The Town 2023: Ações de desenvolvimento da Favela do Haiti avançam com velocidade e já tem as primeiras casas reformadas por meio do projeto Favela 3D
A poucos meses de sua primeira e histórica edição, o The Town ressalta os rápidos avanços com as ações do Favela 3D, que trazem soluções que promovem o desenvolvimento social na Favela do Haiti, na zona leste de São Paulo. Na tarde desta quarta-feira, 5 de julho, o festival ao lado da ONG Gerando Falcões, da Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, e demais parceiros, promoveu uma coletiva de imprensa na comunidade, e mostrou a evolução da implementação do projeto.
Destaques no line-up do The Town, nos palcos Skyline e The One, respectivamente, os cantores Ludmilla e Criolo, estiveram presentes pelo local, tiveram a oportunidade de conhecer a fundo o projeto e foram convidados pelos moradores a visitarem as casas reformadas. Durante o encontro, foram apresentados os resultados e andamentos de ações realizadas até o momento e que envolvem melhorias habitacionais, abastecimento de água e saneamento, formação de lideranças comunitárias, construção de sobrados e assobradados sustentáveis, construção do Museu de Arte Pública, colocação de hidrômetros e a organização de cursos em parceria com SEBRAE/SENAI, além da divulgação em primeira mão do projeto de reforma da praça central e do mapeamento de todas as famílias que farão parte do Programa Decolagem. Com o projeto, 290 famílias (o que equivale a cerca de mil pessoas) já estão sendo impactadas por ações que promovem o fortalecimento comunitário, empregabilidade, empreendedorismo, capacitações profissionais e acompanhamento individualizado das famílias.
Parceira do projeto, a Gerdau, reforçou o compromisso da marca de ser parte das soluções aos desafios da sociedade, como o déficit habitacional “Estamos muito felizes em ver a evolução desse projeto, que impactará de forma transversal e positiva a vida de 290 famílias que moram na Favela do Haiti. Essa iniciativa reforça o compromisso da Gerdau de impactar positivamente as regiões em que está presente e deixar um legado para a população, contribuindo em frentes como habitação e educação”, afirma Pedro Torres, diretor de Comunicação e Relações Institucionais da Gerdau.
A iniciativa faz parte do propósito “Por Um Mundo Melhor”, que conecta pessoas pela música e ajuda a transformar vidas a partir de causas. Roberto Medina, presidente da Rock World, empresa que criou e organiza o The Town e o Rock in Rio, destaca que desde 1985 o Rock in Rio já pensava em ações para a construção de um mundo melhor e, agora, The Town também seguirá esta filosofia. “Já na primeira edição do Rock in Rio tivemos um olhar voltado para a conscientização das pessoas para o fato de que pequenas atitudes no dia a dia são o caminho para fazer do mundo um lugar melhor para todos. Desde então seguimos na busca por inspirar cidadãos, empresas, órgãos e instituições para se juntarem a nós para espalhar esta iniciativa por todo o país, promovendo mudanças na qualidade de vida de milhares de pessoas. Vamos usar todo o poder de comunicação do The Town para ampliar conversas necessárias chamando atenção da política pública e do empresariado como um todo para que mudanças efetivas na sociedade possam acontecer.”, afirma Roberto.
Até o momento, o projeto da Favela do Haiti soma dez melhorias habitacionais realizadas, entrega de dois novos projetos de casas sustentáveis, 30% do projeto de saneamento concluído – com previsão de atingir 100% até o fim do ano –, além da entrega do projeto de reforma da praça central da favela em parceria com a Escola da Cidade, kickoff do projeto “Museu Arte Pública”, que traz arte para todo o envelopamento da favela, envolvendo moradores no processo de criação de todos os murais artísticos, a contratação pela prefeitura via seu Programa Operação Trabalho (POT) de 20 moradores, para que trabalhem nos cuidados da horta comunitária que será construída e de mais 22 moradores para trabalharem do cuidado de praças no entorno da região. Também já foram doadas 176 caixas UMA (unidade de medição de água) e 50 caixas d’água pela Sabesp para a comunidade.
Em andamento, estão a qualificação profissional de 60 moradores do território, 76 melhorias habitacionais, formação de oito lideranças comunitárias, construção de 16 sobrados e assobrados sustentáveis, e o mapeamento de todas as famílias que farão parte do programa decolagem. Também foi realizado um trabalho robusto na área de capacitação, em que foi feito diagnóstico para entender que técnicas deveriam avançar primeiro nos cursos com SEBRAE/SENAI. Por meio desta parceria, já fecharam a primeira turma do curso de Design de Unhas e estão em andamento as inscrições no curso Montagem e Manutenção de Computadores.
Entre os próximos passos estão o início da construção da Praça Central da comunidade e do seu entorno, investimento no projeto Semente de 10 empreendedores do território e a regularização da iluminação da favela. Para acompanhar o andamento das obras e entregas previstas, foi instalado um “dignômetro” na praça central. Este é um painel que vai ser constantemente atualizado para que a população local esteja a par de todas as ações que estão sendo realizadas. Ele será fundamental para um acompanhamento macro dos objetivos da primeira etapa do projeto, trazendo as porcentagens de espaços revitalizados, moradias transformadas, pessoas no mercado de trabalho e pessoas qualificadas.
Etapa de diagnóstico e planejamento foi fundamental para levantar as prioridades das ações que estão sendo realizadas
Logo no início do projeto ficou constatado que 9% dos domicílios não possuem banheiros, 29% dos domicílios possuem perigo de incêndio ou curto-circuito ou materiais inapropriados, além de 47% terem problemas de mofo e ventilação. A análise também mostrou que 17% das pessoas estão em situação de desemprego e buscam uma oportunidade de emprego e que 32% dos moradores são analfabetos.
Todo o projeto é realizado em conjunto com os moradores e a perspectiva é que em dezembro de 2024 já esteja concluído. Alguns dos cenários e das metas do Favela 3D na Favela do Haiti são:
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Um dos programas que será implementado é o Urbanismo Tático. Este é um modelo de intervenção no espaço urbano que busca respostas rápidas a problemas relacionados a espaço público, que supostamente exigiriam um processo longo e burocrático por parte do Estado para serem solucionados. Este modo de intervir consiste em ações pontuais de pequena escala que visam mudança de comportamento e de cultura a longo prazo.
Entre as novidades também está o Jovem do Futuro, que promoverá cursos para aperfeiçoamento de competências socioemocionais e técnicas com foco de preparação de jovens de 16 a 20 anos para o mercado de trabalho, que serão realizados em parceria com empresas e organizações locais. O objetivo será combater a evasão escolar e o trabalho infantil por meio da inserção dos jovens no mercado de trabalho e da garantia de que todos estão matriculados e frequentando escola. Já o Investimento Semente será um programa de investimento de até R$ 5.000,00 para implementação e reestruturação de negócios com o objetivo de desenvolver capital para investimento no empreendimento tais como capital de giro, fluxo de caixa, materiais e insumos. Outra ação é o Aceleração de Empreendedores, que vai apoiar os empreendedores no crescimento dos negócios oferecendo suporte e capacitação para moradores que já empreendem ou querem começar suas empresas, além de apoiar a regularização dos empreendimentos. O Rede Favela, outro programa criado para o projeto, vai visar a formação de lideranças comunitárias para fazer a gestão do território e manter a comunidade engajada.
Já o chamado Programa Decolagem constrói trilhas individualizadas de superação da pobreza para cada família, fomentando a autonomia das pessoas no processo de transformação. As famílias são atendidas em todas as suas complexidades. É realizado um acompanhamento familiar regular, seguindo uma metodologia também multidisciplinar e intersetorial, que viabiliza a emancipação da pobreza. Uma equipe profissional com atendimento técnico especializado é responsável por promover encaminhamentos das famílias para diferentes setores (público, Terceiro Setor e iniciativa privada) com ações em diversas áreas, como educação, renda, moradia, entre outras. Unindo gestão humana e tecnologia, por meio de levantamento de dados e acompanhamento frequente, o Programa Decolagem é o primeiro programa de graduação da pobreza urbana do mundo, focado em favelas, com monitoramento em tempo real, que traz maior assertividade na tomada de decisão, influenciando as políticas públicas de combate à pobreza e ações intersetoriais. Outro programa será o Participação Social, que garante que as organizações parceiras e os moradores da Favela do Haiti sejam envolvidos em todos os processos do projeto.
Sobre “Por Um Mundo Melhor”
Em 2001, imbuído do pilar “Por Um Mundo Melhor”, o Rock in Rio assumiu o compromisso de conscientizar as pessoas para o fato de que pequenas atitudes no dia a dia são o caminho para fazer do mundo um lugar melhor para todos. Muito mais do que um evento de música, o festival pauta-se por ser um evento responsável e sustentável. Em 2006, tornou-se o primeiro grande evento a compensar a sua Pegada Carbônica. Em 2013, recebeu a certificação da norma ISO 20121 – Eventos Sustentáveis, um reconhecimento do poder realizador da marca que desenvolve diversas ações com vista à construção de um mundo melhor. Em 2016, foi anunciado o Amazonia Live, projeto socioambiental do Rock in Rio, presente nas edições do festival em todos os países onde o evento é realizado. Com o projeto, já foram plantadas mais de 4 milhões de árvores em mais de 2.6 mil hectares de floresta, com sementes coletadas por uma rede de coletores locais. Entre apoio do Rock in Rio e angariação de verbas pelos parceiros e público já foi investido mais de 5 milhões de reais no reflorestamento da região do Rio Xingu e apoiamos a restauração de mais de 4.2 mil hectares no projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia.
Para as edições de 2022, em Lisboa e Rio de Janeiro, o Rock in Rio reforçou o seu compromisso de ir ainda mais longe, anunciando um conjunto de metas de sustentabilidade até 2030 que visam aumentar o seu impacto positivo nos pilares social, ambiental e econômico. Dentre elas, capacitar 100 mil pessoas, ser 0% de lixo em aterro em todas as edições do festival, 50% de oferta de alimentação saudável e sustentável, envolver 100% dos stakeholders na sua política de sustentabilidade, ser um evento 100% acessível, inclusivo e plural, e garantir todas as condições de segurança, saúde e bem-estar adequadas a 100% dos envolvidos na construção da Cidade do Rock.
O festival também trabalhou para ser agente ativo na construção de um mundo melhor e levar esse pilar para qualquer lugar. Por meio da Rock World, empresa organizadora do festival, dentre as ações realizadas fora das cidades onde o Rock in Rio aportou, estão a construção de uma escola na Tanzânia, um centro de saúde no Maranhão, o já citado projeto Amazonia Live, instalou 760 painéis solares em escolas públicas, em Portugal, montou 14 salas sensoriais em ONGs portuguesas para atender jovens com deficiências, entre muitos outros.
A plataforma “Por Um Mundo Melhor” nasceu a partir do Rock in Rio e, hoje, é uma área consistente dentro da Rock World. O novo festival The Town, dos mesmos criadores do Rock in Rio, chega orientado pelos pilares de Sonhar e Fazer Acontecer e abraça o projeto, ao trabalhar sob uma visão de sustentabilidade que hoje é transversal a toda a organização.
Sobre “Favela 3D”
O Favela 3D (Digna, Digital e Desenvolvida) é um projeto de erradicação da pobreza de maneira sistêmica da Gerando Falcões. Para isso, trabalha com base em uma mandala de impacto que contempla: moradia digna, acesso à saúde, direito à educação, cidadania e cultura de paz, primeira infância, meio ambiente, geração de renda e cultura, esporte e lazer.
O projeto está em andamento em quatro territórios: na Favela Marte, em São José do Rio Preto (SP), na Favela dos Sonhos, em Ferraz de Vasconcelos (SP), no Morro da Providência, no Rio de Janeiro (RJ) e em Vergel do Lago, em Maceió (AL). Os locais possuem características e populações diferentes, permitindo que a metodologia se adeque e se consolide em ambientes distintos, que seguem com trabalhos que serão realizados ao longo dos próximos dois anos.
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