Pesquisa aponta que 71% dos torcedores brasileiros retomam a confiança na Seleção
Se tem algo que deixa o torcedor brasileiro orgulhoso e de fato empolgado com o time do técnico Tite e cia, segundo a pesquisa “Engajamento do torcedor com a Seleção Brasileira”, feita de forma inédita com quase duas mil pessoas em todo o Brasil, é quando se fala em títulos. Quem não sente o peito encher de alegria ao lembrar que somente o Brasil tem cinco Copas? Então, 71% dos entrevistados disseram que sentirão exatamente essa alegria caso a Seleção Brasileira se torne hexacampeã na Copa do Mundo da Rússia.
Desenvolvida pela SportsMatch – startup de tecnologia sobre fãs de esportes – e pela Santo Caos – empresa pioneira no país em consultoria de engajamento e associada da Aberje, a pesquisa “Engajamento do torcedor com a Seleção Brasileira”, feita entre abril e maio de 2018, identificou ainda que, quando questionados se a Seleção gera sentimento de orgulho por ser brasileiro, 53% responderam que sim. E na mesma pegada de entusiasmo e confiança, 56% afirmaram que sentem satisfação ao relembrar as conquistas de títulos em Copas anteriores.
Segundo Gustavo Verginelli, CEO da SportsMatch, a proposta deste estudo, feito de forma inédita às vésperas da Copa do Mundo, foi entender o que pensa e deseja da Seleção o torcedor brasileiro, e identificar os perfis do atual torcedor. “Saímos de uma Copa do Mundo em casa na qual a derrota dos 7 a 1 para a Alemanha se tornou o fato mais marcante. No entanto, mesmo com essa retrospectiva, buscamos saber do brasileiro seu grau de empolgação, engajamento, para com a Seleção, a Confederação Brasileira de Futebol – CBF, e demais temas relacionados à Copa”, explica o CEO. “Engajamento é o conjunto de conexões entre pessoas e instituições, causas ou marcas, e que quando trabalhado adequadamente pode gerar resultados positivos para os envolvidos. Neste estudo, especificamente, constatamos que o engajamento do brasileiro com a Seleção poderia ser muito maior. É claro que os resultados dos jogos impactam e muito, mas existem outras maneiras de estimular o compromisso e o compartilhamento dos torcedores, tanto por parte da Seleção, quanto por parte da CBF”, analisa Daniel Santa Cruz, especialista em engajamento e sócio fundador da Santo Caos.
Perfis de torcedores – Ainda de acordo com a pesquisa, os entrevistados foram divididos em cinco perfis de torcedores: o ‘Selecionático’, o ‘Patriota’, o ‘Vai na Onda”, o ‘Nem Aí’ e o ‘Pistola F.C.’. O primeiro, representando 25% dos entrevistados, é considerado o mais engajado com a Seleção e, consecutivamente, o mais fanático (77%) pelos familiares e amigos.
O ‘Patriota’ é aquele que torce pela Seleção por conta do orgulho que ela lhe traz em ser brasileiro e pela forma como a “amarelinha” traduz a identidade nacional. Estes são 37% dos respondentes e têm um índice de fanatismo de 21%.
O torcedor ‘Vai na Onda’ é aquele que acompanha a movimentação em torno da Copa do Mundo, mas não é fanático (7%) pela Seleção. Ele até fica sabendo de algumas notícias na época da Copa, mas não faz muito esforço para ver os jogos. Entra na festa no “embalo” dos amigos e familiares, mas não liga muito. São 13% dos respondentes.
Já o torcedor ‘Nem Aí’ é aquele que não liga muito nem para a Seleção, nem para a Copa e talvez sequer goste de futebol. Mesmo na Copa dificilmente assiste a algum jogo do Brasil, e se assiste é porque não tem outro entretenimento melhor para fazer e talvez nem companhia. Esses são 19% dos entrevistados.
O ‘Pistola F.C.’ não acompanha nada, mas por um motivo particular: não gosta da Seleção, são 6% dos entrevistados, com índice de 0% de fanatismo pela Seleção. “Não é só questão de não ligar para futebol, este perfil tem realmente uma imagem negativa da Seleção, da CBF e de tudo que representam. Ele, se bobear, torce até para a Argentina, só para ver a Seleção se dar mal”, completa Verginelli.
Outras conclusões – A pesquisa também constatou que 29% dos entrevistados se consideram quase sempre bem informados sobre a Seleção, 15% apenas na Copa e 10% disseram nunca saber nada sobre a Seleção. Em geral, a televisão (59%) é o meio mais utilizado entre os amantes do futebol para se informar sobre a Seleção, seguida das redes sociais (34%) e sites esportivos (30%).
“Os meios tradicionais de informação ainda são fortes, mas o digital está influenciando cada vez mais a relação das pessoas com o esporte, neste caso o futebol. Atualmente, os atletas produzem seu próprio conteúdo, muitos nas redes sociais, sendo canais importantes de disseminação, às vezes mais relevantes que os oficiais”, ressalta Verginelli da SportsMatch.
Para 47% dos entrevistados, a Seleção faz parte da sua identidade como brasileiro, total ou parcialmente, enquanto 34% discordam em partes ou totalmente desta colocação. Conversar sobre a Seleção numa roda de amigos ou família também é entretenimento para 37% dos entrevistados, independentemente de ser ou não durante a Copa do Mundo. Já 15% fazem só durante a Copa. Planejar com antecedência onde, com quem e como irá assistir aos jogos, mesmo na Copa, é considerado algo comum apenas para 30% dos entrevistados.
Metodologia – O estudo “Engajamento do torcedor com a Seleção Brasileira” foi realizado em parceria entre as empresas SportsMatch e Santo Caos, entre abril e maio de 2018, por meio de pesquisa quantitativa online, com questões majoritariamente fechadas. Foram entrevistas 1.940 pessoas em todo o território nacional, das quais 44% são homens e 56% são mulheres, com idade entre 18 e 60 anos. Sobre o índice de fanatismo dos personas: os percentuais foram definidos para cada uma das cinco personas, de acordo com o grau de fanatismo dado por seus amigos e familiares.
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