11 de maio de 2021

Uber promove campanha contra o racismo

A iniciativa faz parte de um compromisso global assumido pela empresa em 2020

A Uber lançou nesta segunda-feira (10) uma campanha que convida usuários e motoristas parceiros para serem aliados no combate ao racismo. Dividida em duas fases, a iniciativa tem o objetivo de promover um conteúdo educativo dentro do próprio aplicativo, utilizando exemplos de situações reais já vivenciadas em viagens.

Na primeira etapa, peças físicas em pontos de ônibus, relógios de rua e posts em redes sociais mostram frases racistas relatadas por motoristas parceiros e usuários do aplicativo. Além de reforçar que tais comportamentos não são aceitos pela plataforma e podem levar ao banimento, os exemplos chamam a atenção para afirmações racistas que são reproduzidas, muitas vezes, de forma velada e sistêmica.

Na segunda fase, uma série de vídeos mostrará, de maneira mais didática, como esses exemplos são parte do racismo estrutural e porque ter consciência disso é importante para ajudar a mudar essa realidade. Os vídeos serão distribuídos nas próximas semanas dentro do aplicativo da Uber para 23 milhões de pessoas – 22 milhões de usuários e 1 milhão de parceiros.

Para Bárbara Galvão, diretora de Diversidade e Inclusão da Uber no Brasil, o alcance da empresa é uma oportunidade para disseminação de conteúdos relevantes para a sociedade. “Embora a Uber seja um aplicativo que está no celular de milhões de brasileiros, nossa operação acontece na rua. Com isso, as pautas complexas da sociedade também estão presentes em nossas operações. Por outro lado, a presença no dia a dia das pessoas nos traz um grande potencial e nos dá a oportunidade de ampliar mensagens de respeito”.

O desenvolvimento do conteúdo educativo foi coordenado pela Promundo, uma ONG focada na igualdade de gêneros e que já trabalhou com instituições como a ONU, o Banco Mundial e a OMS.

O trabalho para a criação do conteúdo começou ainda em 2020. A pedido da Uber, a Promundo realizou grupos de discussão com dezenas de usuários, motoristas parceiros e ativistas de diferentes cidades do País e, com isso, conseguiu informações que auxiliaram na elaboração de conteúdos.

“Trabalhamos com a Uber desde 2018. Ao longo desses anos, fomos acumulando aprendizados e incorporando temas importantes para a construção de uma comunidade mais segura”, conta a coordenadora do projeto, Sandra Vale da Potência.Diversa. “Usamos um podcast para falar sobre machismo, LGBTQIA+fobia e racismo junto aos motoristas parceiros. Agora, ampliamos o formato para também incluir usuários e usuárias”, completa.

Luciana Ceccato, diretora de Marketing da Uber no Brasil, explica a complexidade de desenvolver iniciativas como essa. “Temos consciência da responsabilidade em gerar debates sociais que estejam inseridos em nosso negócio, até por sua natureza e abrangência. Mas, para agir, não podemos trabalhar sozinhos: é preciso muita colaboração com parceiros internos e externos.”

Além da Promundo, Celso Athayde, fundador da CUFA, e especialistas da Frente Nacional Antirracista também auxiliaram a empresa para chegar ao formato e abordagem final da campanha. O ID_BR , Instituto Identidades do Brasil, também tornou-se parceiro da Uber este ano e atuará nas demais iniciativas de combate ao racismo.

Compromisso – A campanha educativa é parte de um compromisso global assumido pela Uber em 2020, com o objetivo de combater o racismo e criar produtos igualitários por meio da tecnologia. As iniciativas incluem metas internas, como aumentar o número de funcionários negros (inclusive em cargos de liderança) e também externas, como a revisão dos processos de respostas às denúncias de racismo e a disseminação de conteúdo educativo para usuários e motoristas parceiros (o anúncio completo está aqui ).

A Uber trabalhou no ano passado em parceria com advogadas e membras da organização deFEMde para revisar o processo de atendimento a denúncias de racismo e LGBTQIA+fobia da plataforma no Brasil. O objetivo é ter uma clara identificação dos casos e um melhor acolhimento do relato da vítima. O mesmo processo já havia sido feito em 2019 com foco em denúncias de assédio ou violência contra a mulher.

Durante o carnaval de 2020, a Uber lançou uma ampla campanha com o objetivo de sensibilizar sobre o Código de Conduta da empresa, atualizado para deixar ainda mais claro os comportamentos que não são aceitos dentro da plataforma e incentivar o respeito mútuo.

Desde 2018, quando assumiu um compromisso público para o enfrentamento à violência contra a mulher, a Uber vem realizando também iniciativas em parceria com diversas ONGs que são referência no assunto. Conheça mais sobre esses projetos aqui .

Edição anterior – Em 2019, os conteúdos produzidos em parceria com o Promundo tinham como tema central a violência contra a mulher. Vídeos, podcasts e textos foram elaborados tendo como base uma pesquisa e grupos focais realizados com motoristas parceiros nas cidades do Rio de Janeiro e Fortaleza. Ao final da campanha, 85 mil motoristas receberam o selo Viagem de Respeito, depois de ouvirem os seis episódios da série. Em 2020, uma nova série de podcasts abordou também LGBTQIA+fobia e racismo.

Como reportar – Depois de cada viagem, usuários e motoristas são convidados a avaliar a experiência. Caso o usuário ou motorista precise reportar algum incidente, a Uber conta com uma equipe de suporte disponível 24/7, que analisa individualmente caso a caso. A denúncia pode ser feita pelo menu de ajuda do próprio app ou pelo site uber.com/ajuda.

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