22 de abril de 2021

Em artigo para O Globo, diretores da Aberje questionam generalizações no noticiário

No Brasil de hoje, quando dizemos "empresários", "militares", "trabalhadores", o que exatamente estamos dizendo?

No Brasil de hoje, quando dizemos “empresários”, “militares”, “trabalhadores”, o que exatamente estamos dizendo?

O artigo “Filosofia dos termos gerais” assinado por Paulo Nassar e Hamilton dos Santos, diretor-presidente e professor titular da ECA/USP e diretor-geral da Aberje, respectivamente, foi publicado no jornal O Globo no dia de hoje, 22 de abril. O texto discorre sobre o emprego corrente de termos e categorias gerais no discurso jornalístico, que ao invés de informar confunde o leitor. 

De acordo com a análise dos autores, não se trata de ocorrências pontuais, mas de uma repetição de maus exemplos que vêm povoando noticiários e comentários políticos. “São generalizações abstratas que pouco ou nada contribuem para a descrição e a análise do cenário político”, enfatizam, ressaltando que o uso de termos inadequados deforma a descrição precisa do que se pretende reportar. 

“Se, na literatura, esse recurso pode dar bons frutos, não se pode dizer o mesmo quando utilizados em noticiários”, afirmam, mesmo enfatizando que nos meios de comunicação é difícil não lançar mão de expressões como “classe média”, “empresários”, “religiosos”, “trabalhadores”. São classes de palavras que, ao serem utilizadas, necessitam de precisão ao explicar a quem se referem. “Rigor e acurácia no emprego de terminologia nunca são excessivos. Bom senso e precisão, aliados às valiosas ferramentas fornecidas pela tecnologia e pelas mídias digitais, podem não ser a vacina que nos imunizará contra esses problemas, mas são aliados preciosos do comunicador em seu combate”, finalizam.

Leia na íntegra aqui.

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