Dia do Jornalista: conheça associados que começaram na área

Data é celebrada anualmente em 7 de Abril
Mais do que transformar os fatos em notícias, o jornalista é responsável por perpetuar os acontecimentos na história. Seja na rádio, na televisão, nos jornais, nas revistas ou na web, esse profissional da mídia é homenageado anualmente no dia 7 de abril, desde 1931 quando a data foi criada pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI). A Aberje parabeniza a todos os comunicadores jornalistas que desempenham um importante trabalho para a sociedade brasileira.
O Portal Aberje conversou com alguns profissionais jornalistas, professores da Escola Aberje de Comunicação que falaram sobre o papel atual da mídia e sua influência no mundo corporativo.
Luiz Alberto de Farias, professor da Escola de Comunicações e Artes da USP e da Universidade Metodista, já era relações públicas há alguns anos quando começou a atuar como jornalista. “Fiz sempre coisas muito prazerosas no jornalismo, trabalhando com temas como natureza e animais, e tive a alegria de atuar em rádio com um programa que unia jornalismo e universo corporativo, uma experiência que permitia unir meus dois lados em um só tema”.

“A imprensa voltou a estar no centro da atenção das pessoas após um período de tanta angústia que foi causada pela pandemia da Covid-19. A enxurrada de fake news que nos impactou nos últimos anos mostrou a importância do papel do jornalista e sua contribuição valiosa para a democracia e estabilidade da sociedade. A comunicação corporativa e a imprensa precisam manter uma relação virtuosa, pois ambos trabalham fundamentalmente para o desenvolvimento da sociedade, para o pleno uso da comunicação como fator de evolução e liberdade”, salienta.
Já Jorge Duarte gerente de comunicação estratégica da Embrapa era estudante de Economia em 1983, e no meio do curso foi convidado a trabalhar em uma redação de jornal como fotocompositor. Passou a colaborar na área de cultura, fazendo resenhas de livros e discos, além de cobrir show e espetáculos. Ficou tão entusiasmado ao ponto de abandonar o curso de Economia e ir para o jornalismo.
“No primeiro mês de faculdade fui contratado como repórter policial do jornal e editor de cultura. Também tive programa em três rádios e uma série de outras colaborações. Com seis meses de faculdade também passei a trabalhar como assessor de comunicação de várias entidades, e a cursar Relações Públicas. Logo em seguida, abri o que depois viria a ser chamado de agência de comunicação”, conta ele que iniciou uma carreira na área pública, mas continua como professor de jornalismo, além de atuar na área.

Duarte ressalta que a mídia desempenha várias funções. “Ela possui um mandato público para investigar, esclarecer, orientar. Atua fornecendo um mapa dos acontecimentos e temas relevantes que ajudam a definir estratégias de gestão e comunicação, por exemplo. Esse mapa é sempre incompleto e pode conter vieses, mas é significativo para apreensão dos fatos, interesses e movimentos da sociedade. Serve de canal para informação de interesse público, para explicar, para dar transparência aos processos, ajudando a estabelecer diálogos dentro da sociedade”, salienta.
Luiz Chinan, CEO do Berkeley Lab no Brasil e sócio-fundador da agência de comunicação RETOHC, é formado em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Teve a oportunidade de fazer também o curso de Jornalismo Impresso do jornal O Estado de S. Paulo. “Nesse interesse cada vez maior pela profissão, logo me envolvi na realização no Brasil do Master em Jornalismo para Editores com a expertise dos professores da Universidade de Navarra na Espanha. Por meio dos meus trabalhos de consultoria, pude participar de projetos em empresas de mídia como Zero Hora e a revista Época. Já por meio da minha agência RETOHC, pude acompanhar de perto a fascinante e delicada relação entre empresas e imprensa”, relata.

“A disrupção digital transformou completamente esse mundo das notícias. Jornais e revistas tradicionais cederam espaço e poder para as redes sociais e os influenciadores digitais. Todavia, algumas das patologias sociais que essas plataformas trouxeram – tais como o fenômeno das fake news e do cancelamento – mostram que nem sempre o melhor passo é para frente. Mais do que nunca, os protocolos do tradicional jornalismo-raiz se fazem necessários na comunicação social do mundo contemporâneo”, analisa Chinan.
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