Projeto de moradia urbana da Fundação Banco do Brasil promove melhorias em comunidades
A casa própria ainda é um sonho distante de milhares de brasileiros, e no meio urbano os conjuntos habitacionais têm sido a solução para suprir essa demanda. Embora esses empreendimentos resolvam essa questão, em muitos casos ainda faltam escolas próximas, creches, transporte público, comércio, unidades básicas de saúde e espaços de lazer para que as famílias se sintam amparadas.
Reconhecida como uma das principais protagonistas no que se refere às tecnologias sociais, a Fundação Banco do Brasil – instituição associada da Aberje – lançou em 2014, o projeto Moradia Urbana com Tecnologia Social (MUTS). Liderada pelo Banco do Brasil, também associado da Aberje, a iniciativa foi idealizada para fazer a reaplicação de tecnologias sociais em residenciais populares do programa Minha Casa Minha Vida, e contribuir para o fortalecimento do vínculo entre os moradores. O projeto também colabora para o diálogo com o poder público, com a conscientização para a gestão correta de resíduos sólidos e geração de renda, educação financeira, implantação de bibliotecas comunitárias para democratizar o acesso ao conhecimento e à cultura, além da produção agroecológica com o propósito de trazer segurança alimentar.
Para isso, foram escolhidas cinco metodologias certificadas no Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social e que compõem a rede Transforma! São elas: Transformando Realidades por meio da Mobilização e Organização Comunitária; Bibliotecas Comunitárias Vaga Lume; Gestão Comunitária de Resíduos Orgânicos e Agricultura Urbana – Revolução dos Baldinhos; Produção Agroecológica de Alimentos em Meio Urbano; Redecriar – Joias Sustentáveis na Ilha das Flores.
Parceira no projeto, a Rede Internacional de Ação Comunitária – Rede Interação atuou de braços dados com organizações não-governamentais e prefeituras municipais nas cinco regiões do país, ajudando a transformar a realidade de muitas famílias. Em três fases, o MUTS já atendeu nestes cinco anos 75 empreendimentos, distribuídos em 54 municípios de 19 estados, beneficiando mais de 160 mil moradores.
No MUTS, as instituições idealizadoras e a Fundação BB assumem as atribuições de desenho do projeto e o acompanhamento da implementação. A reaplicação da tecnologia diretamente nos residenciais fica a cargo das entidades locais.
Os residenciais Piacenza e Arapongas III, da cidade de Arapongas (PR), juntos têm 556 unidades e tiveram lugar de destaque no MUTS. Em assembleia, os moradores optaram pela implantação da tecnologia Horta Urbana Comunitária. A implementação foi realizada pela Associação da Juventude Defensora da Natureza de Matelândia (Adenam). Onde antes existiam conflitos de vizinhança, espaços comunitários abandonados, comércio ilegal, invasões e muitas pessoas ociosas, deu lugar a produção de alimentos, preservação do espaço público, com associação de moradores organizada, centro comunitário funcionando, oficinas, além de práticas esportivas e comunidade envolvida. “A parceria da Rede Interação com a Fundação BB no MUTS foi o alinhamento de duas instituições seriamente comprometidas com a construção de uma sociedade mais igualitária, harmoniosa e, consequentemente, feliz”, destacou André Folganes Franco, diretor técnico da Rede Interação.
RECONHECIMENTO – Em 2016, o Moradia Urbana com Tecnologia Social foi classificado entre os 500 melhores projetos sociais e ambientais, na categoria Desenvolvimento Humano, Inclusão Social e Redução de Igualdades, no Prêmios Latinoamérica Verde, que aconteceu em Guayaquil, no Equador. Em 2018 foi premiado pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU Habitat), na categoria Inovações tecnológicas para a habitação e para uma cidade sustentável e inclusiva. O reconhecimento ocorreu durante o Fórum Latinoamericano e Caribeño de Habitação, em Santo Domingo, na República Dominicana.
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