04 de novembro de 2020

Sabesp terá usina de reciclagem para produzir asfalto de alta qualidade

Companhia vai reciclar sobras de obras para melhorar a reposição do pavimento asfáltico nos serviços em ruas da capital, beneficiando o meio ambiente; contrato foi assinado nesta terça (3/11)

A Sabesp firmou nesta terça-feira (3/11) o contrato para  implantação de uma  usina de reciclagem para produção de base asfáltica a  partir de resíduos de obras de saneamento, uma solução moderna e  sustentável que vai melhorar a qualidade da reposição do pavimento nos  serviços da Companhia em vias públicas e reduzir o descarte de resíduos  sólidos em aterros. A iniciativa atende à estratégia da Sabesp de adotar o  conceito inovador de economia circular, que foca na otimização e no  reaproveitamento de materiais, reduzindo custos e beneficiando o meio  ambiente.

A assinatura do contrato ocorreu na sede da unidade Oeste da Sabesp, na
Vila Leopoldina, e contou com a participação do secretário de
Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, do diretor-presidente da
Sabesp, Benedito Braga, e do diretor da Região Metropolitana, Ricardo
Borsari. A usina de reciclagem foi contratada por meio de licitação,
vencida pelo consórcio Reintegrar, formado pelas empresas Fremix e Soebe.
Serão investidos no projeto R$ 29,6 milhões em 30 meses.

“Hoje estamos colhendo muitos frutos plantados, transformando o que estava
na prancheta em realidade, a realidade de um trabalho sério e dedicado
para implementar a boa utilização dos recursos”, afirmou o secretário
 Penido.

Segundo o diretor-presidente Braga, a nova usina se encaixa na busca
constante da Companhia pela inovação. “A Sabesp procura o desenvolvimento,
a inovação, a economia circular, o uso das boas práticas. Estamos sempre
na fronteira tecnológica, com exemplos no tratamento de água ou na
transformação de lodo em energia. E agora estamos fazendo uma usina de
reciclagem de asfalto”, disse.

Será produzido o asfalto espumado, obtido por técnica que utiliza injeção
de ar e de água sob pressão no cimento asfáltico aquecido e que, além de
mais sustentável, tem maior capacidade para suportar o tráfego de
veículos. A recomposição da via com o asfalto espumado dá mais
flexibilidade ao pavimento, reduz os riscos de surgimento de trincas e
possibilita a liberação imediata para o tráfego.

A matéria-prima para a produção do asfalto serão as sobras (pedaços de
asfalto, concreto, sarjeta, por exemplo) das obras da Sabesp, como as de
implantação de redes de água e esgoto e as do Novo Rio Pinheiros, programa
de saneamento na bacia para despoluir o rio até 2022 – o projeto também
utilizará o novo asfalto.

“Será reaproveitado um material nobre, mas que, se não tomarmos cuidado,
vira lixo, vira um problema para a sociedade. Com isso ganhamos em várias
frentes: não depositando um material que tem valor energético excelente,
dando exemplo para a população de que os resíduos devem ser reciclados e,
além de tudo, fazendo algo de maior tecnologia do que o existente, ou
seja, gerando uma melhoria das condições. Isso vai gerar maior satisfação
na população”, explicou, durante o evento, a diretora da Escola
 Politécnica da USP, Liedi Bernucci.

A usina de reciclagem da Sabesp terá capacidade para produzir ao ano até 1
milhão de m² de reposição asfáltica, o que equivale a 14 vezes a área das
pistas da avenida Paulista.

Com a reciclagem das sobras de obras, a Companhia deixará de descartar ao
ano 150 toneladas de material nos aterros sanitários (ou 8.000 caminhões
cheios), o que atende às diretrizes da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Também reduzirá em até 80% a compra de brita, gerando menos impacto
ambiental.

Pelo contrato, o consórcio, além de implantar e operar a usina de
reciclagem, desenvolverá estudos e soluções tecnológicas para os problemas
enfrentados nas reposições asfálticas dos pavimentos, com a participação
de profissionais da Sabesp e da Prefeitura de São Paulo e da Escola
Politécnica. O resultado permitirá a incorporação de novas técnicas e
novos padrões nos trabalhos de pavimentação na cidade. Com a assinatura do
contrato nesta terça, a usina de reciclagem da Sabesp será implantada em
até três meses.

Para oferecer abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto com
qualidade, a Sabesp realiza por mês 60 mil serviços nos quase 40 mil km de
rede subterrânea na cidade de São Paulo. A Companhia está investindo R$
100 milhões no recapeamento de 400 mil m² vias na capital e, para
aprimorar os serviços, vem utilizado novas tecnologias de ponta, como
caminhões térmicos para transporte de massa asfáltica e equipamentos para
medir a compactação do solo e a qualidade do asfalto. A Sabesp também
adota em suas obras métodos não destrutivos, com o uso de túneis em vez de
valas, o que reduz significativamente as interferências no pavimento, no
trânsito e nas vias de pedestres.

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