31 de julho de 2018

Telão gigante traz alerta sobre câncer de pulmão no Minhocão

Um prédio vai arder em brasas no centro de São Paulo, em pleno horário de rush. Essa será a sensação de quem passar pelo Elevado Presidente João Goulart, mais conhecido como Minhocão, entre os dias 1 e 4 de agosto. Durante esse período, a partir das 18h, a lateral do edifício da Funarte, na alameda Nothmann, será transformada em um verdadeiro telão a céu aberto.

Com um roteiro impactante de apenas 30 segundos e exibição por meio de projeção mapeada, a intervenção é fruto de uma parceria entre o Instituto Vencer o Câncer (IVOC) e a Pfizer, empresa associada da Aberje, como forma de alertar a população para o Mês de Conscientização do Câncer de Pulmão.

A ação estreia justamente no Dia Mundial de Combate ao Câncer de Pulmão. Além disso, no dia 29 de agosto também é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo.  “Sabemos que o tabagismo é a principal causa da doença. E essa mensagem precisa ficar muito clara para a população, especialmente para as novas gerações, nas quais o hábito de fumar tem apresentado uma tendência de aumento”, diz o oncologista e fundador do IVOC, Fernando Maluf.

De fato, a taxa de fumantes entre os jovens brasileiros, que vinha apresentando uma tendência de queda desde 2008, voltou a subir significativamente no ano passado, de acordo com dados do Ministério da Saúde, colhidos a partir do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para doenças crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL). Em 2017, a proporção de tabagistas entre os jovens de 18 a 24 anos, por exemplo, chegou a 8,5%. Desde 2012 a taxa não ultrapassava a marca dos 8% nessa população.

Além de alertar sobre os perigos do cigarro, a projeção também aponta os outros fatores relacionados ao câncer de pulmão, como as alterações genéticas, os agentes químicos e a própria poluição, um problema especialmente importante para quem vive nas proximidades do Minhocão. Esses paulistanos respiram 79% de poluição a mais do que a média da cidade, segundo um relatório publicado no ano passado pelo Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). “O combate ao tabagismo e o controle da poluição se tornam ainda mais importantes diante de fatores que não podemos prevenir. Esse é o caso das alterações genéticas relacionadas ao câncer de pulmão, como as mutações ALK e ROS1”, afirma o diretor médico da Pfizer, Eurico Correia. “Vale lembrar também que estamos falando de uma doença agressiva, com elevadas taxas de mortalidade. Por isso, é fundamental trazer essa temática para o dia a dia da cidade e fazer o paulistano parar para refletir sobre esse assunto”, completa.

Por meio da projeção mapeada, o paulistano também será convidado a conferir a #CANCERDEPULMAOSAIBAMAIS, que vai direcionar o internauta a conteúdos educativos sobre a doença nas redes sociais, com informações sobre fatores de risco, principais sintomas e a importância do diagnóstico precoce.

 

Sobre câncer de pulmão – O câncer de pulmão pode se apresentar, basicamente, de duas formas principais, cada uma com características próprias de crescimento e de disseminação, assim como de tratamento: tumores de células pequenas (CPPC) e de não pequenas células (CPNPC) – esta última categoria representa de 85% a 90% do total de casos de tumores pulmonares.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer de pulmão é o tipo de neoplasia que mais provoca mortes em todo o mundo. Em 2012, a doença matou 1,6 milhão de pacientes no mundo. No Brasil, todos os anos, aproximadamente 31 mil pessoas são diagnosticadas com esse tipo de câncer e outras 24 mil morrem por causa do tumor, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Mas, com o avanço das pesquisas na área de oncologia, a exemplo da evolução dos tratamentos com foco na medicina personalizada, o combate à doença está mudando.

Focados em grupos mais restritos de pacientes, com características genéticas semelhantes, os novos tratamentos são direcionados a alvos muito específicos, melhorando as chances de respostas efetivas aos medicamentos. Nesse contexto, a identificação de biomarcadores preditivos, como as mutações ALK e ROS1, são elementos importantes dentro do campo da medicina personalizada.

 

Serviço

Local: Lateral do prédio da Funarte –Al. Nothmann, 1020 – Campos Elíseos, São Paulo – visível para pedestres e motoristas no Minhocão em ambos os sentidos.

Dias: 01 a 04 de agosto

Horário: 18h às 00h

 

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