04 de fevereiro de 2020

Da escassez à abundância

(Crédito: iStock)

A transformação da comunicação organizacional trouxe mais possibilidades e desafios

(Crédito: iStock)

A comunicação de uma empresa vive um momento de fartura. Há uma profusão de ferramentas à disposição: aplicativos, sites, blogs, podcasts, redes sociais e, também, os materiais mais tradicionais, como newsletters, jornais, revistas e murais. Possibilidades que facilitam e agilizam o contato com os diversos públicos de uma organização.  Bem diferente de anos atrás.

Quando iniciei minha trajetória na redação de O Estado de S. Paulo, nos anos 1990, a comunicação organizacional no Brasil não tinha tanto destaque nas empresas – cenário que foi mudando, ainda bem. A prova de como essa área estava se transformando foi a alteração do nome da Aberje, nessa época, de Associação Brasileira de Editores de Revistas e Jornais Empresariais para Associação Brasileira de Comunicação Empresarial.

A comunicação “interna” – não gosto muito dessa expressão, porque hoje ela extrapola seu alcance e função – resumia-se, basicamente, ao jornal/revista e aos murais, todos impressos. Essa escassez deixava a função do profissional de comunicação organizacional mais simples (e, consequentemente, menos estratégica). Tudo era mais moroso e custoso.

Os anos se passaram, e pudemos ver uma evolução gigantesca em nossa área. O conteúdo, que já reinava em outras searas (mídias tradicionais, por exemplo), tornou-se rei também na comunicação corporativa. E surgiram muitos outros desafios, porque a comunicação ficou mais complexa: o que comunicar, como comunicar e quando comunicar são questões muito presentes em nosso dia a dia.

Diante da avalanche de informações que chega às pessoas na palma da mão e a qualquer momento, dentro e fora das empresas, olhar com atenção para uma curadoria de conteúdos e entender os públicos-alvo tornou-se essencial para que a comunicação não se banalize, e vire “pastelaria”. Atualmente, a questão não está mais relacionada aos canais. Analisamos muito mais atentamente para a maneira de se comunicar com as milhares de pessoas que interagem com uma organização.

Essa evolução, que acompanho de perto, está registrada nos posts publicados desde 2013 no Stella Blog. Com a estreia desta coluna neste prestigiado espaço da Aberje, quero compartilhar com colegas da área insights, cases e experiências de profissionais que contribuem, de alguma forma, para o crescimento da nossa área. Você é o meu convidado. Bora caminhar juntos?

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Ciça Vallerio

Cofundadora e diretora de atendimento da Stella Comunicação, onde atua muito perto do desenvolvimento de soluções para os clientes da agência. Foi repórter do Estadão por mais de 15 anos, com direito ao Prêmio Esso de Jornalismo, na categoria especial Infância e Adolescência, junto da equipe do caderno ZAP, em 1996. Criou e editou a página voltada para adolescentes do portal Cidade Internet. Colaborou também, para revistas das editoras Globo e Abril. É formada em Jornalismo (PUC-SP), pós-graduada em Globalização e Cultura (FESP-SP) e em Marketing (FGV). Possui também extensão em Comunicação Corporativa (FGV).

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