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25 de fevereiro de 2015

Financiamento, reputação e legitimidade – o caso Beija-Flor

Tatiana Maia Lins
 
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Neste Carnaval a Beija-Flor conseguiu o seu 13º título de campeã do carnaval carioca. Todos os anos há um “mimimi” nas redes sociais sobre a escolha da vencedora. Mas desconfio que neste ano a decepção tenha sido maior e mais generalizada. Não necessariamente por causa dos quesitos técnicos do desfile, que por sinal nem vi. Mas pelos financiamentos que a escola recebeu.

O enredo falava sobre a Guiné Equatorial, país africano que, ouso arriscar, a maioria dos brasileiros nunca tinha ouvido falar. Ter as suas belezas exaltadas por uma escola de samba seria uma ótima propaganda para a Guiné Equatorial mundo afora, principalmente se esta escola fosse a campeã do carnaval carioca. Esta afirmação seria verdadeira se a Guiné Equatorial não estivesse com o mesmo governante não eleito pelo povo desde 1979 (o que configura uma ditadura) e se o país não figurasse entre os mais desiguais do mundo.

Produtora de petróleo, a Guiné Equatorial tem o maior produto interno bruto per capita do continente Africano, e o 69º do mundo. No entanto, a riqueza é distribuída de forma muito desigual. O país ocupa a 144ª posição em 2014 do Índice de Desenvolvimento Humano da Organização das Nações Unidas, no limiar entre o médio e o baixo, atrás de São Tomé e Príncipe e acima do Nepal (a título de comparação, o Brasil ocupa a 79ª posição, com um índice considerado alto). A ONU diz que menos de metade da população tem acesso à água potável na Guiné Equatorial e que 20% das crianças morrem antes de completar cinco anos.

O regime autoritário no poder na Guiné Equatorial tem um dos piores registos de direitos humanos no mundo, e consegue se manter como o “pior do pior” no ranking da pesquisa anual da Freedom House de direitos políticos e civis. O tráfico de pessoas é um problema significativo, de acordo com o US Trafficking in Persons Report, de 2012, que afirma que “a Guiné Equatorial é uma fonte e destino para mulheres e crianças vítimas de trabalho forçado e tráfico de sexo.” Estas informações, facilmente encontradas na internet, questionam a legitimidade da Guiné Equatorial para gastar dinheiro financiando o Carnaval no Rio de Janeiro. Estima-se que a escola tenha recebido R$ 10 milhões do país africano. Ou, como foi noticiado recentemente, que o dinheiro tenha vindo de empreiteiras que operam por lá, o que piora consideravelmente a situação da reputação das empreiteiras. O que aconteceu e de onde realmente veio o dinheiro, ainda não sabemos. Mas está claro que a vitória da Beija-Flor não foi aceita. Ela ganhou o título, mas não levou o mérito.

Segundo a imprensa, no desfile das campeãs, no último sábado, dia 21, a Beija-Flor, apesar de ter uma torcida forte, foi vaiada desde que seu nome foi anunciado pelo locutor do sambódromo, logo no início da noite. Era possível ouvir “a campeã roubou”, uma tentativa de ofuscar a vibração dos fãs da agremiação de Nilópolis, que exaltavam que “a campeã voltou”. Enquanto isso, a Portela, que ficou com o quinto lugar, foi ovacionada com o grito de “é campeã” pelo público. Reputação é isso. É o olhar do outro.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Tatiana Maia Lins

Fundadora da consultoria Makemake Reputação, é mentora de lideranças e professora na Escola Aberje, na ESPM, na UnB, na FAAP e na USP. É autora do livro Reputação e Valor Compartilhado - Conversas com CEOs das empresas líderes em ESG, Editora Aberje (2022) e foi retratada em março de 2023 como uma liderança ESG moldando o futuro dos negócios no Brasil pela Women to Watch Brasil.

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