24 de outubro de 2019

CCBB RJ completa 30 anos buscando pioneirismo, beleza e recordes

Com mais de 55 milhões de visitas em 30 anos de existência, o CCBB RJ abriu caminho para que outras instituições seguissem seu modelo de polo multicultural, a partir de uma programação plural que já realizou mais de três mil projetos, oferecendo ao público o contato com grandes nomes das artes visuais, cinema, teatro, dança, música e pensamento. O espaço integra as ofertas do Banco do Brasil, instituição associada da Aberje, no campo cultural.

O edifício de linhas neoclássicas, que desde 1989 abriga o CCBB, foi projetado pelo arquiteto do Império, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva, e inaugurado em 1906 para sediar a Associação Comercial. Entre as décadas de 1920 até 1960 foi a sede do Banco do Brasil, posteriormente transferida para Brasília. A criação do CCBB Rio foi pioneira no processo de revitalização do centro histórico da cidade e resgatou o valor simbólico e arquitetônico do prédio, com um processo de adaptação que preservou o requinte das colunas, dos ornamentos, do mármore que sobe do foyer pelas escadarias e retrabalhou a cúpula sobre a rotunda.

Reunindo teatro, cinema, exposições, espetáculos musicais e eventos literários num único espaço, pelo prédio passaram a grande maioria dos artistas brasileiros e nomes consagrados da arte mundial. Em seus palcos, Tom Jobim fez uma de suas últimas gravações. Para seus auditórios, multidões foram atraídas por nomes como Jorge Amado, Gabriel García Marquez e Jean Baudrillard. Gerações de cinéfilos e críticos foram formadas em suas salas de cinema e de vídeo. No teatro, de tudo foi apresentado: do off-Broadway ao teatro clássico.

A entrada franqueada, ingressos acessíveis para espetáculos, a acessibilidade e ainda a forte atuação do Programa Educativo, que permeia diversas áreas da programação, transformaram esse espaço em um ponto de convergência da cultura.

Atualmente, reconhecido entre as instituições culturais mais visitadas em todo o mundo, o CCBB RJ permanece na vanguarda, estimulando a pluralidade em sua programação, realizando concursos e festivais, em um compromisso permanente com a formação de plateias e com fortalecimento da diversidade cultural brasileira.

Em 2014, com Salvador Dalí, o CCBB bateu seu recorde de visitação. Em 100 dias úteis, mais de 970 mil pessoas estiveram no prédio para conhecer as 150 peças que proporcionaram uma viagem pelo universo onírico do artista. Desde sua inauguração, o maior público da instituição havia sido na exposição Aleijadinho e Seu Tempo: Fé, Engenho e Arte, que, em 2006, reuniu 969 mil visitantes.  

A The Art Newspaper, conceituada revista britânica especializada em arte, publica anualmente o ranking geral das exposições mais visitadas no mundo e na edição de abril de 2018 o CCBB Rio figura na listagem de 2017 com destaque para Mondrian e o Movimento de Stijl, Los Carpinteiros – Objeto Vital e Entre Nós – A Figura Humana, no Acervo do MASP.

As obras do pintor Piet Mondrian e do movimento holandês intitulado De Stijl entraram no Top Ten (dez) das mostras pós-impressionistas e modernistas com um público de meio milhão de pessoas e uma média de 6,7 mil visitas diárias. A mostra também ocupou o sexto lugar entre as 20 exibições mais populares, sendo a única brasileira a fazer parte da lista.

Desde 2011 o CCBB é a única instituição do Rio de Janeiro e a primeira do país a ocupar um lugar na lista dos 100 museus mais visitados do mundo, ficando na 48ª posição com 1,4 milhão de visitantes na edição de 2018.

Em outubro de 2017, o CCBB Rio foi destaque mais uma vez na mídia internacional, agora em um estudo da Universidade Erasmus de Roterdã, na Holanda. No relatório, o CCBB ocupou o 18º lugar – sendo o único representante da América Latina – entre os lugares mais reconhecidos globalmente na visão dos turistas e dos moradores das cidades onde os espaços culturais estão localizados. Os primeiros colocados foram o Museu do Louvre, em Paris, e o Museu Van Gogh, em Amsterdam, respectivamente.

O Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro reserva mais de 1.400 m² de área para a realização de exposições, duas salas de cinema, três teatros e um auditório para palestras. No térreo, encontram-se o restaurante Lilia, a Bomboniere Lilia Café, a Livraria da Travessa.

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