Da academia ao mercado: BNDES discute como fazer a conexão

Como potencializar as trocas entre a academia e as startups? Para tentar responder a essa pergunta, a equipe do programa BNDES Garagem promoveu um encontro entre representantes de universidades, centros de pesquisas, instituições de fomento e empreendedores. Organizado em quatro mesas redondas, o evento discutiu os desafios atuais para conectar a pesquisa científica às demandas da sociedade e estimular o desenvolvimento de novos negócios. O BNDES é associado da Aberje.
No início do encontro, o presidente da Faperj, Jerson Lima Silva, lembrou que, embora o Brasil esteja hoje entre os principais produtores de conhecimento científico do mundo (o país ocupa a 15º posição na quantidade de artigos citáveis produzidos, por exemplo), os resultados não se traduzem para o universo das empresas e para a economia do país. Ele citou esse como um dos principais desafios de entidades como a Faperj, que têm como missão apoiar a pesquisa de excelência e fomentar sua aplicação por empresas nascentes. O programa Startup Rio, segundo Jerson, é uma iniciativa da entidade que vem ajudando a promover o empreendedorismo no estado.

Dedicada desde o seu surgimento a financiar projetos de ciência, tecnologia e inovação, a Finep também oferece diferentes modalidades de apoio para o desenvolvimento das startups que contemplam da ideia inicial até a consolidação do empreendimento. Segundo Roberto Chiacchio, analista do departamento de empreendedorismo e investimento em startups da Finep, a instituição conta com programas específicos para diferentes públicos, que envolvem crédito reembolsável, não reembolsável e investimento. Além de linhas com foco em startups e empresas, a entidade oferece ainda programas voltados para pesquisa, como o Finep Conecta, que atende à demanda de Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs).
Representando o BNDES, a advogada Izabela Algranti e o gerente Fabricio Brollo falaram sobre os fundos patrimoniais como alternativa para a sustentabilidade financeira de universidades e instituições de pesquisa. Izabela ressaltou que a aprovação de marco regulatório sobre o tema (saiba mais) deixou clara a necessidade de segregação patrimonial, estabelecendo parâmetros para esse tipo de instrumento. Ela esclareceu que é preciso constituir uma fundação ou associação privada para arrecadar os recursos, que não podem ser depositados no caixa único da universidade. “O endowment não substitui a dotação orçamentária regular da universidade. Ele é um complemento para o desenvolvimento de outras ações”, pontuou.
Fabricio acrescentou que os fundos patrimoniais podem ser constituídos a partir de qualquer ativo que possa ser rentabilizado, como imóveis desocupados e direitos de propriedade intelectual por exemplo. Segundo ele, a grande vantagem é que os fundos seguem uma lógica de estoque, e não de fluxo, o que faz com que não sejam afetados pela conjuntura econômica. Uma vez constituídos, esses fundos poderiam ser usados para fomentar o empreendedorismo e apoiar empresas emergentes, de acordo com a política estabelecida no ato de sua criação.
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