Thought Leadership: um case de (muito) sucesso

Quantas pessoas você conhece que são boas no que fazem, mas não são (re)conhecidas por isso? Com certeza, muitas. Mas, essa realidade tem mudado por conta das redes sociais e, mais ainda, por causa dos programas de Thought Leadership (ou liderança de pensamento).
O thought leader é a autoridade que divide seu conhecimento, se torna um formador de opinião para inspirar pessoas e agregar valor. Não basta ser Creator, tem que construir reputação, credibilidade – e no final, isso tudo se torna em um diferencial competitivo.
A ideia não é nova. Em 2015, Kaan Turnali, diretor global sênior da SAP, publicou um artigo durante o Fórum Econômico Mundial dizendo que o Thought Leadership era “a vanguarda da transformação digital, o motor essencial da inovação e criação de novas oportunidades, conforme as ideias passam a ser distribuídas para além dos canais tradicionais”.
A paixão, transmitida pelas palavras, se torna o grande diferencial para que as pessoas queiram consumir aquele conteúdo, de acordo com Turnali. E concordo: há 4 anos trabalho integralmente com Thought Leadership e percebo que os executivos que se envolvem genuinamente são os que mais ganham engajamento e visibilidade nas redes.
E na prática? As empresas já descobriram o poder desta estratégia. Usar o nome da empresa como sobrenome corporativo sempre foi uma prática comum em todo o mercado, mas percebo que cada vez mais os profissionais têm emprestado seu nome, sua credibilidade e perfil nas redes sociais para a empresa. Parece que o jogo virou, não é mesmo?
E um dos nossos cases de sucesso mostra que a sinergia entre executivo e business, é real e potencial. Embora trabalhemos com confidencialidade, posso contar que há dois anos fui procurada por uma empresa de mídia para dar início ao trabalho de Thought Leadership com o CEO e com o diretor comercial da companhia.
A ideia era construir reputação junto ao mercado, divulgar a empresa e furar a “bolha” de conhecidos, alcançando novas audiências de uma forma estruturada e de credibilidade.
O CEO tinha cerca de 625 seguidores, fazia postagens bastante espaçadas e esporádicas que demonstravam seu orgulho em pertencer à companhia. Não falava nada sobre seus 20 anos de experiência ou sobre o seu dia a dia.
Aos poucos, fomos estruturando pautas que demonstrassem seus interesses e a relevância do seu trabalho e experiência, sua influência no mercado de atuação, sua parceria com o time, o valor que entrega aos seus clientes. Em dois anos, saltou para 10 mil seguidores e os posts, que antes tinham cerca de 80 visualizações, já alcançam até 19 mil visualizações por semana.
Também passamos a sugerir conexões qualificadas. Um dos desejos do executivo era atrair estudantes para o programa de estágio e construir marca empregadora para a empresa. Também queria se conectar a outros executivos para gerar negócios.
E o resultado aparece diariamente. Em uma das reuniões, o executivo compartilhou que muitos posts geram chamadas de clientes solicitando propostas de novos projetos.
É esse tipo de retorno que a gente espera quando começa o trabalho de Thought Leadership. Do reconhecimento que vem da outra ponta – que nem sempre chega na gente diretamente, mas que traz sorrisos, impactos e a sensação de dever cumprido.
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