04 de julho de 2019

FCA se posiciona em defesa ao uso do etanol com memória de carro icônico

João Irineu, diretor de Regulatório e Compliance

Preservação histórica não é apenas uma questão de respeito à memória. Quando a história é consistente, o passado pode – e deve – dar insumos para a construção do futuro. É o caso da FCA. Para celebrar os 40 anos do lançamento do Fiat 147, primeiro carro a etanol em série produzido no Brasil, a área de comunicação da companhia, sob o comando de Fernão Silveira, diretor de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade para América Latina da FCA, organizou um evento, em Betim (MG), na terça-feira (2/7), para 50 jornalistas entre os mais importantes da área automobilística. Após anos no Ministério da Fazenda, em Brasília, o automóvel faz agora parte do acervo de clássicos da Fiat.

João Irineu, diretor de Regulatório e Compliance da FCA, fala na coletiva de imprensa

Trazer o Fiat 147 de volta à montadora, praticamente original e sem restauração, relembra a história da FCA no Brasil. Entretanto, este não foi apenas um evento de efeméride. A ocasião serviu para marcar o posicionamento atual e futuro da FCA na valorização do uso do etanol. É um exemplo do uso da memória empresarial para as estratégias de negócio da companhia.

“Conhecer, respeitar e pesquisar o passado é fundamental para ajudar a traçar estratégias para o futuro. Usamos essa ocasião para comemorar os 40 anos do primeiro carro a etanol e para comunicar aos stakeholders como a nossa estratégia para o futuro é calcada no que a gente construiu no passado. Tudo isso só é possível pelo respeito e pela importância estratégica que a gente dá justamente à memória e aos nossos profissionais que ajudam a construir o futuro da FCA, especialmente em relação à motores híbridos e tecnologias para o etanol, que é um verdadeiro tesouro para o Brasil”, disse Fernão.

Estrategicamente, esse resgate à memória da empresa demonstra a mobilização da FCA em favor do uso do etanol, no combate ao aquecimento global, dentre outros objetivos. Do ponto de vista econômico, o combustível é uma alternativa rentável e eficiente quando se leva em conta o fato de que o Brasil já possui uma plataforma produtiva, logística e de distribuição consolidada do etanol. Do ponto de vista da sustentabilidade, este é um combustível com muito menos impacto ambiental que os derivados de petróleo, despontando como uma alternativa importante no debate da mobilidade urbana.

A Fiat foi a primeira montadora a lançar um veículo em série a etanol no mundo. Essa foi uma resposta à crise do petróleo pela qual todos os países, inclusive o Brasil, enfrentaram no fim dos anos 1970. Em um esforço conjunto, foi desenvolvido o motor movido a etanol que atendesse às necessidades do governo da época de desenvolver uma alternativa à gasolina.

Esse pioneirismo brasileiro na produção de tecnologias relacionadas à sua produção, fez com que o país, e a própria Fiat, se tornasse uma referência. Isso se deu muito por conta dos esforços inovadores da companhia em produzir este novo modelo de automóvel. Hoje, em meio ao contexto de transição energética global, o uso do etanol não é mais só uma forma de driblar a crise do petróleo, mas de também utilizar uma fonte renovável de energia que produz menos CO2.

Fiat 147 faz parte agora do acervo de clássicos da Fiat
Montagem final do Fiat 147, em 1979 (Imagem: Divulgação/Fiat)
Jornalistas Paulo Brandão (esq.) e Boris Feldman (dir.) com Paulo Nassar (Aberje, ao centro)
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