LiderCom se reúne para debater desenvolvimento de comunidades em plataformas unificadas
Membros do LiderCom e suas equipes compartilharam experiências com as ferramentas
No dia 8 de abril, membros do LiderCom – grupo de líderes da Comunicação Corporativa da associação – e membros de suas equipes estiveram reunidos de forma online para avaliar o uso de uma ferramenta em comum. Ana Clara Buchmann, que atua na área de Employer Branding da XP Inc.; Carolina Prado, head de Comunicação da Intel e Leonardo Maia, diretor de Communications & Branding na Brookfield Asset Management no Brasil relataram o que as empresas onde trabalham vêm desenvolvendo para os seus times dentro do Microsoft Teams, plataforma unificada de comunicação e colaboração que combina bate-papo, videoconferências, armazenamento de arquivos e integração de aplicativos no local de trabalho.
De acordo com a avaliação de Ana Clara da XP Inc., a adaptação “não foi muito natural” e que para fazer comunidades no Teams, a liderança teve que dar “um empurrãozinho” por conta da falta de intimidade dos colaboradores com a plataforma. “Para criarmos as comunidades, começamos pelos grupos mais básicos como grupos de afinidades e de diversidade e a partir do momento que começou a funcionar, percebemos que os grupos criavam seus próprios chats para tocar agendas e pautas do dia a dia, um espaço específico para discussões entre eles”, relatou.
A partir daí, a área de comunicação da empresa passou a mapear os próximos passos pensando em mais espaços como grupos de games, de livros, de pais e filhos, de pets, de foods, entre outros. “Acho muito curioso como é possível mesclar a realidade da plataforma versus o mundo físico, propriamente dito”, comentou. “O que aprendemos dentro do processo é que é super importante ter diferentes interlocutores para postar temas diversos, pois isso gera muito mais engajamento”, complementou Ana.
Carolina Prado, da Intel, conta que no período pré-pandêmico, os colaboradores tinham acesso a todo tipo de ferramenta de call, de colaboração que se possa imaginar, o que acabava por dispersar as informações. “Eram cerca de 15 ferramentas e durante o isolamento começou a ficar confuso, pois cerca de 110 mil funcionários – globalmente falando – passaram a trabalhar de casa; então pensamos em unificar”, enfatizou.
Como não havia um ambiente para o repasse de informações internas, surgiu a necessidade de criar um espaço de comunicação Intel Brasil, onde as informações são postadas em canais divididos por áreas e atividades. “O espaço também serve para a troca de mensagens entre os colaboradores. Fizemos um treinamento para que os funcionários pudessem utilizar a plataforma da melhor forma possível”, contou Carol. “Há um ano com essa dinâmica, a Comunicação da Intel no Brasil não pretende eliminar essa ferramenta depois da pandemia, mesmo porque a companhia projeta trabalhar com o modelo híbrido e a ferramenta vai continuar sendo o nosso apoio”, finalizou.
Ao trazer o histórico do uso da ferramenta na operação brasileira da Brookfield – gestora de ativos alternativos de origem canadense com cerca de 20 mil funcionários em diversas empresas – Leonardo Maia frisou que a pandemia contribuiu muito para o uso desse instrumento.
Na holding onde Maia atua trabalham 200 pessoas que utilizavam o boca a boca e o e-mail tradicional para o repasse de informações. “Usamos há cerca de três anos o pacote completo do Office 365. Antes da pandemia, apesar de alguns esforços da área de TI e de treinamentos junto aos colaboradores, o uso do Teams era bastante restrito. Com a ida forçada das pessoas para o home office no início do ano passado, a mudança foi quase imediata e bastante orgânica, o que foi bem interessante”, revelou.
A partir daí, a ferramenta se tornou o local oficial para as pessoas fazerem ligações entre si, vídeos, conferências, troca de mensagens, chats, atividades em grupo para lives e criação de grupos de colaboração, que aumentaram bastante; além do grupo novo de Diversidade & Inclusão. “Também criamos um grupo inicialmente para passar informações sobre o coronavírus e ações da empresa. Com o tempo, transformamos o espaço em um canal de notícias interno de Comunicação que se chama ‘Brookfield Informa’ e conta com a participação dos líderes das áreas”, disse Maia.
O executivo contou que puderam ter uma ideia de como trabalhar com a plataforma em formato híbrido, pois de junho de 2020 a março deste ano, os escritórios da empresa no Brasil estavam funcionando. Segundo Maia, mesmo com o retorno presencial, o Teams se manteve como plataforma principal por conta do distanciamento dos escritórios e para evitar encontros e reuniões os calls seguiram frequentes e o uso de mensagens instantâneas também. “O curioso é que ninguém mais usa os ramais dos aparelhos físicos porque o Teams virou basicamente o telefone. Não é um instrumento muito prático no seu uso, mas as pessoas entenderam rapidamente como poderia ser utilizado. Hoje eu vejo como um canal de comunicação essencial para o nosso trabalho aqui na empresa”, concluiu.
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