Responsabilidade social, transformação do negócio e paciência são as estratégias das empresas familiares na pandemia, aponta KPMG
De acordo com um relatório da KPMG com empresas familiares do mundo todo, responsabilidade social, transformação do negócio e paciência são as três principais estratégias utilizadas pelas empresas familiares para enfrentar o impacto imediato da covid-19. Segundo o relatório, a estrutura única dessas empresas as capacitou para responder às consequências do isolamento social e as estratégias de longo prazo permitiu demonstrar resiliência neste período, colocando-as em um papel fundamental para liderar a recuperação econômica.
“Um dos principais diferenciais das empresas familiares é como elas definem o sucesso. Embora lucros e dividendos sejam medidas financeiras importantes, o sucesso delas também é definido por objetivos financeiros e não financeiros, como controle, sucessão transgeracional, capital social, ligação emocional com a empresa e reputação. Eles são importantes por terem um impacto direto na tomada de decisões e na forma como as empresas avaliam o sucesso. Isso também explica o porquê de as famílias voltarem a atenção para as estratégias de longo prazo visando sustentar o propósito e o valor não econômico, após tomar medidas imediatas para amortecer o choque financeiro da covid-19” explica o sócio de private enterprise da KPMG no Brasil e na América do Sul, Jubran Coelho.
Responsabilidade social – maior envolvimento da família:
O relatório identificou que as empresas familiares tomaram medidas para enfrentar o impacto da pandemia não apenas nas famílias e nos negócios, mas no bem-estar da sociedade e nas necessidades de todas as partes interessadas, incluindo funcionários, clientes, fornecedores e comunidades locais. O estudo revela que as empresas lideradas por um executivo que pertence à família estavam mais propensas a adotar uma estratégia de responsabilidade social, já que uma das opções era focar no bem-estar dos funcionários e nas comunidades onde a família vive e atua.
Transformação do negócio – várias gerações trabalhando juntas:
Já com relação à transformação do negócio, 42% dessas empresas estão mais propensas a implementar esse tipo de estratégia durante a pandemia do que as não familiares. O estudo também revelou o papel fundamental que várias gerações da família desempenharam em resposta à pandemia. Além disso, 70% dos entrevistados reportaram que mantiveram investimentos em pesquisa e desenvolvimento e continuaram lançando novos produtos e serviços durante a crise da covid-19
Paciência – estratégia de longo prazo:
A pesquisa concluiu que, como as empresas familiares mais antigas têm estado tão comprometidas em sustentar o empreendedorismo ao longo das gerações em vez de apenas mitigar o impacto de curto período da pandemia, isso as levou a agir cuidadosamente. O capital paciente e os recursos financeiros permitiram que elas suportassem grandes mudanças e desafios nas operações no curto prazo e identificassem oportunidades de longo prazo.
Sobre o estudo:
O relatório intitulado “Liderando o retorno: como as empresas familiares estão triunfando sobre a covid-19” foi realizado em conjunto com o Consórcio Global do Projeto STEP, entre junho e outubro do ano passado. A pesquisa incluiu informações de 2.493 empresas familiares e 517 não familiares de 75 países das Américas, Europa, Ásia Pacífico, Oriente Médio e África.
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