06 de dezembro de 2021

Lab aborda como a comunicação pode alavancar a sustentabilidade nas organizações

Encontro online reúne profissionais de Comunicação e sustentabilidade das empresas Ypê, Sodexo, GPA e Cause

Encontro online reúne profissionais de Comunicação e sustentabilidade das empresas Ypê, Sodexo, GPA e Cause

A questão da Sustentabilidade está cada vez mais presente nos debates da Comunicação Corporativa. Como a comunicação pode alavancar esse processo das empresas se tornarem cada vez mais sustentáveis e responsivas aos ambientes que as cercam nos padrões sociais, ambientais e de governança? Como comunicação e sustentabilidade podem trabalhar juntos para otimizar ações de longo prazo? Essas e outras questões foram discutidas durante o Lab de Comunicação para a Sustentabilidade, no dia 6 de dezembro, que conta com patrocínio da Ypê.

Participaram do evento a coordenadora de Comunicação Externa da Sodexo On-site Brasil, Marília Schutze;  a gerente de Impacto, Sustentabilidade e novos negócios na Ypê, Tamara Natale; a gerente de sustentabilidade do GPA, Renata Amaral; e o co-fundador da consultoria Cause, Leandro Machado, como mediador.

Sinergia entre Comunicação e Sustentabilidade

A relação de sustentabilidade com a comunicação deve ser de muita parceria, muita proximidade e muita conexão, para Renata Amaral. “São olhares muito complementares. A sustentabilidade tem o olhar mais técnico do que precisa ser comunicado e a comunicação tem o olhar do como: o que comunica melhor com  determinado público, ou com os nossos clientes”, acentuou. 

“Tem que ser parte tanto dos profissionais da área de sustentabilidade, de olhar para a comunicação, assim como de comunicação olhar para a sustentabilidade, de modo que entre como uma parte transversal das comunicações”, analisou Renata. 

Renata Amaral

Tamara Natale concorda que de fato são duas áreas que caminham de mãos dadas. “Aqui temos as duas áreas dentro da governança de assuntos corporativos e isso facilita. Hoje o desafio é o de comunicar aquilo que já foi feito”, comentou. 

Em sua visão, o maior desafio das áreas de sustentabilidade, independente da companhia, são os dados. “É como conseguimos envolver todas as áreas da companhia para que tenhamos dados de forma consistente e perene, recebendo dados atualizados no dia a dia. A comunicação da sustentabilidade tem que acontecer ao longo do ano e deve permear todos os temas dentro da matriz de comunicação”, complementou.

Na ocasião, Marília Schutze falou dos desafios da comunicação para a sustentabilidade no contexto de uma empresa B2B. “A Comunicação é um ativo fundamental na gestão de negócios, é uma parte integrante do propósito de uma empresa e cada vez mais vem adquirindo essa importância estratégica para as organizações, de forma geral”, iniciou.

Em sua visão, a Comunicação é o espelho da cultura da empresa, ela não vai conseguir mostrar o que uma empresa não é, o que não pratica, o que não pensa. “Essas práticas orientam as organizações tanto a construir confiança, aumentar a consciência, quanto a encorajar essa mudança. Hoje o consumidor escolhe marcas que pensam diferente, que têm práticas verdadeiras e genuínas, e eu vejo o mesmo para o cliente, porque, na verdade, no fundo é tudo Business to Human, estamos falando de pessoas, seja ela comprando para ela ou comprando em nome da empresa dela”, completou.

Marília Schutze

Conversa contínua com os stakeholders

Seja com um colaborador, um representante de uma empresa ou com o consumidor final, a conversa com os stakeholders é fundamental para que, com a ajuda da digitalização, essa comunicação chegue de uma forma clara a todos. Visto que o consumidor está mais exigente e ávido por respostas rápidas, nem toda empresa parece estar preparada para lidar com isso, principalmente nas publicações dos projetos de sustentabilidade, na visão de Leandro Machado, da Cause. “Nem toda empresa tem gente suficiente para atender essa demanda e para responder esses stakeholders”, frisou.

Leandro Machado

Como otimizar esse feedback do consumidor? Renata, da GPA, ressaltou que a sustentabilidade deve olhar para todo o processo de cadeia. “Temos a responsabilidade de um curador dessas relações. Dentro da nossa estratégica, que está muito intrínseca ao nosso negócio, estabelecemos um eixo, que é a transparência. Dentro dos nossos pilares de sustentabilidade, esse é um deles, que também é transversal a todos os demais. Temos tentado aprimorar esse processo, que é uma questão de cultura para que a informação chegue para o maior número possível de stakeholders”, comentou.

A sustentabilidade como parte integrante da estratégia de negócios

A sustentabilidade está diretamente relacionada com a longevidade de uma organização, mas esse é um trabalho de ‘formiguinha’, como ressaltou Tamara, da Ypê. “A companhia tem uma atuação socioambiental desde a sua fundação, e este é um trabalho de formiguinha de todas as pessoas que hoje estão à frente dos projetos que estão consolidando a sustentabilidade”, colocou. “Temos fábricas espalhadas pelo Brasil todo, estamos presentes em 94% dos lares brasileiros e vemos a sustentabilidade acontecendo em todas as etapas do nosso processo, desde fornecedor até o nosso consumidor. Quando falamos de cultura de sustentabilidade, além dos projetos que temos, a questão da educação para a sustentabilidade é algo que está dentro do nosso pipeline de atividades”, contou.

 

Tamara Natale

Para Marília, da Sodexo, o primeiro passo para fazer com que a Comunicação de uma organização se estruture para manter viva a sustentabilidade, é engajar os colaboradores. “Temos 42 mil pessoas no Brasil, estamos nas casas dos clientes e temos um negócio que permeia vários pontos que estão totalmente ligados, como a questão da gestão de recursos naturais, a questão de direitos humanos. Nossas pessoas têm que entender como a companhia vê essas questões, a empresa precisa ser genuína”, salientou.

“Quem melhor do que a área de Comunicação para saber como comunicar aos seus colaboradores determinados temas? Nós, como área de Sustentabilidade, damos muito subsídios sobre esses temas, precisamos ter sinergia junto à área de Comunicação para entender, a partir da nossa demanda de longo prazo, qual a  melhor estratégia para chegar neles”, afirmou Renata, da GPA.

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