados pelas publicações The Lancet e The Nature e pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, órgão das Nações Unidas para assunto) que reforçam a urgência do tema.

Alguns dados apresentados por Sheila Wiseman:

  • Cerca de 30% da produção total de alimentos é desperdiçada
  • 800 milhões de pessoas, principalmente em países em desenvolvimento, ainda não recebem alimentação suficiente
  • 2 bilhões de pessoas sofrem deficiências de vitaminas ou minerais essenciais
  • Ao mesmo tempo, e frequentemente entre as mesmas pessoas ou famílias, taxas de obesidade têm atingido proporções epidêmicas, com mais de 2 bilhões de pessoas acima do peso ou obesas
  • É preciso limitar o aquecimento do planeta em 1,5°C para minimizar consequências profundas para a saúde e o bem-estar da humanidade. Isso só será possível com o desenvolvimento de novas tecnologias e mudanças no estilo de vida, desde as fontes energéticas que utilizamos aos alimentos que consumimos
  • O atual sistema de alimentação global contribui com aproximadamente 25% das emissões de gases de efeito de estufa geradas pelos humanos (em comparação aos 14% do setor dos transportes)
  • A produção pecuária contribui com mais da metade das emissões de gases de efeito estufa do setor agrícola, devido às emissões diretas e ao custo ambiental da produção de ração animal

 

Segundo a cientista da Unilever, a transformação do sistema de alimentação global é urgentemente necessária para manter o aquecimento global dentro do limite. Ela demandará produção mais eficiente, redução significativa do desperdício, mudanças na dieta em países de alta e média renda (incluindo o Brasil) para padrões mais baseados em alimentos de origem vegetal, além da indústria de alimentos como agente transformador.

O evento contou ainda com a participação da Dra. Núbia Chaim, da Associação Prato Cheio, que compartilhou a experiência da entidade no consumo responsável de alimentos. Sob mediação do Dr. Mauro Fisberg (Instituto Pensi), Sheila e Núbia participaram de um debate no qual discutiram o impacto da produção de alimentos orgânicos no meio ambiente, o impacto na saúde de dietas baseadas fundamentalmente em alimentos de origem vegetal, caminhos para a indústria de alimentos evitar o desperdício (doação de produtos e comercialização de alimentos esteticamente “feios”), movimentos da indústria de alimentos para fomentar a nutrição sustentável, entre outros assuntos.

Nutrição Sustentável – A Unilever reconhece sua responsabilidade diante do cenário desafiador e trabalha constantemente para a melhoria contínua das práticas agrícolas para equilibrar as necessidades das pessoas, do planeta e do negócio.

Em 2017, anunciou os “Cinco Compromissos de Nutrição Sustentável” que estão inseridos na meta “Melhorar a Saúde e o Bem-Estar de Mais de 1 bilhão de pessoas” do Plano de Sustentabilidade da companhia e refere-se, mais especificamente, ao pilar “Nutrição” no qual a companhia se compromete a, até 2020, dobrar a proporção dos produtos de seu portfólio que estão de acordo com os melhores padrões nutricionais, considerando as orientações sobre dietas globalmente reconhecidas.

 

Cinco Compromissos de Nutrição Sustentável da Unilever:

  • Bom para as Pessoas, Bom para o Planeta: oferecer alimentos nutritivos cultivados de forma sustentável, melhorando a vida de pequenos produtores, distribuidores e vendedores, e atendendo a demanda dos consumidores para uma alimentação mais saudável;
  • Saúde & Bem-Estar:oferecer soluções que permitam que as pessoas adotem dietas mais saudáveis,  incluindo em seu dia a dia alimentos que atendam aos mais altos padrões nutricionais – com menos sal, gordura e açúcar e mais verduras, legumes, alimentos naturais, integrais e óleos saudáveis. Disponibilizar nas embalagens informações claras, de forma que a escolha mais saudável se torne também a mais fácil;
  • Fortificação Alimentar:oferecer alimentos fortificados para ajudar a combater as deficiências nutricionais;
  • Culinária Nutritiva: incentivar as pessoas a cozinharem refeições mais saborosas e nutritivas, com ingredientes variados, que se adequem aos seus estilos de vida e orçamento familiar;
  • Redução do Desperdício Alimentar:reduzir o desperdício de alimentos e embalagens do campo à mesa.
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