Livro de crônicas é lançado por Antonietta Varlese
“Histórias de Tunica Ferraretti” reúne narrações verdadeiras sobre relacionamento com pitadas de sarcasmo e bom-humor
Por Aurora Ayres
É uma forma de alívio saber que certas situações ocorrem não apenas com você? Que tem gente que passou por coisas ainda piores? Essa é a tônica do livro de crônicas intitulado “Histórias de Tunica Ferraretti”, da comunicadora Antonietta Varlese, vice-presidente de Comunicação da Accor América do Sul, lançado recentemente em e-book.
Disfarçada de executiva inglesa com nome italiano, Antonietta se transforma em Tunica para contar, por meio de narrações descontraídas histórias de relacionamentos que acontecem com todo mundo. A mensagem, segundo a autora, é que se deve aprender com os erros. Ouvir a intuição. Entender alguns padrões ou se afastar deles. Em entrevista exclusiva para o Portal Aberje, a escritora conta com foi o processo criativo e outros aspectos interessantes sobre a obra.
Confira, abaixo, a entrevista na íntegra:
Como veio a ideia de reunir todas essas histórias em um livro?
Eu tinha uma página no Facebook, que funcionava como um Blog, onde eu ia escrevendo as histórias à medida que elas iam surgindo, e meus amigos liam por lá. Cheguei a ter quase três mil seguidores, o que me animava a postar mais conteúdos. Mas, alguns amigos sempre comentavam para reunir todas num livro, alguns não tinham perfil para ler no Facebook, enfim, era uma “pressão” para escrever um livro.
Cheguei a conversar com editoras, mas o caminho me pareceu muito complexo e desisti. E numa madrugada dessas no meio da pandemia, entre Netflix e uma taça de champanhe em mãos, surgiu a ideia de publicar, de forma online, o livro que estava tentando ir para alguma prateleira de livraria há cinco anos, Acabei na plataforma Kindle e em cerca de 30 minutos ou menos estava lá publicado “Histórias de Tunica Ferraretti”.
Toda renda da venda online será destinada ao santuário de animais chamado Vale da Rainha, em Camanducaia (MG) o qual sou voluntária. Adoro esse lugar! Ele perdeu muita verba por causa da falta de visitas durante a pandemia, e precisa ser ajudado financeiramente. Eu colaboro também com terapia alternativa aos animais, em sua maioria com problemas oriundos dos maus tratos de suas vidas anteriores, e eu ofereço Reiki e Barras de Access aos que precisam. É um trabalho muito bonito, e espero vender muitos livros para poder ajudá-los.
Quem é Tunica Ferraretti? Como ela surgiu na sua vida?
Tunica Ferraretti é uma personagem fictícia. Uma executiva inglesa, mas com nome meio italiano. Tunica, na verdade, é um dos meus apelidos, e o sobrenome me lembrou Ferrari italiana… Enfim, nada muito planejado. Ela é a personagem que narra as histórias, numa linguagem mais tipo conto, como se os acontecimentos fossem com ela ou contados a ela – até porque não posso colocar nomes reais. Ela é inspirada nos personagens todos, e como boa inglesa tem em seu texto uma pitada de sarcasmo, mas sempre prevalecendo o bom humor.
Que paralelo poderia traçar entre o conteúdo do livro e a forma como as pessoas se relacionam atualmente?
O livro conta várias tentativas de encontrar um relacionamento afetivo, várias delas através de aplicativos de relacionamento online, que estão muito na moda e que deveriam ampliar as oportunidades de conhecer pessoas e chegar em seu objetivo verdadeiro. Porém, o que se observa é uma chuva de desencontros, de frustrações, de pessoas cada vez mais se sentindo isoladas e solitárias, a ponto de Londres ter criado até um Ministério da Solidão há alguns anos. Assisti a uma palestra do criador do Orkut e ele mesmo concordou que as plataformas distanciam as pessoas. O retrato disso é exatamente as 69 histórias que estão no livro, e que demonstram que apesar de tantas maneiras tecnológicas de se comunicar, as pessoas estão cada vez mais se sentindo sozinhas.
O que descobriu em si mesma ao reunir tantas histórias?
Descobri que eu posso ajudar as pessoas com as histórias. Porque, quando você ouve tantas histórias e começa a contá-las para outras pessoas, obviamente retirando nomes para não expor ninguém, você ajuda o outro a refletir, a se sentir aliviado de que isso/aquilo não passou apenas com ele/ela, que existem oportunidades novas que podem aparecer sem que você espere, ou que muitos comportamentos são previsíveis, então é só observar os sinais, e assim vai. E que também a forma divertida de contar dá um tom mais leve ao drama da vida.
Na sua opinião, quais ingredientes, devem nortear os relacionamentos pessoais?
Eu acredito que a comunicação é a base de tudo. E a verdade. E o respeito. Se você juntar isso à honra, confiança, permissão e gratidão, não tem como dar errado.
O problema é que a maioria das pessoas apenas usa o julgamento e a manipulação para criar suas bases de relacionamento. E isso não me parece uma estratégia de sucesso.
Acesse o eBook: https://www.amazon.com.br/HIST%C3%93RIAS-TUNICA-FERRARETTI-LIMITED-COLECTION-ebook/dp/B089VQNY8M
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