14 de setembro de 2022

Comitê de Inovação debate o tema: “O valor da comunicação aberta e descentralização em que tudo e todos são mídia”

Participantes contaram os desafios ao adotarem práticas de comunicação descentralizada

A sétima reunião do ano do Comitê Aberje de Inovação em Comunicação Corporativa, realizada no dia 13 de setembro, trouxe o tema “O valor da comunicação aberta e a descentralização em que tudo e todos são mídia”. Participaram do encontro Raquel Costa, gerente de Comunicação da JDE, Guilherme Françolin, sócio-diretor da Santo Caos Consultoria, e o coordenador do comitê, Rodolfo Araújo.

Ao abrir a reunião, Rodolfo Araújo comentou sobre o conceito de descentralização na comunicação como um sintoma de algo mais amplo. “A gente pode associar a descentralização com outros universos que se conectam com a comunicação. Em termos de redes, a descentralização nos remete inevitavelmente à tecnologia, como o blockchain, por exemplo”, disse. “Quando a gente fala de blockchain, estamos falando da transferência do controle de uma entidade centralizada – que pode ser uma pessoa, um grupo ou uma organização – para uma rede distribuída”, completou.

“É sempre importante entender qual o contexto de uma comunicação centralizada ou descentralizada dentro de uma empresa e também na interlocução da empresa com a sociedade. Em que medida as empresas estão espelhando por meio de suas práticas de comunicação essa dissolução de fronteiras entre interno e externo a partir desse princípio da descentralização”, acentuou o executivo.

Na ocasião, Guilherme Françolin trouxe algumas provocações sobre o tema. “O fluxo de informação é enorme, sempre está acontecendo alguma coisa e nem sempre a empresa consegue falar com todos os seus públicos”, comentou. “É preciso olhar outras possibilidades de mídia para conseguir falar. As pessoas querem falar e tem insights no dia a dia, o que falta muitas vezes é espaço para dar ideias, falta alguém estimulando essa cultura, ou seja, temos uma comunicação unidirecional e um espaço muito reduzido para a inovação”.

“A gente tem que ir descentralizando, as pessoas mostrarem porque a comunicação é relevante e produzir conteúdo. É importante as pessoas estarem engajadas para que haja mais resultados”, disse Françolin ao apresentar o Programa Vagalume, que conta com embaixadores e influenciadores para facilitar a comunicação numa empresa. “É uma rede distribuída que exige muita maturidade. Muitas vezes a gente não quer diminuir o poder que a gente tem”, explicou.

Raquel Costa, da JDE, empresa holandesa produtora de café e chás, e Ana Ferrarezzi, coordenadora de RH, trouxeram um case de como a empresa está promovendo a sua marca empregadora através da comunicação descentralizada. 

“Nós trabalhamos de forma colaborativa, principalmente quando se trata de cultura. Iniciamos em 2020 entendendo e construindo o que seria essa marca empregadora, e este ano começamos o processo de comunicar e consolidar o projeto”, contou Ana.

Quanto aos canais de comunicação interna, a empresa conta com o Workplace, além das TVs e murais nas fábricas. Externamente, conta com LinkedIn dos executivos e dos influenciadores, além de eventos e palestras direcionadas. “Cada pessoa é única e vai comunicar de uma determinada forma, assim como existem várias formas de se tomar café. Nossos influenciadores não têm nenhum direcionamento específico ou algo moldado, eles compartilham através de suas próprias histórias e experiências, sempre buscando uma conexão com o que acontece aqui”, disse.

“As pessoas têm muito orgulho de trabalhar na JDE e queríamos que as pessoas nos ajudassem nisso para construir a nossa marca empregadora, e para isso conversamos com a liderança, com a comunicação orientando como comunicar externamente”, salienta Raquel. “Construir a marca empregadora é uma jornada, há uma fase de planejamento, otimização do perfil, análise da rede de conexões do pessoal e seguir com uma sugestão de agenda de postagens e criação de conteúdos”, contou.

 

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