Jogos lúdicos no ambiente corporativo
“Infelizmente, preocupamo-nos em fazer coisas sérias e úteis e relegamos a segundo plano o sonho, a fantasia e a poesia”. A frase da psicóloga Regina Fourneaut Monteiro diz respeito à nossa tendência de colocarmos a espontaneidade e a criatividade em segundo plano à medida em que deixamos a infância e nos tornamos adultos. O livro “O lúdico nos grupos” escrito por Regina, revela o quão estimulante e enriquecedora esse tipo de abordagem pode ser quando bem aplicada, tanto em grupos terapêuticos, quanto em ambientes educacionais e profissionais.
Os jogos sempre desempenharam papel importante na humanidade, mas com o passar dos anos, se restringiram, praticamente, às crianças e, quando não, tomando um caráter competitivo. “Houve um abandono do lúdico para nos tornamos adultos sérios, uma ilusão, pois a seriedade não exclui o jogo, ao contrário, ele a inclui”, pondera Regina.
Para a psicóloga, conforme as pessoas são convidadas a “brincar”, é oferecida a elas uma forma de atuação descontraída no mundo do “como se”. “Assim, o nível de tensão torna-se muito baixo, pois se trata de uma situação permissiva e protegida, com regras a serem cumpridas, o que facilita o aparecimento de respostas espontâneas e criativas”, aponta a psicóloga.
Se nos voltarmos especificamente ao universo organizacional, que é o que mais nos interessa aqui, o uso do lúdico pode ser muito eficiente em momentos ou cenários de tensão, quando os papéis são engolidos, os profissionais não conseguem encontrar uma solução adequada e paralisam. Nesses casos, a introdução de trabalhos que envolvam essa metodologia é uma alternativa que auxilia equipes a terem respostas novas e adequadas tanto para situações inéditas, como já conhecidas.
Mas para que os jogos lúdicos sejam, de fato, efetivos para um grupo de profissionais e tragam bons resultados, é necessário que haja uma forte preocupação com a escolha da atividade. “Só terá sentido o jogo certo na hora certa! Não faz sentido utilizá-lo para ‘fazer qualquer coisa’”, alerta.
Brincar é permitir-se, e essa permissão pode ser um tanto quanto benéfica para a performance de uma equipe. Por que não tirar proveito disso?
COMENTÁRIOS:
Destaques
- Comitê de Gestão da Comunicação e Reputação Corporativas discute fake news e seu impacto na reputação das organizações
- Lições da Comunicação nos Jogos Olímpicos de 2024
- Masterclass com Raí marca lançamento do Mestrado Profissional em Comunicação Digital e Cultura de Dados
- Comitê Aberje de Comunicação Interna, Cultura Organizacional e Marca Empregadora aborda liderança na comunicação interna
- Raí fará masterclass para primeira turma do Mestrado Profissional em parceria da Aberje com FGV e Fundação Itaú
ARTIGOS E COLUNAS
Bianca Minguci A Importância da inteligência competitiva na comunicação corporativaMarcos Santos O centenário de uma marcaAdriana Toledo A era das collabs: por que parcerias criativas dominam o mercadoAgnaldo Brito O papel estratégico da Comunicação Corporativa no segmento de infraestruturaCarlos Parente Pecar em segredo: reflexões sobre crises e redes sociais