Fundo JBS pela Amazônia estimula a conservação e a geração de renda na região
Com aportes iniciais de R$ 250 milhões em cinco anos, o Fundo JBS pela Amazônia – que busca projetos de conservação e restauração, desenvolvimento socioeconômico e científico e tecnológico -, inicia a promoção de ações de conservação e geração de renda na floresta. São seis iniciativas que contemplam desde sistemas agroflorestais a startups de bioeconomia e receberão investimentos anuais de R$ 50 milhões.
De acordo com Joanita Maestri Karoleski, presidente do Fundo JBS, a meta é chegar a um fundo de R$ 1 bilhão. A intenção é ter aportes de terceiros para que o fundo cresça. A JBS colocará R$ 1,00 a cada R$ 1,00 doado. “Sem foco na sustentabilidade, não conseguimos fazer com que os negócios sejam perenes. Temos que olhar no longo prazo, para que se sustentem ao longo do tempo”, afirma.
Um dos projetos é o RestaurAmazônia, desenvolvido pela ONG Soldaridad, que pretende implantar sistemas agroflorestais com pecuária em 1.500 pequenas propriedades. No Amapá, outro projeto visa fortalecer a cadeia do açaí e aumentar a renda de 240 famílias. Já o de pesca sustentável no Amazonas será desenvolvido por associações de produtores rurais e pesqueiras e irá beneficiar 450 famílias de 55 comunidades ribeirinhas. “A melhor maneira de manter a Amazônia em pé é desenvolvendo a bioeconomia na região”, ressalta Joanita.
A Embrapa também foi escolhida pelo seu perfil científico e a proposta de desenvolver tecnologias para aumentar o valor dos produtos da floresta. Também estão previstos programas para reduzir as emissões no campo com técnicas de integração entre a lavoura, a pecuária e a floresta.
A JBS, líder mundial de proteínas animais, anunciou o Fundo pela Amazônia em
setembro, ao divulgar seu plano de controlar os fornecedores indiretos de gado no bioma amazônico até 2025, como já acontece com os diretos. Os critérios são os temas prioritários do fundo, sustentabilidade e possibilidade de serem copiados em outras regiões, terem escala e inovação, gerarem valor para as comunidades, terem conexão com o mercado e reduzirem gases-estufa.
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