01 de setembro de 2020

Comunicação Corporativa no Pós-Pandemia: evento debate ODS e Responsabilidade Social

Encontro reuniu executivos da Toyota do Brasil, AngloGold Ashanti, GPA e Fundação BB

Encontro reuniu executivos da Toyota do Brasil, AngloGold Ashanti, GPA e Fundação BBMais do que nunca, as organizações estão preocupadas em reforçar suas estratégias e táticas de comunicação corporativa. Para falar sobre o que vem pela frente, a Aberje promoveu, no dia 17 de agosto, encontro online sobre Comunicação corporativa no pós-pandemia – Edição Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social. O evento teve patrocínio da Toyota.

Participaram do encontro, Hamilton dos Santos, diretor geral da Aberje; Viviane Mansi diretora de Comunicação e Sustentabilidade da Toyota para América Latina e Caribe e presidente da Fundação Toyota do Brasil; Othon de Villefort Maia, gerente sênior de Comunicação e Relações Institucionais da AngloGold Ashanti; Susy Yoshimura, diretora de Sustentabilidade e Compliance do GPA; e Patricia Chaim, gerente de Comunicação da Fundação Banco do Brasil

Rumo aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pelas Nações Unidas em 2015, como parte da Agenda 2030, compreende 17 metas que abrangem questões de desenvolvimento social e econômico. Uma deles é promover educação de qualidade. Com foco na formação de professores e reconhecido como centro de inovação com base em evidências, o Instituto Ayrton Senna, fundado há 25 anos, acredita que através da educação integral é possível superar as dívidas educacionais do passado e enfrentar os desafios do século 21.

O VP Corporativo no Instituto Ayrton Senna, Ewerton Fulini, convidado pela Aberje para moderar o encontro, contou que o instituto oferece um programa que proporciona o desenvolvimento pleno de crianças e jovens ao envolver tanto as competências cognitivas quanto as socioemocionais. “Acreditamos que a educação transforma as pessoas e as pessoas transformam a sociedade”, frisa.

Ewerton Fulini, do Instituto Ayrton Senna

Para que haja uma transformação efetiva, a sociedade civil organizada deve se fortalecer e olhar para o futuro de forma diferente. Esse foi o início da fala de Viviane Mansi, diretora da Toyota, ao refletir sobre o futuro da sociedade brasileira no pós-pandemia. “Provavelmente haverá intensificação da pobreza e da desigualdade social. Vamos ter que trabalhar todos juntos. A nossa responsabilidade é do tamanho do nosso privilégio. Falo isso também como cidadã, da responsabilidade que temos de fazer algo mais”. 

Viviane Mansi, da Toyota

Na ocasião, a executiva compartilhou alguns dos diversos projetos da Fundação Toyota do Brasil (FTB) e da Toyota Brasil (TDB), todos conectados aos objetivos da ONU. A fundação atua nos eixos Meio Ambiente, Educação e Cultura e viabiliza propostas como: EAD Ambientação, sobre como economizar água e energia; Mulheres na Conservação, para promover mulheres que cuidam de pesquisa e desenvolvimento; Projeto Águas da Mantiqueira, para proteger as nascentes de rios; Vou de Canoa, dedicado à proteção do Meio Ambiente no RJ; Toyota APA Costa dos Corais, para proteção dessa área situada no NE brasileiro; Arara Azul, que desde a década de 1980 impede a extinção a ave símbolo do Brasil.

“Vamos continuar focando nos projetos com base em biodiversidade e meio ambiente mas também olhar com mais cuidado questões que envolvem a Educação, que se tornam cada vez mais críticas daqui em diante”, informa Viviane, acrescentando que a fundação também pretende avançar em áreas como Diversidade de Gênero, Inclusão e Mobilidade a fim de manter o Desafio Ambiental Toyota 2050.

Práticas sustentáveis através de parcerias

Com a experiência de 186 anos no mercado, a AngloGold Ashant tem seu trabalho pautado em práticas sustentáveis, aliadas à inovação e à segurança, o que lhe garante o título de indústria com maior longevidade do Brasil, sendo a terceira maior produtora de ouro do mundo. Durante o webinar, Othon de Villefort Maia, gerente sênior de Comunicação e Relações Institucionais apresentou a principal plataforma de investimento social da companhia que, em seu décimo ano de desenvolvimento, já apoiou 240 iniciativas nos municípios vizinhos às suas operações e beneficiou diretamente cerca de 27 mil pessoas com investimentos de recursos diretos de mais de R$ 9 milhões.

Othon de Villefort Maia, da AngloGold Ashant

O ‘Parcerias Sustentáveis’, vencedor do Prêmio Aberje 2019 na categoria Sustentabilidade Organizacional, convida instituições sociais a apresentarem propostas de soluções de impacto social e/ou ambiental com potencial para se tornarem empreendimentos financeiramente autossustentáveis. Dessa forma, contribui para o futuro sustentável da região promovendo impacto positivo para a sociedade e população dos municípios de Minas Gerais e Goiás, onde a empresa atua.

Maia explica que tudo é baseado em decisão compartilhada – juntamente com lideranças comunitárias e representantes das cidades -, através de um edital onde é feito o anúncio do investimento. “É um projeto muito interessante no sentido de evitar o posicionamento isolado da organização frente à sociedade, compartilhando focos, objetivos e visão de futuro”, salienta. 

As iniciativas devem evidenciar contribuições ligadas aos ODS e o programa funciona apoiado em dois pilares: o fomento financeiro e um programa de consultoria em negócios sociais, que funciona como suporte. “Muitas vezes o empreendedor tem ótimas ideias e visão de negócios, mas lhe falta repertório em gestão de negócios, como financeira, de produto, pessoal, entre outras”, acentua Maia. “Entendemos o Parceria Sustentável como um grande fomentador para libertar potencialidades de muitos que tem vocação mas não tem oportunidade de desenvolvê-las”, conclui.

Agenda solidária provoca transformações sociais

O Grupo Pão de Açúcar (GPA) atua no varejo alimentar e conta com 100 mil colaboradores, milhares de fornecedores e milhões de clientes que circulam nas lojas de 21 estados brasileiros. Neste momento de isolamento social, o setor supermercadista tem sido bem demandado pela população e atuado a partir dos protocolos de segurança, que mudou a vida de todo mundo. Durante o webinar, Susy Yoshimura, diretora de Sustentabilidade e Compliance do GPA contou um pouco como tem sido a experiência da organização.

Susy Yoshimura, da GPA

Ao apresentar os eixos aos quais a companhia se baseia, Suzi reforçou a relação e o engajamento com a sociedade, em uma atuação conjunta em que todos atuam como agentes de transformação por meio do braço social do Grupo fundado há mais de 20 anos: o Instituto GPA. “O objetivo principal é provocar transformações sociais seja a partir de oportunidades para despertar o trabalho por vocação, seja fomentando ações de mobilização social, que faz parte da essência do nosso negócio”, enfatiza a executiva.

Entre as iniciativas que apoiam inúmeras instituições sociais em todo o país, localizadas no entorno das lojas em que o Grupo atua, estão diversas parcerias para doação de frutas e legumes. “Não deixamos de apoiar os pequenos produtores e os microempreendedores. Com a pandemia, redirecionamos a nossa agenda para ajudar os mais prejudicados”, ressalta.

A agenda inclui doações emergenciais de cestas básicas (alimentos, higiene pessoal e limpeza) que já chegaram a 550 mil famílias de alta vulnerabilidade; apoio financeiro a fundos emergenciais e subsídio para mais de 122 mil pequenos produtores, instituições sociais e ONGs (cooperativas de catadores, produções familiares e outros parceiros); mobilização de clientes (para o apoio por meio de doação em lojas); e apoio à doações feitas pela iniciativa privada (através da venda a preços reduzidos de grandes volumes para empresas que fariam ações filantrópicas, sem lucro sobre à comercialização). “O varejo acabou sendo o grande veículo educativo desse processo de entendimento, de empatia, mas acima de tudo educativo, que só se deu por meio de muitos colaboradores que estão atendendo em nossas lojas”, agradece.

O tempo real na comunicação corporativa 

Videoconferências, lives, webinars…O tempo parece menor diante de tantas reuniões digitais, cursos virtuais e trocas de experiências através da internet. Todos juntos, mas ao mesmo tempo, todos separados. O assunto foi abordado por Patricia Chaim, gerente de Comunicação da Fundação Banco do Brasil, ao apresentar a palestra ‘O tempo real na comunicação corporativa – Em busca das lives mais que digitais’.

Doações do BB chegam ao Pará

A executiva frisa que a atuação da entidade está baseada na ajuda humanitária. Este ano, a campanha ‘Proteja e salve vidas’, tem viabilizado o atendimento às pessoas em situação de vulnerabilidade social em todo o país, oferecendo alimentos, produtos de higiene e limpeza e equipamentos de proteção individual. “Já atingimos mais de 1,5 milhão de pessoas – de abril a julho. Mas, muito mais do que trazer números e conteúdos, é importante mostrar o que esses números significam, como transformamos realidades e como chegar às pessoas que mais precisam”.

Ao comentar a segunda grande live promovida pelo Banco do Brasil, na qual a fundação tem o papel de viabilizar, principalmente, as doações de pessoas físicas, Patrícia comenta a importância do incentivo às doações. “Contamos com a ajuda de artistas que têm uma visibilidade positiva para incentivar doações de qualquer valor. E, para que mais doações sejam feitas, é importante apresentar a prestação de contas. A transparência é que motiva as pessoas a continuarem a doar”, analisa.

Para o futuro, o desafio é não deixar que a cultura da doação enfraqueça, fortalecendo sua continuidade. Para a executiva, essa geração mais que digital – que inclui todos que estão vivendo a pandemia – tende a incentivar sua rede de relacionamentos a multiplicar conhecimentos; a buscar parcerias e soluções para o planeta e para as pessoas; a promover a paz e a prosperidade. “A cultura de doação deve ser internalizada nos hábitos do brasileiro, e não é preciso ser milionário para ajudar. 60% do montante de doações de PF são de valores inferiores a R$50,00, ou seja, todas as pessoas podem doar, a gente só precisa mostrar como e para onde isso vai”, frisa.

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