13 de dezembro de 2019

Estudo Fjord Trends 2020 destaca sete tendências emergentes que irão moldar o mercado de experiência

Após um período de crescimento e lucratividade inéditos, o mercado começa a sentir a necessidade por uma busca mais profunda. Com a chegada de uma nova década, é hora de reavaliar seus propósitos e posicionamentos, como mostra um novo estudo da Accenture. Em sua 13ª edição, o Fjord Trends 2020 apresenta as previsões sobre o futuro dos negócios, da tecnologia e do design de acordo com a Fjord, divisão de design e inovação da Accenture Interactive.

O estudo Fjord Trends 2020 foi baseado nas ideias e opiniões de mais de 1.200 designers e desenvolvedores da Fjord espalhados por 33 estúdios no mundo todo. O relatório anual e colaborativo usa observações inéditas obtidas por meio de pesquisa baseada em evidências e trabalho junto ao cliente. Esse ano, a abertura do novo estúdio da Fjord em Tóquio e a aquisição da INSITUM contribuíram com mais 250 pontos de vista vindos do Japão e da América Latina, fazendo com que essa versão do estudo seja a mais diversa já publicada.

Conheça as sete tendências emergentes que devem moldar a área de experiência, além de oferecer conselhos práticos sobre a forma como as empresas podem acolher a nova era:

• As várias faces do crescimento: O capitalismo está passando por uma crise de meia idade. O sucesso não equivale mais apenas ao crescimento. É importante que as organizações reavaliem seus objetivos corporativos e adaptem a forma como se veem no mundo.

• Novos significados do dinheiro: A forma como enxergamos o dinheiro e pagamos pelas coisas está mudando rapidamente. Essas mudanças importantes criam inúmeras oportunidades para uma série de novos produtos e players de mercado.

• Códigos de barra ambulantes: Nossos corpos físicos estão ficando tão rastreáveis quanto nossas identidades digitais. Onde fica o equilíbrio entre privacidade e conveniência quando o assunto é tecnologia de reconhecimento facial e corporal?

• Pessoas líquidas: Os hábitos de consumo estão mudando à medida que as pessoas percebem e definem suas identidades de formas cada vez mais líquidas. As novas experiências de consumo oferecem um número considerável de oportunidades.

• Desenvolvendo inteligência: A experiência humana está ficando cada vez mais complexa. O próximo passo para a IA é ir além da automação para o desenvolvimento de sistemas que mesclem a inteligência humana com a artificial e aumentem a interação entre as duas.

• Cópias digitais: Abra espaço para a sua cópia digital, que trabalha para você e sabe exatamente o que você quer. Os digital twins estão evoluindo para além da indústria e chegando às nossas vidas diárias.

• Design centrado na vida: O foco do desejo e da viabilidade técnica e econômica está em transição do “eu” para o “nós”. Será que o design consegue ir além do seu próprio ecossistema, passando de uma abordagem centrada no usuário para uma abordagem centrada na vida?

O ano de 2019 foi marcado pelo ativismo climático , prestação de contas das Big Techs, os altos e baixos da economia, as novas alternativas de emprego e as promessas dos 181 maiores CEOs do mundo pela redefinição do Estatuto de Propósito das Empresas. Mudanças de mentalidade aceleradas pelo aumento da adoção digital chegaram ao nível gerencial, forçando os líderes a reconsiderarem os princípios que formam a base de suas organizações. O estudo reforça que áreas como economia, política, capitalismo, recursos, tecnologia e sociedade estão interligadas há muito tempo, mas só agora as consequências dessas conexões começam a ser enxergadas pelo público. “Questionamentos sobre o capitalismo e seus lucros ilimitados saíram das ruas e chegaram às reuniões dos conselhos administrativos. Isso força a busca por novas formas de medição de crescimento,” afirma Mark Curtis, cofundador e CCO da Fjord. “Na próxima década, esses novos valores podem mudar a forma como percebemos o significado dos negócios. Uma coisa está certa: as organizações vencedoras serão aquelas com modelos de negócios sustentáveis e uma visão de longo prazo de si mesmas e de seu impacto no mundo”.

Brian Whipple, CEO da Accenture Interactive, completa: “Nossos clientes estão começando a buscar uma transformação com propósito. A próxima década irá desafiar todos os fundamentos, abrindo uma oportunidade para as empresas transformarem suas ofertas em algo mais consciente, significativo e com visão de futuro. Com a mudança de pensamento do ‘eu’ para ‘nós’ , os projetos terão que migrar de uma abordagem centrada no usuário para uma abordagem centrada na vida.”

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