Melhores reportagens ganham Prêmio CNH Industrial de Jornalismo Econômico
O jornalismo econômico foi celebrado na noite de terça-feira, 27 de junho, representado por um seleto grupo de repórteres que cobrem agronegócio, construção, transporte e macroeconomia. Ao tratar de economia nacional em ano de crise, os autores das matérias finalistas da 24ª edição do Prêmio CNH Industrial de Jornalismo Econômico confirmaram que o papel da profissão vai além de informar e acompanhar as movimentações nessa esfera. As reportagens vencedoras abordam as consequências, adaptações e alternativas para o desenvolvimento, apresentando soluções para driblar o cenário desafiador.
A cerimônia de premiação foi realizada na sede da Fundação Dom Cabral (FDC), em Alphaville, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), e teve a presença de 40 jornalistas finalistas, além de jornalistas convidados, executivos e profissionais da empresa e da instituição. Patrocinado pelo Banco CNH Industrial, o prêmio é considerado um dos mais importantes do setor.
Na categoria Agronegócio, levou o prêmio a matéria “O Brasil movido a frango”, do jornal Gazeta do Povo, escrita por Igor Castanho. A reportagem fala sobre uma cadeia produtiva que é a principal atividade econômica de muitas cidades e também a matéria-prima de grandes redes.
Em Construção, ganhou a matéria “A hora do pesadelo”, da Revista Exame, das jornalistas Naiara Bertão e Mariana Segala. A reportagem retrata as dificuldades existentes no setor imobiliário, em especial os percalços dos milhares de compradores que não tiveram seus imóveis entregues.
Na categoria Transporte, venceu a matéria “Avisa quando chegar”, do portal Metrópoles, das autoras Carolina Samorano e Leilane Menezes. A reportagem trata o assédio sofrido pelas mulheres no transporte público em seis capitais do Brasil e em outros doze países.
Em Macroeconomia, foi eleita a matéria “Sobrevivendo à crise”, o jornal O Globo, dos autores Cássia Almeida e Marcello Corrêa. A reportagem aborda os desdobramentos da pesquisa sobre os impactos da crise na vida dos brasileiros e as formas de adaptação a esse cenário.
Os representantes das vencedoras em cada categoria receberam R$ 15 mil cada. Além disso, devido ao excelente conteúdo das matérias, a comissão julgadora decidiu eleger mais quatro reportagens para serem reconhecidas com Menções Honrosas. A grande novidade desta edição é que elas foram premiadas com R$ 5 mil reais cada. Assim, foi distribuído um total de R$ 80 mil em prêmios líquidos.
Na categoria Agronegócio, recebeu a Menção Honrosa a matéria “Uma saída para o campo”, da Revista Exame, da jornalista Renata Vieira. A reportagem mostra a importância da integração entre lavoura, pecuária e floresta e os caminhos que podem ser utilizados para elevar a produtividade no campo e recuperar as pastagens.
Em Construção, a condecoração foi para a matéria “Lições da crise”, da Revista Manutenção e Tecnologia, do autor Marcelo Januário. A reportagem aborda o cenário econômico brasileiro e mostra como a inovação e eficiência têm sido estratégias poderosas para as empresas enfrentarem esse momento.
Na categoria Transporte, a Menção Honrosa foi para a matéria “O cenário mudou”, da Revista AERO Magazine, escrita por Edmundo Ubiratan. A reportagem relata como as companhias aéreas nacionais buscam se adequar à queda de demanda e à elevação de custos após anos de aumento contínuo no número de passageiros.
Em Macroeconomia, ganhou a matéria “Inflação de dois dígitos. E agora?”, de O Estado de S. Paulo, escrita por Anna Carolina Papp, Bianca Pinto Lima Flávia Lemi, Hugo Passarelli, Ian Gastim, Laura Maia, Luiz Guilherme Gerbelli, Malena Oliveira, Márcia De Chiara, Mariana Congo, Natália Cacioli e Yolanda Fordelone. A série mostra como a alta generalizada e persistente dos custos agrava a crise econômica.
Na ocasião, o presidente da CNH Industrial para a América Latina, Vilmar Fistarol, falou da satisfação em distinguir e homenagear oito das mais importantes reportagens veiculadas na imprensa brasileira nos últimos 12 meses. “Reconhecemos o trabalho de apuração das informações, divulgação dos fatos e busca por opiniões e exemplos. As matérias vencedoras explicam muito bem as peculiaridades do Brasil, país que continua vivendo um momento político e econômico de muitas incertezas, cercado de desafios, mas que tem um potencial extraordinário”, disse.
“O Prêmio foi um meio que encontramos de valorizar e incentivar o jornalismo econômico e a profissão que tanto contribuem para a sociedade, pois acreditamos e defendemos uma imprensa plural e democrática. Por isso, vocês, representantes dessas reportagens foram as estrelas da noite”, concluiu o executivo.
O evento também contou com a presença do professor associado da Fundação Dom Cabral Paulo Paiva, que palestrou sobre as perspectivas de crescimento da economia brasileira, e também com o lançamento do livro “Tecnologia no Brasil – Uma história, múltiplas faces”. A CNH Industrial e o Banco CNH Industrial patrocinam este projeto por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O tema do livro reforça o compromisso da empresa com a inovação.
Prêmio CNH Industrial de Jornalismo Econômico
A 24º edição teve um recorde histórico de 555 inscrições, de todas as regiões do Brasil. Deste total, 226 foram na categoria Macroeconomia, 193 em Agronegócio, 77 em Transporte e 59 em Construção. Segundo o coordenador do Prêmio CNH Industrial de Jornalismo Econômico, Jorge Görgen, ano a ano, a iniciativa – que faz parte de um conjunto completo de ações sociais e culturais da empresa – ganha mais alcance e reforça sua credibilidade na imprensa brasileira, marcada por esse número expressivo de inscrições.
“Esta edição teve a participação inédita de muitos veículos. Além disso, profissionais que marcaram presença em edições anteriores, novamente se inscreveram, comprovando assim a credibilidade do concurso em mais de duas décadas de história”, disse.
Após o encerramento das inscrições, uma experiente equipe de triagem, composta por jornalistas de diferentes áreas, avaliou matéria por matéria e selecionou 40 reportagens (dez de cada categoria) pela qualidade, apuração, criatividade e contribuição para a sociedade.
Comissão Julgadora
Para eleger os vencedores, um corpo de jurados de alto nível, formado por dez renomados profissionais, entre eles pesquisadores, jornalistas, executivos e acadêmicos, teve a missão de escolher os ganhadores de cada categoria. Avaliaram as reportagens: Cledovirno Belini, presidente de desenvolvimento da FCA e CNH Industrial para América Latina e presidente do júri, Alan Bojanic, representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Elias Mufarej, conselheiro do Sindicato Nacional das Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), Elizabeth Farina, presidente da União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica), Ladislau Martin Neto, diretor-executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Luiz Gustavo Nussio, diretor da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz“ (Esalq-USP), Mara Luquet, colunista da rádio CBN e do Jornal da Globo, Marina Spínola, gerente executiva de comunicação corporativa da Fundação Dom Cabral, Mônika Bergamaschi, presidente executiva do Instituto Brasileiro para Inovação e Sustentabilidade do Agronegócio (IBISA) e Roberto Rodrigues, coordenador do centro de agronegócio da FGV-EESP.
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