Lab de Comunicação para o Agronegócio aborda a importância do ESG no setor
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A 12ª edição do Lab de Comunicação para o Agronegócio da Aberje reuniu, no dia 7 de novembro, especialistas em Comunicação e ESG para discutir como a agenda ESG pode ajudar o agronegócio brasileiro. Participaram do encontro a diretora de Comunicação da Cargill na América do Sul, Eliane Uchoa; o Head de Carbono da UPL Brasil, Rogério Melo; e o CEO da consultoria Ideia Sustentável e da Plataforma Liderança com Valores, Ricardo Voltolini. A mediação foi feita pelo jornalista Nicholas Vital, diretor da ABMR&A.
De acordo com Ricardo Voltolini, 49% das emissões brutas de gases de efeito estufa no Brasil vem do uso da terra. “Como praticar menos intensiva no uso de recursos naturais e menos intensiva em emissões de carbono é o caminho. Um caminho que, até pouco tempo, não parecia ter cruzado com o caminho das empresas de agro. Numa perspectiva de risco, o agro afeta e é afetado”, disse. “O Brasil assumiu um compromisso importantíssimo na última COP 26 de reduzir em 50% as emissões de gás de efeito estufa até 2030 e, como todo resto do mundo, neutralizar Carbono até 2050”, exemplificou.
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Na oportunidade, Eliane Uchoa, da Cargill, contou como tem sido o desafio de comunicar o ESG tanto internamente quanto para o público externo. “Temos que trabalhar de forma integrada com todos os elos da cadeia e a Comunicação tem um papel fundamental nisso”, salientou..
A Cargill tem 150 anos de existência e no Brasil opera desde a década de 1960. É a maior empresa do agro brasileiro. “Temos a responsabilidade de contribuir para que isso aconteça de forma integrada. A Comunicação não pode ser deslocada da estratégia do negócio, já vínhamos fazendo um trabalho interno muito bom no sentido de evoluir nas questões de ESG, melhorar as métricas dos negócios e trabalhar para a descarbonização.
“A voz da Comunicação tem que ser ouvida dentro das organizações. Na Cargill temos a oportunidade de debater a estratégia da empresa e a Comunicação tem abertura dentro da companhia para adicionar valor a essa estratégia. Muitas iniciativas que as companhias fazem, por vezes são mal interpretadas por falta de comunicação”, frisou Eliane.
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O ESG é uma enorme oportunidade para a melhoria da Comunicação, na opinião de Rogério Melo, da UPL. “Um debate como este não ocorreria há 20 anos. Isso demonstra o quanto a sociedade tem amadurecido, o quanto hoje há espaço para trazer, através de fatos e dados, uma visão um pouco melhor posicionada do agronegócio brasileiro”, comentou. “A proposta da UPL de reimaginar a sustentabilidade do agronegócio passa muito por isso. A segurança alimentar em âmbito global foi construída em torno do esforço de agricultores e de uma visão inovadora de toda a indústria que o apoiou”.
“Especificamente em relação aos defensivos agrícolas, houve um período em que a indústria se lastreou fortemente em defensivos químicos, sobre os quais há uma enorme quantidade de produção científica atestando a qualidade e segurança deles, à medida que são utilizados da maneira correta”, argumentou o executivo. ”A Comunicação da UPL está muito direcionada a sustentar a aceleração da biosolução na agricultura, que proporciona um nível de eficiência, com relação às emissões, muito grande”, complementou Melo.
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Para Voltolini, se não há estratégia, não há ESG. “Ações pontuais não valem para esse jogo. Para chegar no estágio de ESG é preciso que esteja na estratégia. Para estar na estratégia, é preciso ter objetivos, metas e métricas muito claras, além de um monitoramento nos diferentes temas de E, de S e de G”, destacou. “Esse é um ponto que faz toda a diferença na Comunicação: ao invés de comunicar uma ação pontual, se comunica uma ação como parte de uma estratégia, de um compromisso público da empresa com os temas”, argumentou o especialista.
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