10 reflexões de Satya Nadella que todo líder poderia fazer
Quando foi promovido a CEO da Microsoft, o indiano Satya Nadella escolheu a cultura da companhia como sua prioridade. Em 2014, a inovação perdia espaço na empresa de Bill Gates para a burocracia. As pessoas viviam sem brilho, conformadas com o modus operandi que corroía seu protagonismo na indústria.
Nadella conta no livro Hit Refresh (ainda sem título em português) que mergulhou não só nos seus valores pessoais, mas no motivo que o atraiu à empresa 25 anos antes para iniciar o processo de transformação. Após três anos, resultados encorajadores começaram a aparecer, como o endosso dos funcionários a escolhas de longo prazo.
As reflexões e aprendizados do CEO da Microsoft são compartilhados em um livro leve e inspirador, a ser incluído na lista de leitura não só dos heads das organizações, mas também de qualquer pessoa interessada em fazer a diferença. Para abrir o apetite, selecionei 10 reflexões de Satya Nadella:
1) Minha filosofia pessoal e minha paixão, desenvolvidas ao longo do tempo e pela exposição a diferentes experiências, são conectar novas ideias com um crescente sentimento de empatia por outras pessoas. As ideias me estimulam, a empatia me equilibra.
2) É impossível ser um líder empático sentado em um escritório atrás de uma tela de computador o tempo todo. Um líder empático deve estar no mundo, conhecer as pessoas onde vivem e ver como a tecnologia que criamos afeta suas atividades diárias.
3) A liderança pode ser um negócio solitário. Também pode ser um lugar ruidoso. Quando um líder entra na arena, especialmente na barulhenta câmara das mídias sociais, ele ou ela pode se sentir tentado a tomar decisões que resultam em uma gratificação instantânea. Mas é preciso olhar além do temporal, dando um desconto ao que alguém escreve em um tweet ou nas notícias de amanhã. O julgamento fundamentado e a convicção interior são o que espero de mim e dos líderes que me rodeiam.
4) Hoje uma das minhas principais prioridades é garantir que nossos bilhões de clientes, independentemente do celular ou da plataforma que usam, tenham suas necessidades atendidas para que continuemos a crescer. Para fazer isso, às vezes temos que fazer as pazes com rivais antigos, buscar novas parcerias surpreendentes e revigorar relacionamentos de longa data. Ao longo dos anos, desenvolvemos maturidade para ficar mais obcecados com as necessidades dos clientes, aprendendo a coexistir e competir.
5) Em um mundo onde a inovação é contínua e rápida, ninguém tem tempo a perder em ciclos desnecessários de trabalho e esforço. Ser direto com o outro é a melhor maneira de alcançar um acordo satisfatório para todos da forma mais rápida possível.
6) A inclusão ajudará a nos tornar abertos para aprender sobre nossos próprios preconceitos e a mudar nossos comportamentos para aproveitar o poder coletivo de todos na empresa.
7) Afinal, nossos produtos podem ir e vir, mas nossos valores são atemporais.
8) Uma das habilidades humanas mais cobiçadas é a criatividade, e isso não mudará. As máquinas vão enriquecer e aumentar a nossa criatividade, mas a unidade para criar permanece central.
9) É insuficiente focar-se exclusivamente em sua própria unidade. Os líderes precisam inspirar otimismo, criatividade, compromisso compartilhado e crescimento em tempos bons e ruins. Eles criam um ambiente onde todos podem fazer seu melhor trabalho. E eles criam organizações e equipes que são mais fortes amanhã do que hoje.
10) No final do dia, todos chegamos à mesma realização: nenhum líder, nenhum CEO, seria o herói da renovação da Microsoft. Se tivesse que ocorrer uma renovação, ela dependeria de todos nós e todas as partes de cada um de nós. A transformação cultural seria lenta e penosa antes de ser gratificante.
Ao compartilhar a jornada de transformação da Microsoft, Nadella reforça que qualquer mudança de cultura exige paciência e persistência. Não acontece de uma hora para outra, de um ano para outro, por melhor que seja o budget, a campanha de comunicação e a vontade de realizar das pessoas.
Exige, principalmente, uma liderança autêntica e empática, disposta a ouvir, mudar e mobilizar. Nadella mostrou-se um líder que não tem vergonha de pedir, aceitar e reconhecer ajuda. O romancista Greg Shaw e a estrategista de Comunicação Jill Tracie Nichols assinam como coautores da obra, por terem ajudado o autor a escrever um relato o mais significativo e interessante possível.
Por fim, o CEO da Microsoft mostrou que uma companhia de tecnologia pode transformar um registro tão analógico quanto o livro, cuja origem recai sobre os sumérios no ano 3.200 a.C., em uma valiosa estratégia de PR para si e para a empresa que lidera.
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