10 de maio de 2024

Diretor executivo da Aberje participa de aula magna na ECA USP

Hamilton dos Santos expôs a alunos da pós graduação a obra do filósofo David Hume e algumas das características o Iluminismo escocês

Na quinta-feira, Hamilton dos Santos, diretor executivo da Aberje, realizou a segunda aula magna da disciplina “Memórias Rituais, Narrativas da Experiência da Comunicação”, do Programa de Pós Graduação em Ciências de Comunicação da ECA USP. Com o tema “A natureza humana como narrativa do Iluminismo Escocês”, Hamilton apresentou aos alunos parte da obra do filósofo David Hume, que estuda há 15 anos, inclusive em suas pesquisas de mestrado e doutorado – nesta semana, Hamilton lançou seu livro “O Triunfo das Paixões – David Hume e as Artimanhas da Natureza Humana”, elaborado a partir de sua tese de doutorado, em que reúne uma série de ensaios a respeito da obra do filósofo.

Ao longo da leituras de trechos do “Tratado da Natureza Humana”, de Hume, Hamilton expôs aos estudantes como a filosofia de Hume surgiu como resposta à obra de filósofos como Descartes, Hobbes e Mandeville, consolidando o que seria chamado de Iluminismo escocês. De acordo com Hamilton, o movimento, que se forma dentro das universidades de Glasgow e Edimburgo, na Escócia, nasce pautado pela consciência do atraso da Escócia em relação aos demais países europeus, especialmente a França e a Inglaterra. 

A partir de um método científico – observa-se tudo e reduz-se ao máximo, como adotado por Newton –, Hume passa a estudar a natureza humana a partir da observação de ações humanas, pela impossibilidade de observar os sentimentos. Com base nesse estudo, o filósofo busca a motivação dessas ações, que seria a causa da moral e da justiça – que seria um construto artificial, já que, para Hume, o homem não nasceria justo.

Na construção do Iluminismo escocês como narrativa – definida por Hamilton como “uma grande simplificadora”, citando seu orientador, o professor Pedro Paulo Pimenta em seu livro “O Iluminismo Escocês” – está presente inclusive a preocupação com o idioma, com os filósofos da Escócia da época passando a adotar o inglês formal, fugindo do “escotismo”, o uso da linguagem coloquial escocesa.

Paulo Nassar, diretor presidente da Aberje e professor titular da ECA USP, é um dos docentes responsáveis pela disciplina, junto com o professor Luiz Alberto de Farias. Ele chamou a atenção para a importância da atuação dos membros da entidade em atividades acadêmicas, reforçando sua missão de produção de conhecimento. “A Aberje é a alma mater da Comunicação Organizacional brasileira. É uma instituição profissional e científica, um think tank com a missão histórica de defender e fortalecer o campo profissional e acadêmico da Comunicação em empresas e instituições. Para isso é constituída por uma equipe integrada por doutores, mestres e especialistas à frente de suas áreas de atuação. Esta formação dá densidade intelectual à gestão da comunicação de empresas e instituições”, afirmou Nassar.

  • COMPARTILHAR:

COMENTÁRIOS:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *