Qual retorno do investimento em PR?
Em vários momentos na minha carreira, eu fui questionada principalmente por pessoas de exatas: Qual é o retorno do investimento em PR?
Concretamente, como podemos mensurar que a exposição positiva, intencional e orgânica traz algum retorno para as marcas?
Tem gente que avalia a equivalência comercial para tangibilizar quanto custaria aquele investimento. Tem gente que avalia indicadores qualitativos, como tier do veículo, quanto aquela informação é positiva para a marca e afins. Existem metodologias que cruzam estas informações com os pilares que constroem reputação. Mas hoje se observarmos as marcas mais valiosas do mundo, entre as que possuem menos de 50 anos (como Apple, Microsoft, Amazon, Google) todas têm em comum um elemento: dependem menos de marketing pago para vender.
Posicionamento da marca, proposta de valor, engajamento com o seu público e estratégia de marketing orgânico para aumentar awareness e consideração são muito mais relevantes para estas marcas, do que investir necessariamente em conteúdo pago. Um fato curioso, para não dizer controverso, é que Meta e Google – que mais rentabilizam com venda de mídia – investem muito (e diria que majoritariamente) em posicionamento e PR. Não estou dizendo que todo mundo deve parar de fazer campanhas e investir apenas em PR. Mas ancorar a sua estratégia de marketing apenas em um canal que te permite mensurar um retorno tangível, como CPR, CPC, etc… pode ser uma estratégia cega.
Quando se investe na construção de reputação tendo como base sólida as narrativas dentro de territórios estratégicos para sua base e isso repercute não apenas em campanhas, mas em depoimentos de clientes, cases, pautas, eventos, etc, você ganha um outro nível de relevância e construção de longo prazo, que certamente fará o seu cliente considerar mais você, mas não é tão palpável quanto o custo pelo clique. Você está pronto para arriscar mais em uma construção de longo prazo?
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